A vontade é uma força de alta capacidade, principalmente quando associada a pensamentos e sentimentos elevados.
Nossos sentimentos são propagados por ondas e cada tipo de emissão mental produz ondas peculiares. De uma maneira didática, diríamos que há ondas longas, médias, curtas e ultracurtas, conforme a natureza do pensamento emitido.
O ser humano, encarnado ou desencarnado, encontra-se mergulhado em um oceano de ondas, mas estabelece contato e intercambia energias conforme a sintonia que abre com o universo.
Do intercâmbio que estabelecemos entre nossas emanações mentais e as ondas externas, criamos em nossa psicosfera – aura – um estado de equilíbrio ou desequilíbrio que é dinâmico, ou seja, pode ser alterado constantemente.
Denominamos harmonização energética a postura que nos leva à circulação saudável de nossas energias extrafísicas. Toda e qualquer prática que melhore a qualidade das energias de alguém, eliminando e transformando energias pesadas e prejudiciais é, pois, um trabalho de harmonização energética.
Na realidade, a “limpeza” energética não precisaria ser promovida de fora para dentro ou por terceiros, pois todos nós temos o Deus interno, uma força interior suficiente para a resolução de todos os problemas. Frequentemente, entretanto, nos fragilizamos e sentimos a necessidade de recorrer ao auxílio de outros mais experientes, psiquicamente mais organizados ou até momentaneamente mais equilibrados.
Teoricamente, qualquer criatura está habilitada, pela própria natureza, a promover sua limpeza ou harmonização energética mantendo-se em equilíbrio. Todos nós somos capazes de captar, transformar e emitir energias, bastando para isto enviar pensamentos e sentimentos adequados, por meio da vontade. Sucede, no entanto, que nos deixamos fragilizar.
Ao se mencionar a expressão “força de vontade”, tem-se a ideia de algo muito subjetivo ou mesmo uma força de expressão, no entanto, a vontade é uma força que, quando mobilizada por nós, pode muito, principalmente quando associada a pensamentos e sentimentos elevados, pois estes formam poderosas ondas ultracurtas e de alta frequência.
A clássica expressão “mover montanhas” referindo-se às dificuldades, sejam dores, perseguições, traumas, entre outras, dá uma dimensão simbólica da força que possui um pensamento superior, intensificado pela vontade. Trata-se de uma força natural que todos nós possuímos em potencial, basta saber acioná-la.
A ação da nossa vontade, aliada ao pensamento superior, gerando ondas de alta frequência, pode propiciar em nós mesmos uma limpeza energética contínua, evitando que influências negativas (de baixa frequência) vindas do ambiente ou de outras mentes – sejam encarnadas ou desencarnadas – adentrem nosso campo energético e interfiram em nosso bem-estar.
Além da capacidade natural que todos nós temos de realizar nossa própria higiene e harmonização energética, é possível dispor de diversos métodos que podem nos auxiliar nesse processo, facilitando o fluxo de energias e promovendo a sua harmonização.
Os métodos de harmonização energética são conhecidos por nomes diversos e têm origens históricas e culturais diferentes, mas se assemelham no resultado final, isto é, a perceptível melhora da pessoa. Assim, a prece não decorada ou maquinal, mas como uma elevação do pensamento e do sentimento, buscando alçar níveis mais sutis de energias, alcança a dimensão espiritual e recebe um influxo de luz como retorno. A doação de energia pelo passe, seja ele espiritual ou magnético; a bênção quando efetuada com envolvimento profundo da alma e não como ritual; o “johrei” executado pelos messiânicos; a popular benzedura; a aplicação criteriosa do reiki; os métodos de cura prânica; a medicação homeopática que mobiliza energias; a acupuntura; o ioga e tantos outros procedimentos, muitos deles utilizando o poder das pontas das mãos como instrumento de doação energética.
Lembramos que, embora muitos procedimentos colimem para o mesmo resultado, devem ser aplicados em ambientes adequados e afins com a filosofia, cultura ou religião de cada meio. Prece, passes, irradiação mental e água energizada são os métodos utilizados em uma casa espírita.
A física reconhece e explica o chamado “poder das pontas”. São diversos os métodos que captam, de dimensões extrafísicas, energias diversas, com ou sem intermediários, mas, fundamentalmente, procedem do fluido cósmico universal. Essa energia é captada pelos pensamentos e sentimentos do doador, se concentra nas mãos e em seguida é irradiada e direcionada, principalmente pela vontade do doador que transmite, em geral, pela ponta dos dedos.
Lembremo-nos que estamos mergulhados em um mar de energias e de princípios espirituais. Todos somos espíritos encarnados ou desencarnados, cercados de energias mentais desta ou de outras dimensões em todos os momentos da nossa existência. Nunca estamos sozinhos, por mais solitários que nos sintamos, portanto, somos influenciados por espíritos e ao mesmo tempo nós também os influenciamos.
Nos médiuns essa influência recíproca é mais verdadeira e mais intensa, pois há um canal natural de contato com a dimensão extrafísica. Constantemente, médiuns estão intercambiando energias, mesmo que inconscientemente, com encarnados e desencarnados e em razão disto podem sofrer agressões energéticas que poderão ser neutralizadas e transmutadas ao chegar na psicosfera do médium, isto se a se energias intrusas receberem o impacto de pensamentos de alegria, trabalho, amor e fraternidade.
Assim se anularão e se modificarão em energias saudáveis.
Texto por Ricardo Di Bernardi (rhdb11@gmail.com), publicado no site do Jornal O Clarim em 01/12/2016.