"Solidão é a ausência do outro. Solitude é a própria presença. "(OSHO)
Sentir-se em solidão é a valorização da ausência do outro na própria vida. A ausência física de alguém não deveria ser sinônimo de dor, ou de perda.
O coração humano abriga muitos afetos, e seu espaço dimensional tem capacidade ao infinito. É o aprendizado do acolhimento da família universal, a qual aumenta na medida que se aumenta a capacidade de amar. Entretanto, esse abrigo é de partilha, não de ocupação. E se em algum momento existe o afastamento físico, não significa que houve um afastamento afetivo, cujos fios de ligação são imperecíveis.
Para que o fato de estarmos sós não denote solidão precisamos nos colocar no estado psíquico da SOLITUDE, quando nos permitimos um momento de estar a sós conosco mesmo. A solitude é indispensável ao autoconhecimento; à ressignificação dos sentimentos; e às mudanças de comportamentos escravizantes da alma, para comportamentos libertadores. A solidão escraviza; a solitude liberta. A solidão dói; a solitude cura. A solidão conduz à tristeza; a solitude à alegria de viver. A solidão destrói; a solitude constrói.
Ideal procurarmos um espaço do dia para estarmos em solitude, a fim de educarmos nossos sentimentos, substituindo a solidão que ainda esteja assombreando nossa vida. Nascemos para a felicidade; nascemos para a liberdade; nascemos para voar em direção ao Grande Sol. Que a nossa convicção seja a de que somos frutos do Amor, e para o Amor retornaremos, na medida em que despertamos o Amor que somos.
Rosária Soares, Coordenadora de Estudo e Doutrina do LEAE