Sempre podemos encontrar motivos para nos sentirmos descontentes, se quisermos.
Podemos, também, encontrar argumentos para nos considerarmos afortunados por
estarmos vivos. Tudo depende da maneira como cada um vê a existência.
“Era uma vez um cavalo que, em pleno inverno,
desejava o regresso da primavera. De fato, ainda que agora descansasse
tranquilamente no estábulo, via-se obrigado a comer palha seca.
– Ah, como sinto saudades de comer a erva fresca que
nasce na primavera! – dizia o pobre animal.
A primavera chegou e o cavalo teve sua erva fresca,
mas começou a trabalhar bastante porque era época da colheita.
– Quando chegará o verão? Já estou farto de passar o
dia inteiro puxando o arado! – lamentava-se o cavalo.
Chegou o verão, mas o trabalho aumentou e o calor
tornou-se muito forte.
– Oh, o outono! Estou ansioso pela chegada do
outono! – dizia mais uma vez o cavalo, convencido de que naquela estação
terminariam seus males.
Mas no outono teve que carregar lenha para que seu
dono estivesse preparado para enfrentar o inverno. E o cavalo não parava de
queixar-se e de sofrer.
Quando o inverno chegou novamente, e o cavalo pôde
finalmente descansar, compreendeu que tinha sido fantasioso tentar fugir do
momento presente e refugiar-se na quimera do futuro. Esta não é a melhor forma
de encarar a realidade da vida e do trabalho.
É melhor descobrir o que a vida tem de bom, momento
a momento, vivendo o presente da melhor forma possível”.
Stress, ansiedade, preocupações, medo e pânico têm
sua origem na mente. Começam como pensamentos que crescem em força e afetam seu
comportamento, suas ações e seus hábitos. O ato de pensar é como um filtro – uma
tela ou lente – através do qual se vê o mundo de uma forma particular, que nem
sempre retrata a realidade. O objetivo é estar mais consciente destes filtros e
usar certas técnicas para controlar a mente e pensamentos negativos. Não há
razão para viver à mercê de pensamentos negativos e sentimentos de dúvida, que
geram ansiedades, preocupações e medos.
Pode-se transformar a vida! A pessoa pode alterar o
estado da sua mente! Mesmo uma pequena quantidade de paz interior faz uma grande
diferença. Tem-se medo do desconhecido? Tem-se medo do conteúdo da sua caixa de
surpresas? Não tem tempo a perder com esta ideia de fazer a mente mais calma e
reduzir a ansiedade e preocupações? Podemos invocar os guias espirituais, os
quais estão sempre prontos a ajudar.
Aqui estão algumas dicas para ajudá-lo a iniciar o
processo de se acalmar a mente:
• Aprenda a usar o método de substituição, de
alterar qualquer pensamento negativo por um pensamento positivo. Não lute contra
pensamentos negativos, desviando a atenção em direção a um pensamento positivo
saudável e proativo: “Não aguento mais este calor insuportável”. Ao invés,
diga-se: “Este calor constante é cansativo, porém, posso procurar uma sombra
onde descansar alguns minutos”.
• Faça uma lista de frases positivas e as
leia várias vezes por dia.
• Tenha pensamentos positivos antes de
adormecer.
• Embora não seja fácil, tente manter
distância de ambiente ou de pessoas difíceis ou desagradáveis, ou de pessoas que
têm atitudes negativas. Evite tomar pessoalmente comentários ou críticas, pois
essas pessoas estão acorrentadas a situações das quais acreditam não haver
saída.
• Não assista a notícias, ou a filmes de ação
na TV, antes de ir para a cama ou adormecer.
• Evite ouvir noticiários constantemente no
rádio ou da televisão. Saiba o que está acontecendo no mundo, mas não é
necessário preencher constantemente sua mente com notícias que causam estresse
ou medo.
Concluindo, procure dedicar a atenção aos
sentimentos essenciais derivados de nossa essência divina, ou seja: a justiça, o
amor e a compaixão ao próximo e a si mesmo. Procure repetir várias vezes ao dia
frases e pensamentos positivos.
Aqui estão algumas sugestões:
• Sinto paz e tranquilidade em todos os
momentos.
• A minha mente está calma, como um lago em
um dia de verão silencioso.
• Sinto-me calma, relaxada e em
paz.
• Sou um centro de paz, serenidade e
felicidade.
*Texto extraído do site O Consolador, da coluna Crônicas e Artigos, ano 07, nº 314, 02 de junho de 2013, escrito por ROSANA BRASIL, Toronto - Canadá.