sexta-feira, 8 de março de 2019

Meditação e Espiritismo – Você costuma meditar?

Temos de forma histórica a ideia de medicação conforme as crenças orientais e imaginamos como tal. As caras sisudas e pernas cruzadas são o cenário para o silêncio absoluto.

Entretanto, nossa mente não é silenciosa, para isso Del Mar Franco nos expõe exemplos significativos utilizando elementos da natureza. O vento passa pelas árvores, a luz pelos vidros, por isso não devemos brigar com nossos pensamentos.

A fluidez dos pensamento no momento da meditação é o caminho para a tranquilização da mente. A partir disso é possível iniciar o processo de interiorização e autoanálise a partir desse movimento.

E você costuma meditar? Existe maneira correta para fazer isso? Como praticar esse movimento interno? Confira!

Meditação e Espiritismo

A meditação pode ser uma prática relevante no processo de reforma íntima, assim como na busca do autoconhecimento. Traçamos a partir dessa ideia a questão de que essa prática irá nos direcionar a quem nós somos e o que em nós é verdadeiro e promissor.

Quando meditamos, é importante pedirmos proteção e sabedoria ao Mestre Jesus e aos espíritos protetores. Isso é devido a importância espiritual que a prática carrega. Vamos organizar nossos pensamentos e buscar com isso chegar a respostas interiores.

A meditação é a busca do divino em nós e deve ser realizada com sabedoria e muita responsabilidade. Devemos lembrar que o ato de meditar não substitui tratamentos e terapias, por isso busque profissionais da psicologia que auxiliem psicologicamente.

Como iniciar?

A definição da palavra meditar no dicionário Aurélio é: 1. v.t. Submeter a um exame interior. 2. Considerar, refletir. 3. Concentrar intensamente o espírito em algo.

Também podemos dizer que meditar é um exercício. Assim como nós fortalecemos a nossa musculatura ao fazer exercícios em uma academia, quando estamos meditando, estamos exercitando e fortalecendo a nossa capacidade de voltar a nossa atenção para o momento presente.

Para isso, quando o praticante inicia um exercício de meditação, ele escolhe um objeto de concentração, também conhecido como âncora meditativa, que nada mais é do que um ponto de foco para direcionar a sua atenção de maneira intencional, sempre que necessário.

Mas é só isso? Exercitar minha capacidade de concentração?

Na verdade, meditar não significa apenas exercitar a sua capacidade de concentração. Quando sentamos para meditar, precisamos de mais alguns elementos que acabam sendo treinados de maneira paralela quando estamos praticando. Esses elementos são:

- Autocuidado;

- Compaixão;

- Curiosidade;

- Abertura;

- Carinho.

Se você já tentou meditar alguma vez, provavelmente sabe o que costuma ocorrer pouquíssimo tempo depois de iniciar uma prática. A atenção do meditador é levada para outro local, geralmente para um pensamento sobre o passado ou futuro, um som ou qualquer outra coisa que possa sequestrar a sua atenção. 

Tenha em mente
A meditação não substitui tratamentos e recomendações médicas ou de qualquer outro profissional de saúde;

Não é recomendado praticar meditação caso você se encontre em uma condição clínica severa. Da mesma maneira, pacientes com transtornos de humor ou comportamento devem procurar profissionais qualificados e experientes para realizar algum programa específico para sua condição atual;

Ao meditar, é inevitável que a mente comece a vagar. Trate-se com carinho quando isso ocorrer e traga gentilmente a tua atenção de volta para o teu objeto de concentração;

É possível que você perceba sensações diferentes em teu corpo, bem como sensações já conhecidas como frio, por exemplo. É comum termos uma leve queda da temperatura corporal quando estamos meditando;

Podem surgir pensamentos sobre passado ou futuro, além de julgamentos sobre as outras pessoas e sobre você mesmo;

Para meditar com mais qualidade e segurança, procure um profissional certificado que possa orientar e supervisionar sua atividade. Dessa forma, será mais fácil e simples manter a rotina de exercícios, tirar dúvidas e trocar experiências enriquecedoras;

Meditar não significa, necessariamente, relaxamento, apesar de algumas práticas ou em algumas oportunidades isso acontecer, o objetivo não é ficar relaxado;

Meditar não é ficar sem pensar em nada (nossa mente foi feita para pensar);

Apesar de muitas religiões e tradições terem a meditação como parte de suas rotinas e práticas, para meditar, você não precisa estar ligado a uma religião;

Os benefícios e ganhos da prática da meditação são comprovados cientificamente. Inclusive, os programas de Meditação Mindfulness que são seculares e baseados em estudos e pesquisas científicas;

No início, comece com períodos mais curtos de meditação, 5 ou 10 minutos já são suficientes. Aumente o tempo de prática gradativamente. Mesmo se 5 minutos for tempo demais para você, não se preocupe. Não há nenhum problema em trabalhar com 2 ou 3 minutos enquanto estiver aprendendo e se familiarizando com a meditação. Lembre-se de se tratar com carinho e respeitar suas limitações;

Meditar é algo simples, mas isso não quer dizer que seja fácil. Implementar a meditação em sua rotina pode ser um desafio. Portanto, procure testar horários, posições e práticas diferentes. Desta maneira, pode ser que você consiga se adaptar com mais facilidade;

Algumas dificuldades e desafios como: sonolência, agitação, aversão, desejos e dúvidas são comuns e esperados durante a meditação. Eles também fazem parte do processo. Saiba que eles não acontecem somente com você. Falaremos detalhadamente sobre cada um mais adiante.

Sentado, deitado... como quiser, o importante é sentir-se relaxado (não com músculos rígidos) e pronto para se concentrar em fazer uma bela reforma íntima.

Artigo publicado no site da TV Mundo Maior, com informações do site Mundo Mindfulness com modificações da Equipe de Comunicação do LEAE