O questionamento do título não é uma simples pergunta que pedimos à nossa convidada Teresa Cristina nos ajudar a responder na próxima segunda-feira, dia 13.
Esta é uma questão que faz parte do Capítulo VI dO Evangelho Segundo o Espiritismo. Vejam:
385. Qual o motivo da mudança que se opera no seu caráter a uma certa idade, e particularmente ao sair da adolescência? É o Espírito que se modifica?
— É o Espírito que retoma a sua natureza e se mostra tal qual era. Não conheceis o mistério que as crianças ocultam em sua inocência; não sabeis o que elas são, nem o que foram, nem o que serão; e no entanto as amais e acariciais como se fossem uma parte de vós mesmos, de tal maneira que o amor de uma mãe por seus filhos é reputado como o maior amor que um ser possa ter por outros seres. (...)
Bem sabemos que a adolescência, como a infância (vejam mais aqui), é um período muito especial da vida. Quantas mudanças, quantas descobertas, quantas dúvidas e conflitos, mas também quanto aprendizado! Vivemos essa fase, escutamos a mídia falar, os mais velhos opinar, nossos amigos vivenciar tudo conosco, mas e a Doutrina Espírita o que diz? Este também é um questionamento feito num texto muito bem escrito e publicado no site Mocidade Espírita - Regional Litoral Centro.
Ainda no texto intitulado Adolescência e Espiritismo, os autores frisam que após superadas as etapas iniciais de nossa nova reencarnação, deve ainda o Espírito experimentar um período final de amadurecimento biológico, em que seu corpo passará por transformações mais ou menos profundas devido às influências de hormônios que estão sendo postos na corrente sanguínea.
Não só as modificações físicas que requerem nossa atenção. Lembremos que a puberdade ainda não é a fase final da readaptação do Espírito à sua nova jornada pela Terra, nem é a mais importante. A adolescência é um período que costuma ser ainda mais confuso para os jovens, pois eles sabem que não são mais crianças e percebem que ainda não são adultos. Convenhamos que é um período difícil, mas muito rico se o jovem souber aproveitá-lo para conhecer-se melhor. Sim, pois é nessa época que o Espírito reassume sua verdadeira condição, apresentando a partir daí todos os seus defeitos e virtudes.
Se as mudanças orgânicas assustam por serem muito rápidas, as alterações emocionais podem atormentar o jovem ainda mais por serem de natureza íntima e imensamente instáveis. É comum nessa idade toda essa confusão que se estabelece no interior de cada um de nós refletir-se na forma de medo, insegurança e, em alguns casos, timidez. Essas emoções se confundem dentro do jovem, alterando seu comportamento, tornando-o irritadiço e impulsivo. Euforia e tristeza se alternam sem razões aparentes que justifiquem o fato. Pode-se amar profundamente alguém num dia e passar a detestá-lo na semana seguinte por causa de ninharias. Começa a ter dificuldades de relacionamento, principalmente com os pais que passa a considerar “quadrados”, “caretas” e outros termos parecidos. Na verdade, isso é um amadurecimento que se apresenta na busca de auto-afirmação, donde a oposição às idéias, a tudo que é apresentado pelos familiares que representam, aos seus olhos, o limite, o não pode. Você deve procurar identificar o que está de fato acontecendo. Uma coisa é querer ser independente, outra bem diferente é ser do contra, fazendo oposição sistemática a tudo e a todos.
Entretanto, não se assuste! Todos nós sobrevivemos há séculos a esse tumultuado período de cada reencarnação, tanto mais facilmente quanto maior o apoio e amizade que tivermos dos pais, parentes e amigos.
Aguardemos mais considerações sobre o tema na próxima palestra de segunda-feira, dia 13 de março, na sede do LEAE, às 19h45 Teresa Cristina.
Inspirações do texto publicado no site Mocidade Espírita - Regional Litoral Centro, com modificações da Equipe de Comunicação do LEAE