Nossa cultura de alto rendimento tem tornado muitos de nós escravos do perfeccionismo. E é realmente fácil cair nessa armadilha ao abrir o Instagram ou o Linkedin e contemplar sucesso por todo o lado.
Nem chegamos aos 30 e já estamos atormentados pela necessidade da vida perfeita: o corpo perfeito, o emprego de salário astronômico, a decoração de casa perfeita, o feed impecavelmente combinando de acordo com uma paleta de cores.
O perfeccionismo na verdade é a necessidade inconsciente de alcançar a autoestima através de um desempenho ausente de falhas. É a tentativa frustrada de manter tudo sob controle para evitar frustração e sofrimento.
Pessoas perfeccionistas investem em vão energia e tempo excessivo em busca da aprovação de si mesmo e dos outros. A realidade é que ninguém é perfeito. A vida perfeita não existe. Não seremos o melhor em todas as coisas que fizermos e isso é completamente normal. A ansiedade de dar conta de tudo e ainda ser o melhor está nos adoecendo.
Segundo a psicologia, se autocobrar em excesso nos deixa ansiosos e estressados, e pode causar depressão já que os padrões perfeccionistas jamais serão alcançados.
Comportamentos típicos de um perfeccionista
Traços de autocobrança podem ser manifestados em diversas áreas da vida. Na família: não admitindo falhas nos filhos e no cônjuge. É comum pais perfeccionistas terem cobranças irreais com o desempenho escolar dos filhos, por exemplo, não admitindo sequer uma nota B no boletim. Essa exigência fora do normal acaba dizendo para os filhos que ele é aceito apenas se for perfeito, prejudicando o desenvolvimento saudável da criança ou do adolescente e seu relacionamento familiar.
A exaustão se tornou um troféu de honra na sociedade de hoje.
O perfeccionista tende a menosprezar suas conquistas já alcançadas e focar naquilo que não se saiu tão bem e no que poderia ter feito melhor para alcançar a imaginada perfeição. Esses pensamentos o torturam fazendo entrar num persistente estado de ansiedade e decepção pessoal.
Como controlar o perfeccionismo
Aceite sua imperfeição. Celebre as vitórias que conquistou até aqui. Seja mais tolerante e flexível consigo mesmo. Somos gentis com todos e acabamos esquecendo de usar a mesma gentileza com nós mesmos.
Não gaste sua energia e tempo tentando ganhar a aprovação dos outros, se preocupe menos no que os outros pensam a seu respeito e concentre-se no que realmente é importante para você.
Por Alan Santos (pastor da AD Recreio e AD Golf Barra. CEO da Aplicanet e vice-presidente da Associação Brasileira de Marketing e Negócio (ABMN) com modificações da Equipe de Comunicação do LEAE.