A partir de 1857, Allan Kardec, em Paris, “matou a morte” ao apresentar “O Livro
dos Espíritos” a 18 de Abril de 1857. Seguiram-se entre outros “O Livro dos
Médiuns” onde se encontra a parte experimental do Espiritismo. Em 2012
cientistas vêm confirmar as teses espíritas.
“As experiências
espirituais são muito diversificadas e incluem processos cognitivos, emocionais,
de percepção e de comportamento. Dependendo do tipo de experiência, nós vemos
diferentes maneiras no modo como o cérebro responde”, explica Andrew Newberg,
diretor do Centro de Medicina Integrativa, sediado na Universidade Thomas
Jefferson, da Filadélfia.
Ele tem liderado um grupo
de pesquisadores que estuda o efeito sobre o cérebro humano das chamadas
“questões espirituais”. Numa das suas pesquisas, que buscava analisar o efeito
da meditação e da oração no cérebro, ele injetou nos pacientes um corante
radioativo inofensivo para o corpo, mas que pode ser detectado por aparelhos de
tomografia. Enquanto as pessoas estão envolvidas com a oração, o corante migra
para as partes do cérebro onde o fluxo sanguíneo é mais forte. Ou seja, pode ser
percebido na parte mais ativa do cérebro.
Agora, em parceria com
cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Thomas
Jefferson, decidiram investigar como ocorrem os fluxos de sangue em diferentes
regiões do cérebro durante os transes de médiuns no momento em que eles estariam
“recebendo Espíritos”. A diferença maior é que na oração a consciência não é
alterada, enquanto no transe mediúnico há inegável perda de controle.
Um artigo divulgado este
mês na revista Public Library of Sciences mostra como os cérebros dos
médiuns brasileiros analisados mostraram transtornos de funcionamento enquanto
escreviam mensagens ditadas pelos Espíritos, chamadas de psicografia.
Foram investigados dez
médiuns que tinham entre 15 e 47 anos de psicografia, realizando-a até 18 vezes
por mês.
Segundo o estudo, todos
gozavam de boa saúde mental, não usavam psicotrópicos e alcançavam um estado de
transe durante a tarefa. Para identificar como ocorria a ação, os pesquisadores
usaram tomografia computadorizada por emissão de fótons únicos.
Os cientistas concluíram
que os médiuns mais experientes demonstravam níveis mais baixos de atividade no
hipocampo esquerdo, no giro temporal superior e no giro pré-central direito, no
lóbulo frontal, durante o transe.
Essas áreas do lóbulo
frontal estão ligadas ao raciocínio, ao planeamento, à geração de linguagem, aos
movimentos e à solução de problemas. Portanto, a conclusão é que durante a
psicografia, de fato ocorre uma ausência de percepção de si mesmo. Ou seja, o
médium perde a consciência.
Cientistas americanos e
brasileiros estudam em conjunto
a espiritualidade, confirmando as teses espíritas
a espiritualidade, confirmando as teses espíritas
“O estudo sugere que áreas
que normalmente funcionam quando estamos escrevendo ou realizando outras tarefas
cognitivas, de certa forma, desligam quando a pessoa entra em estado de transe.
Isso é consistente com a experiência (dos médiuns) segundo a qual eles não estão
no comando da prática e do que estão escrevendo. Quando a atividade do lobo
frontal diminui, a pessoa não sente que está realizando uma tarefa, e sim que
essa tarefa está sendo feita para ela”, explica o doutor Andrew.
A princípio, isso descarta
a possibilidade que os médiuns em questão estivessem, de algum modo, fingindo
estar fora de si e tornaria impossível ser fruto de esforço humano.
Comparando este estudo com
o similar, feito sobre os efeitos da oração, torna-se claro como esse tipo de
pesquisa “contribui para o nosso entendimento da relação entre o cérebro e as
experiências e práticas espirituais”, afirmou o pesquisador.
“Também nos leva a pensar
se os médiuns de fato estão conectados a um reino espiritual… Se sabem que as
experiências espirituais afetam a atividade cerebral. Mas a resposta cerebral à
mediunidade recebe pouca atenção científica e, a partir de agora, devem ser
feitos novos estudos”, explicou Newberg, que teve a colaboração do psicólogo
clínico Júlio Peres, do Instituto de Psicologia da USP. Com informações: VEJA e
Deseret News (cf, http://noticias.gospelprime.com.br
em 30 de Dezembro de 2012.)
O Espiritismo demonstrou a
imortalidade do Espírito, a reencarnação e a comunicabilidade dos Espíritos.
Allan Kardec, sábio francês, sempre defendeu que o Espiritismo marcha ao lado da
ciência oficial, mas não se detém onde esta pára, indo mais além, desvendando as
leis que regem o intercâmbio entre o mundo espiritual e o mundo terreno. Kardec
defendia ainda que, no dia em que a ciência oficial demonstrasse que um único
ponto do Espiritismo estivesse errado, então os espíritas abandoná-lo-iam para
seguir a ciência oficial. Até aos dias de hoje, a ciência oficial tem vindo,
sucessivamente, a confirmar as assertivas espíritas.
*Texto extraído da site da revista O Consolador, por JOSÉ LUCAS (jcmlucas@gmail.com), Óbidos, Portugal.
*Texto extraído da site da revista O Consolador, por JOSÉ LUCAS (jcmlucas@gmail.com), Óbidos, Portugal.