quinta-feira, 3 de outubro de 2019

03 de Outubro - Nascimento de Allan Kardec

Allan Kardec foi o pseudônimo adotado pelo professor Hippolyte Léon DenizardRivail, nascido em 3 de outubro de 1804, em Lyon, na França. Ele realizou a tarefa missionária de codificar, isto é, apresentar em livros, metódica, didática e logicamente organizados, comentados e explicados, os postulados da Doutrina Espírita.

HÁ 215 ANOS, NASCIA ALLAN KARDEC, O PAI DO ESPIRITISMO

O professor francês entrevistou espíritos para descobrir as leis que regem o mundo dos mortos. Mas foi no Brasil que um grupo de seguidores transformou seus escritos em uma nova religião, o espiritismo.

Às 22h30 de 17 de setembro de 1865, apenas oito anos depois da fundação oficial do espiritismo na França, foi realizada em Salvador a primeira sessão da doutrina no Brasil, liderada por um jornalista, Luís Olímpio Teles de Menezes. No mesmo ano, surgiu o primeiro centro do país.

Em pouco tempo, a visão científica, filosófica e religiosa de Allan Kardec se transformaria em uma religião tipicamente brasileira, divulgada por intelectuais nas nossas maiores cidades. Anos antes de ganhar as massas com Chico Xavier, os seguidores de Kardec já tinham uma nova capital, nos trópicos.

O trabalho iniciado por Kardec tem mais de 13 milhões de seguidores no mundo. A maioria, cerca de 3,8 milhões, está no Brasil. Nossos espíritas têm os melhores indicadores socioeducacionais dentre os fiéis de todas as religiões praticadas no país — 31,5% deles têm nível superior completo, segundo o IBGE.

Entre 2000 e 2010, eles saltaram de 1,3% da população para 2%. O sucesso nos cinemas é resultado da boa imagem da religião: em 2010, Chico Xavier, a biografia do médium mais famoso do século 20, alcançou 3,4 milhões de espectadores e Nosso Lar, no mesmo ano, chegou a 4 milhões.

Mas o que explica essa adesão massiva a uma doutrina que se equilibra entre a religião e a ciência no maior país católico do mundo? “O Brasil tem uma tradição de religiosidade popular muito aberta ao contato com a vida após a morte e a comunicação com espíritos.

As classes média e alta não podiam contar com as religiões de origem africana ou indígena como expressões formais de sua fé. O kadercismo, com seu berço francês, satisfez essa necessidade”, afirma John Monroe, historiador e professor da Universidade de Iowa. (Matéria completa nosite da Uol)

Com informações da FEB e Site Uol