Os felizes ficam menos doentes. E a condição não está associada a dinheiro, mas a fatores, como ser altruísta, aprender a perdoar e ter religião
A felicidade é um fator fundamental para a manutenção da saúde e prevenção de doenças, revela levantamento inédito realizado pela empresa de pesquisa CVA Solutions. O trabalho mostrou que 67% dos entrevistados que se dizem muito felizes afirmam ter saúde boa ou excelente, independentemente da idade.
Felicidade, saúde e prevenção
De acordo com a pesquisa, entre os participantes que se afirmaram felizes, 40% tem Índice de Massa Corpórea (IMC) normal e 51% praticam atividade físicas pelo menos três vezes por semana. A felicidade também está associada à prevenção: 64% dessas pessoas visitam algum médico regularmente e 14,4% participam dos programas de prevenção. Mais dados importantes: 73% dos entrevistados “felizes” não têm doenças crônicas – apenas 7,8% são hipertensos -, e esperam viver até os 91 anos, bem mais do que a expectativa média de vida do brasileiro, que é de 75,8 anos.
Os resultados também apontam que os indivíduos mais felizes são do sexo masculino (31,5%), sendo também os que apresentam mais saúde e bem estar (41,7%). Entre as pessoas acima dos 56 anos, saúde e felicidade estão conectadas: 50,5% e 36,6%, respectivamente. Já entre os jovens, a saúde é mais predominante (42,1%) do que a satisfação com a vida (30,9%).
O que traz felicidade?
Uma pesquisa realizada em 2016, pela própria CVA Solutions mostrou que a felicidade está associada a uma série de fatores, como o estabelecimento de objetivos de vida (assim como atingi-los), praticar atividades físicas, ser altruísta, ter atitudes mentais positivas, como aprender a perdoar o próximo e ser otimista, por exemplo; assim como ter uma religião. “Existe uma série de atitudes e comportamentos, da maneira como se encara a vida que trazem mais felicidade. Ao observar essas pessoas percebemos que elas, de fato, têm mais saúde e menos doenças crônicas”, comentou Cimatti.
Já a psicanalista Adriana Cruz Pollara, de São Paulo, diz que a felicidade pode influenciar na saúde física, mas apenas uma mente saudável pode vivenciar este sentimento. “As duas estão muito ligadas. A saúde mental é muito importante para que as pessoas mantenham hábitos saudáveis e pratiquem atividades físicas. Ela também é importante para enfrentar os desafios diários. A felicidade em si é um conjunto desses fatores”, disse.
Alcançando a felicidade
Segundo o The Independent, um estudo publicado no ano passado aponta que pessoas que vivem em áreas metropolitanas têm maior probabilidade de levar uma vida mais feliz e ativa se comparado aos que moram em regiões suburbanas. A pesquisa, conduzida por pesquisadores da Universidade de Oxford e da Universidade de Hong Kong, avaliou a saúde de 419.562 indivíduos de 22 cidades britânicas.
Jeanette afirma ainda que a pessoa que mora em grandes centros urbanos tende a ser mais feliz. Isso porque ela tem maior oferta de ocupações diárias e se sente mais útil. Muito tempo ocioso pode trazer sensação de inutilidade.
Publicado no site da Veja, por Letícia Passos