Pesquisa realizada pelo Instituto Paulo
Montenegro, em parceria com a ONG Ação Educativa, divulgou o Indicador Nacional
de Alfabetismo Funcional de 2012. Os dados revelam que 38% dos alunos de
instituições de ensino superior no Brasil são analfabetos funcionais.
A expressão toma o substantivo “analfabeto” como
aquele indivíduo que não sabe ler e escrever. Associando-se o adjetivo
“funcional”, constrói-se o entendimento de que o “analfabeto funcional” é a
pessoa que consegue ler e escrever, porém não é capaz de compreender o que lê e
escreve.
Ela decifra letras, sílabas e palavras, mas não
consegue interpretá-los ou entender seus significados. Os conceitos apresentados
no texto não são alcançados pelo leitor.
Ao importar a interessante expressão ao contexto
espírita, cumpre-nos averiguar se também não estamos diante de outra triste
realidade: uma crise de “analfabetismo funcional no Espiritismo”.
Aqui, não nos referimos à inteligência formal,
pois o próprio Codificador alertou em O evangelho segundo o espiritismo,
que para entender o Espiritismo não era necessária inteligência fora do
comum.
É fato: observamos pessoas que não tiveram
oportunidade de frequentar a escola e compreendem os princípios doutrinários com
uma maturidade espiritual admirável.
Prova de que o Espiritismo é dirigido aos simples
e aos mais exigentes em termos de conhecimentos, tornando-se acessível a todos,
sem preconceitos ou exigências exteriores.
Importa compreender, por oportuno, que a falta de
informação sobre os princípios fundamentais da Doutrina Espírita, proveniente da
ausência de estudo ou do senso de maturidade para compreendê-la, poderia se
caracterizar pelo que denominamos de “analfabetismo funcional no
Espiritismo”.
Essa situação ou estado advém, principalmente, do
desconhecimento das obras básicas codificadas por Allan Kardec e também pelas
interpretações apressadas e equivocadas dos ensinos dos Espíritos reveladores e
da sábia organização kardequiana sobre a obra basilar espírita e suas
subsidiárias.
Os males que esse estado peculiar de
analfabetismo pode provocar são avassaladores, dentre os quais, destacam-se:
- desconhecimento dos princípios básicos do
Espiritismo;
- interpretações equivocadas dos ensinos espíritas;
- confusão entre o que é e o que não é Doutrina Espírita;
- inclusão de práticas esdrúxulas na Casa espírita;
- publicação de livros e periódicos, ditos espíritas, com inserção de conteúdos alheios e contrários ao Espiritismo.
- interpretações equivocadas dos ensinos espíritas;
- confusão entre o que é e o que não é Doutrina Espírita;
- inclusão de práticas esdrúxulas na Casa espírita;
- publicação de livros e periódicos, ditos espíritas, com inserção de conteúdos alheios e contrários ao Espiritismo.
Como evitar o “analfabetismo funcional no
Espiritismo”?
O estudo individual e em grupo é essencial para o
exato entendimento da Mensagem de Jesus à luz da Doutrina Espírita.
A leitura e reflexão sobre os conteúdos da
Codificação são indispensáveis à correta interpretação e prática do
Espiritismo.
Ler, estudar e refletir – para bem pensar, sentir
e viver os elevados ensinos da Terceira Revelação no Ocidente – são valiosos
recursos de ampliação do entendimento espiritual e de conquista da plenitude na
prática do Bem.
A definitiva implantação do Reino divino na Terra
inicia-se no coração de cada um de nós pela inconfundível linguagem do Amor,
bandeira sob a qual todos os povos estarão congregados no pleno exercício da
solidariedade universal.
*Texto extraído do site da FEB escrito por Geraldo Campetti Sobrinho.