São muito comuns os relatos de crianças que vêem espíritos, ou que ouvem espíritos. Isso pode acontecer eventualmente, de vez em quando, mas também pode ser uma coisa frequente, comum, na vida da criança. O chamado “amiguinho imaginário” de algumas crianças muitas vezes é um espírito seu amigo, que vem lhe visitar, lhe fazer companhia, até lhe orientar em alguma coisa.
A mediunidade em crianças é comum. A mediunidade é, antes de mais nada, uma maior sensibilidade da pessoa, a pessoa vai além dos cinco sentidos físicos, ultrapassa a barreira dos sentidos.
A criança é naturalmente sensível, ainda está se adaptando ao plano físico, não está totalmente limitada aos sentidos físicos.
Você sabe que a ciência ortodoxa não admite a existência dos espíritos, e consequentemente não admite a comunicação com os espíritos. Problema dela – o que não faltam são evidências vindas de todos os tipos de pessoas de todas as partes do mundo.
Há um livro muito acessível que se chama '20 casos sugestivos de reencarnação', escrito pelo Dr. Ian Stevenson – ele não é espírita, não é religioso. É um cientista e passou a maior parte da sua vida recolhendo informações e evidências sobre a reencarnação. Neste livro são relatados casos de sinais de nascença relacionados à vida anterior e de lembranças, lembranças nítidas dessas crianças da sua reencarnação anterior, são relatos que puderam ser comprovados e a respeito dos quais essas crianças não tinham notícia, elas lembravam espontaneamente.
O grande erro cometido pelos pais dessas crianças que vêem e ouvem espíritos é atribuir isso à fantasia, ou achar que isso pode ser um problema mental, ou, pior ainda, achar que é coisa do demônio, coisa do diabo, como fazem alguns religiosos.
– O que acontece?
A criança começa a esconder essas suas experiências, esconder dos outros e talvez de si mesma, por medo, por vergonha – e aí, sim, podem surgir problemas psicológicos, e até mesmo traumas por medo do diabo, medo do demônio.
A mediunidade das crianças pode permanecer só na infância ou pode seguir com ela pela vida afora. Então a pessoa vai conviver com essa característica a vida inteira e vendo isso como uma coisa negativa, como uma coisa errada, que lhe atrapalha.
O melhor é procurar compreender a criança, tratar isso com naturalidade. Quem não conhece nada sobre mediunidade tem que procurar conhecer – justamente pra aprender a lidar com isso – afinal, é a vida dessas crianças, o futuro delas que está em jogo. Um assunto dessa importância, quando é tratado com menosprezo, com preconceito, isso pode causar sérios prejuízos à criança. E a mediunidade, se bem educada, ela é um importante fator de equilíbrio na vida pessoal.
Indispensável lembrar que a criança não está preparada para exercer a mediunidade de maneira metódica num centro espírita.
Texto publicado no site Espírito Imortal