Diferentes credos ora divergem,
ora convergem quando o assunto é celebrar os mortos, como neste 1º de
novembro
Símbolo do catolicismo, a cruz é algo
predominante nos cemitérios cuiabanos |
Dois de novembro é uma data dedicada aos
mortos. É Dia de Finados, feriado nacional com o intuito de que as pessoas
possam prestar suas homenagens aos parentes e amigos falecidos. Muitos,
especialmente os católicos, vão aos cemitérios rezar, colocar flores nos jazigos
e aceder velas.
Para a Igreja Católica não se trata de um feriado qualquer, mas mais uma oportunidade de orar por aqueles que buscam a plenitude da vida diante de Deus. "Ao orarmos pelos nossos entes queridos acreditamos na continuidade da vida, na ressurreição e na vida eterna", diz o padre Deusdedit de Almeida, da Paróquia Coração Imaculado de Maria, que fica no CPA IV.
Deusdedit lembra que todo ser humano é pecador e necessita da misericórdia de Deus. Assim, a oração é uma forma de purificação das almas, além de ser uma oportunidade de pedir para os que já se foram que olhem "por nós", aqui na Terra.
Velas e flores têm significados especiais. "A vela é símbolo da nossa fé. Quando acendemos uma vela estamos dizendo que confiamos em Deus e na luz suprema que é Jesus Cristo. As flores são uma demonstração de carinho e amor, uma forma de mostrar que a pessoa que já morreu continua viva em nosso coração", diz.
Para a Igreja Católica não se trata de um feriado qualquer, mas mais uma oportunidade de orar por aqueles que buscam a plenitude da vida diante de Deus. "Ao orarmos pelos nossos entes queridos acreditamos na continuidade da vida, na ressurreição e na vida eterna", diz o padre Deusdedit de Almeida, da Paróquia Coração Imaculado de Maria, que fica no CPA IV.
Deusdedit lembra que todo ser humano é pecador e necessita da misericórdia de Deus. Assim, a oração é uma forma de purificação das almas, além de ser uma oportunidade de pedir para os que já se foram que olhem "por nós", aqui na Terra.
Velas e flores têm significados especiais. "A vela é símbolo da nossa fé. Quando acendemos uma vela estamos dizendo que confiamos em Deus e na luz suprema que é Jesus Cristo. As flores são uma demonstração de carinho e amor, uma forma de mostrar que a pessoa que já morreu continua viva em nosso coração", diz.
É o que também pensa a aposentada Saturnina Ribeiro Graus, 73 anos, que antecipou a visita e ontem esteve colocando flores no jazigo do marido Wilson, sepultado no Cemitério da Piedade, que fica no Centro de Cuiabá. "Ele faleceu há oito meses e eu e meu filho viemos prestar essa simbólica homenagem. É uma forma de confortar o coração", comentou.
Porém, há outras formas de crer sobre a morte. No Dia de Finados, os espíritas, por exemplo, são convidados a difundir a mensagem da imortalidade. De acordo com a presidente da Federação Espírita de Mato Grosso, Luiza Leontina Andrade Ribeiro, os espíritas não visitam os cemitérios neste dia porque as homenagens aos entes queridos desencarnados, como dizem, ocorrem todos os dias.
“Mas a posição da doutrina espírita quanto às homenagens (dos não espíritas) prestadas aos mortos neste Dia de Finados, ao contrário do que geralmente se pensa, é favorável desde que sinceras e não apenas convencionais”, diz. "Não há dúvidas de que os nossos mortos vivem entre nós. Então é nosso dever estarmos sempre envolvendo-os em nossos pensamentos e orações todos os dias, com ternura, carinho e gratidão”, acrescenta.
Segundo ela, os mortos ficam sensibilizados com as preces que fazemos, com os pensamentos que emitimos a eles, quer seja em casa, nos túmulos ou em outros lugares. Além disso, como neste dia há várias pessoas orando nos cemitérios, esses espaços ficam repletos de espíritos atraídos pelas orações sinceras. “Então, um maior número de espíritos estarão lá, pelos sentimentos sinceros dos seus amigos e familiares e não pela aglomeração dos indiferentes”, afirma.
Luiza Leontina diz que somos espíritos imortais transitando pela vilegiatura carnal e que o ser humano é uma consequência da vida espiritual. "À medida que vamos compreendendo e aprofundando o entendimento nas soberanas leis que regem a vida e cultivando o Reino de Deus no próprio coração, vamos compreendendo o ciclo da vida, os horizontes que se abrem para o espírito imortal e a beleza de ser Filho de Deus conectando com o bem, o bom e o belo”, destaca.
O entendimento é que a morte é o encerramento do ciclo biológico e ao mesmo tempo a libertação do espírito que temporariamente esteve encarcerado no corpo. “O espírito após liberto prossegue sua vida em outros campos vibratórios e continua seu processo evolutivo rumo à perfeição”, disse.
Conforme Luiza Leontina, também é possível que o morto presencie seu velório. “Algumas vezes pode acontecer do espírito presenciar seu velório. Não podemos generalizar, mas algumas vezes quando isto é necessário e o espírito encontra em condições, os bem-feitores espirituais acompanham a alma recém desencarnada ao seu enterro. Também os espíritos esclarecidos podem acompanhar seus restos mortais com certa alegria por ter aproveitado bem seu estágio no planeta e ter cumprido com seus deveres”, comentou.
O espiritismo é uma doutrina que tem como um dos pilares fundamentais a lei da reencarnação, considerada pelos espíritas a mais excelente demonstração da justiça divina, facultando a oportunidade do ressarcimento dos erros cometidos em existências pregressas.
*Notícia extraída do site do jornal Diário de Cuiabá, por Joanice de Deus.