Quem não tem algum problema, vez ou outra, ou mesmo continuamente, de convivência familiar? Quem consegue viver sempre em plena harmonia e felicidade com aqueles que formam o lar? Realmente não é fácil manter o entendimento, o diálogo e a convivência sadia com as pessoas que formam nosso ninho doméstico, mas estamos reencarnados exatamente para realizar o aprendizado da compreensão, tolerância, paciência e colaboração com aqueles que se constituem os mais próximos de nós, ou seja, os familiares.
Vale pensar sobre uma reclamação constante que ouvimos e que muitas vezes falamos: que os outros é que são difíceis, eles é que são o problema. Será mesmo? Quantas vezes não somos intolerantes? Quantas vezes não fechamos o diálogo? Quantas vezes não agimos agressivamente? Quantas vezes não incomodamos os outros com nossos vícios? É fácil afirmar que o outro é uma "mala sem alça", e que os familiares são os únicos responsáveis pelos desentendimentos, pelas discussões, brigas e formação do ambiente doméstico negativo. E de nossa parte, o que estamos fazendo para trazer paz ao lar?
Alguns exercícios podem nos auxiliar para manter uma melhor convivência familiar: não falar antes de pensar e medir as consequências; controlar o impulso de responder alterando o tom de voz ou impondo a própria opinião; compartilhar as pequenas tarefas, sem resmungar pelos cantos; abrir mão de certos desejos a benefício do outro; ampliar o entendimento que os outros não pensam ou agem como você, e isso é natural; procurar não se irritar com facilidade. Procure colocar em ação, no dia a dia, esses exercícios, a tendência é a convivência doméstica ficar mais tranquila, mais em paz, exatamente o que todos desejamos.
Lembremos que somos espíritos reencarnados, que os laços de família remontam às existências passadas e que hoje é o momento de quebrar as algemas do ódio, do ressentimento, das paixões desvairadas, do egoísmo e do orgulho que antes assinalaram nossas existências, prejudicando a convivência. Estamos agora juntos para construir a compreensão, a tolerância, a cooperação, permitindo assim que as lições do Evangelho façam nossa família feliz.
*Texto extraído do site Correio Espírita, escrito por Marcus De Mario (educador; escritor; palestrante e consultor educacional e empresarial).