sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O espírita e a morte da cantora inglesa Amy Winehouse

*Artigo escrito por WELLINGTON BALBO, publicado na revista O Consolador em 31 de julho.

Vi pela televisão a notícia da morte da cantora inglesa Amy Winehouse.

Diz a polícia que está investigando a causa, mas levantam a hipótese de overdose. O álcool e as drogas em geral são motivos de tortura para o Espírito, pois ele sofre um bocado em consequência de seus vícios.


Em pesquisa realizada sobre os motivos que leva alguém a se matar, o álcool tem papel de destaque. E não é por suicídio inconsciente não, é suicídio direto mesmo. O álcool, além de aproximar o cidadão de influências espirituais perniciosas, proporciona um curto-circuito no indivíduo que, não raro, acaba se matando de forma abrupta ou em doses homeopáticas, ou seja, de caninha em caninha.

Mas não quero falar aqui dos vícios da cantora. Pobre coitada, devia sofrer muito e desencarnada então deve estar em situação nada feliz.

Direcionaremos, portanto, os comentários para a falta de educação de algumas pessoas quando ocorrem fatos deste naipe envolvendo gente famosa ou nem tanto.

Os exaltados e precipitados logo taxam: Drogada! Bem feito! O mundo não perdeu nada!

O cristão não deve agir assim, pois é faltar com o mais elementar exercício de caridade.

O pior é que grande parte das pessoas que estão conectadas aos acontecimentos se arvoram em taxar e julgar o comportamento do famoso ou até do anônimo que se foi. Da língua quase ninguém escapa. Como se o cantor, artista ou jogador não fosse um Espírito em estágio evolutivo.

Essas figuras que aparecem na televisão e são denominadas de ícones ou ídolos são, em realidade, nossos irmãos que merecem nessas horas ou a prudência de nosso calar, ou orações, a fim de que suas dores possam ser ao menos diluídas.

No entanto, como já citamos, observamos comentários mal-educados provindos de gente que se diz cristã.

Lamentável! Esses comentários maldosos, conforme já dissemos, advêm de falta de caridade. E sendo a caridade uma bandeira defendida por Kardec, o espírita deve esforçar-se por praticá-la em sua mais ampla acepção.

No caso da cantora inglesa, o que seria, então, caridade? Orar por ela, ou, ao menos, calar-se para não emitir pensamentos destrutivos em direção a alguém que já se destruiu o suficiente.

Percebe-se aí que o espírita tem o dever de lutar contra suas tendências de fofocar e mal dizer a vida alheia. Se ela morreu por overdose, oremos ou calemos.

Os mais conscientes irão orar. Os indiferentes, se calar. Os maldosos, fofocar.

Em qual desses quesitos nos encaixamos?

Quando Jesus disse vigiar, certamente Ele também se referia ao vigiar o que dizemos em frente da televisão, comentamos com os amigos ou postamos na rede mundial de computadores.

Pensemos nisso.