Em 14 de dezembro de 1956, abnegadas almas se reuniram na cidade de Campo Grande para a fundação da Federação Espírita do Estado de Mato Grosso (Feemt).
Hoje nossa federativa completa 60 anos de fundação. São 60 anos de trabalho pela unificação do Movimento Espírita no estado de Mato Grosso e pela promoção do Cristianismo redivivo.
Unificação que passa pelo desenvolvimento de instrumentos significativos, de projetos iluminativos como o Projeto Espiritizar, de iniciativas que contribuem diretamente com a sociedade como o Grupo Espírita de Arte Cristã Juventude Ativa, a Coordenadoria em Defesa da Vida, ligada a Área da Família e diversas outras propostas materializadas por suas demais Áreas de Atuação.
Desde atividades como a Caravana Federativa, iniciada pelo saudoso Aristotelino Alves Praeiro, primeiro presidente da Feemt, passando pelos encontros oferecidos aos Centros Espíritas sobre a mediunidade, o passe, a exposição doutrinária, a promoção social espírita, o estudo, até os congressos e encontros estaduais: o objetivo é a unificação pelo coração.
São 60 anos de grandes alegrias e aprendizados. 60 anos de construção constante.
E a certeza para os próximos 60 anos é a de que podemos, merecemos e devemos... Continuar construindo.
HISTÓRICO
Fundada em 14 de dezembro de 1956, a Federação Espírita do Estado de Mato Grosso já vinha sendo planejada há alguns anos antes. Em 1949, um confrade de Campo Grande (que na época ainda integrava o Estado) trocava cartas com o presidente da Federação Espírita Brasileira (FEB). Essa teria sido a primeira semente lançada para criação da Federação.
Em 1953, por proposta da Fraternidade Espírita Educandária, realizou-se uma reunião de diretorias das casas espíritas de Campo Grande para tratar da proposta de implantação da Federação.
Em fevereiro de 1955, o jornal Mato Grosso Espírita, que na época era órgão do Fraternidade Espírita Educandária, destacou a seguinte nota: "Mato Grosso ainda não está representado no Conselho Federativo Nacional (CFN), da Federação Espírita Brasileira. [...] Para Mato Grosso ser representado no Conselho Federativo Nacional é necessário primeiramente que haja no Estado uma instituição estadual".
Ainda em 1955, realizaram-se nos dias 27, 28 e 29 de agosto, na Federação Espírita Brasileira, três sessões extradionárias do CFN, com as presenças dos presidentes e outros dirigentes das Entidades Espíritas de âmbito estadual, com a finalidade de dar cumprimento ao Pacto Áureo de 1949.
Na ocasião achava-se presente, integrando a delegação do Rio Grande do Sul, juntamente com os irmãos Francisco Spinelli e Hans von Marces, o confrade Duílio Lena Bérni, coronel do exército. Foi a partir da reunião que ele tomou conhecimento da inexistência de uma Federação Espírita no Estado de Mato Grosso. Mais tarde, quando se mudou para Campo Grande, Bérni passou a frequentar o Centro Espírita Castro Alves. Foi a partir daí que ele começou a incentivar os trabalhadores sobre o assunto.
Sabendo do interesse de Bérni, o confrade Onésimo da Costa e Faria o procurou para liderarem a tarefa.
Onésimo visitou várias entidades e depois as enviou um documento descrevendo a necessidade de se realizar a 1ª Convenção Espírita Estadual, que teve a prévia marcada para 18 de maio de 1956. Entre os doze membros da comissão, escolhida na prévia, estava Aristotelino Alves Praeiro. Ele seguiu para Campo Grande no dia 13 de dezembro, chegando no dia 14, onde participou da Convenção.
Na Convenção é que aconteceu o chamado Ato Declaratório da fundação da Federação Espírita do Estado de Mato Grosso. No dia seguinte, foi realizada uma sessão plenária para discutir e efetivar a aprovação do Estatuto. Portanto, dia 15 de dezembro foi o marco da homologação das Carta-Magna da récem-fundada Federação dos espíritas mato-grossenses.
Texto extraído do site da FEEMT.