A restauração de nossos afetos e das nossas emoções só se tornarão possível quando nos abrirmos ao amor divino e ao amor humano.
Muitos de nós precisamos conquistar cura e equilíbrio em nossos afetos, visto que somos seres profundamente relacionais e, justamente por isso, colecionamos feridas que nasceram dos relacionamentos que experienciamos na vida. Nascemos e vivemos em um contexto profundamente relacional, pois, desde a mais tenra idade, encontramo-nos ligados a outras pessoas na família, na escola e, posteriormente, no trabalho.
Ninguém nasce para viver sozinho. Todos precisam de amigos, de relações calorosas e afetuosas, de uma família etc. É natural do ser humano o desejo de estar emocionalmente conectado e, quando essa necessidade não é satisfeita ou quando é vivida de maneira desequilibrada, acontece um intenso sofrimento psicológico/emocional que acaba nos marcando com profundas feridas.
Aqui, mais uma vez ressalto, com clareza e objetividade, que a causa de nossas feridas afetivo/emocionais estará sempre ligada à experiência do amor, a sua ausência ou a sua incorreta expressão e vivência. Afirmo, mais uma vez, que apenas o amor poderá curar as feridas por ele ocasionadas. Não, obviamente, a experiência de “qualquer amor”, mas de um amor que seja verdadeiro e que realmente nos devolva à vida.
Para um autêntico processo de cura, faz-se necessário, inicialmente, abrir-se inteiramente à experiência do amor de Deus, que é infinito e incondicional, acolhe-nos como somos e nos abarca em nossas afetivas necessidades. Por consequência, abrir-se à experiência do amor humano, visto que todos temos a necessidade de amar e sermos amados para alcançarmos a cura e o equilíbrio interior.
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