A ideia de uma celebração anual surgiu depois que o Partido Socialista da América organizou um Dia da Mulher, em 20 de fevereiro de 1909, em Nova York - uma jornada de manifestação pela igualdade de direitos civis e em favor do voto feminino.
Durante as Conferências de Mulheres da Internacional Socialista, em Copenhague, 1910, foi sugerido, por Clara Zetkin, que o Dia da Mulher passasse a ser celebrado todos os anos, sem que, no entanto, fosse definida uma data específica.
Em 1975, o dia 8 de março foi instituído como Dia Internacional da Mulher, pelas Nações Unidas. Atualmente, a data é comemorada em mais de 100 países - como um dia de protesto por direitos ou de edulcorada celebração do feminino, comparável ao Dia das Mães. Em outros países, a data é amplamente ignorada.
Na verdade, ainda que existam diferentes versões sobre a origem da data, ambos os movimentos tinham o objetivo de alertar sobre o estado insalubre de trabalho que as mulheres estavam sujeitas.
Destacam-se aqui, as longas jornadas de trabalho e os baixos salários que recebiam. Portanto, a luta dessas operárias focava na busca de melhores condições de vida e trabalho, além do direito ao voto.
Diante desse panorama, a criação de um dia dedicado à luta das mulheres foi sendo delineada por manifestações que ocorreram concomitantemente nos Estados Unidos e em diversas cidades da Europa em finais do século XIX e início do século XX.
Um entendimento sobre a mulher do ponto de vista espiritual
Compreende-se que além do corpo feminino, existe um espírito imortal que agrega experiências como resultado de suas múltiplas reencarnações, tanto como homem, como mulher.
Com base nesses esclarecimentos, podemos refletir que na caminhada evolutiva, os princípios de igualdade e respeito podem ser aplicados em qualquer tempo e para qualquer papel que se vivencie.
A partir dessa consciência, homens e mulheres viverão em maior harmonia. Nos ensina a Doutrina Espírita que cabe a cada nova experiência que vivenciamos, nos desenvolvermos, adquirindo novos conhecimentos e aprendizados.
Muitas mulheres inspiraram e continuam a inspirar o caminho de outras mulheres, com exemplos de força, coragem e ao mesmo tempo com a delicadeza feminina. Mulheres que lutam por um mundo melhor, lutam por seus direitos, educam seres humanos. Vivem dignamente o papel de ser mulher, dando sua contribuição e fazendo a diferença na sociedade.
“Com a Doutrina Espírita, a igualdade da mulher não é mais uma simples teoria especulativa; não é mais uma concessão da força à fraqueza, mas é um direito alicerçado nas próprias leis da Natureza. Dando a conhecer estas leis, o Espiritismo abre a era da emancipação legal da mulher, assim como abre a da igualdade e da fraternidade”.(Revista Espírita- Janeiro 1866)