segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Emoções sob controle

As emoções não são as responsáveis absolutas pelas desditas muitas vezes experimentadas pelo espírito. As explosões, as palavras duras ditas em momento ruim, as atitudes inapropriadas estão presentes na vida da maioria das pessoas.
 
Ensina-nos a doutrina espírita que existem temperamentos mais propensos a esse ou àquele comportamento, mas não está aí a explicação nem a justificativa para as atitudes negativas, nem mesmo para as reações intempestivas a que muitos se entregam, tendo em vista que as emoções estão às ordens daquele que as possui, no caso o Espírito humano, de quem tudo emana.

Geralmente, justifica-se o homem: “perdi o controle”. Sem ser simplório ponderamos: “Nunca o teve completamente”, uma vez que, conquistado, um valor nunca se perde, porém, quando imperfeito sofre-se lhe a falta.
Entendemos que as emoções possuem suas raízes nas sensações, intimamente ligadas aos instintos. A princípio elas não são nem boas nem más. É uma força que não se pode negar, assemelha-se às forças da natureza agindo em qualquer direção. Essa força que flui repentinamente deve alcançar urgente educação; necessita ser domada, controlada e direcionada pelo poder de uma vontade melhorada, para que se possa adquirir o controle das próprias reações e atitudes.
A chamada “força de vontade” ganha amplitude em alguns apenas quando a dor cumpre o seu papel, fazendo com que a duras penas a pessoa repense suas atitudes pelo efeito do prejuízo moral, material ou espiritual que o alcança; em outros ela se robustece nos bons exemplos que observa; em outros ainda pode advir da própria experiência na prática caridosa de viver, que lhe fortalece os valores superiores, minimizando-lhe os impulsos negativos.
Essa conquista dependerá sempre do interesse do candidato na sua melhoria. Não querer saber sobre sua vida é caminhar como desconhecido para si mesmo, possibilitando o surgimento de surpresas desagradáveis.
Nessa empreitada ofertou ao homem o Senhor Jesus: “Vinde a mim vós que estais aflitos e sobrecarregados e eu vos aliviarei”. Vivendo como Ele ensinou, é possível aliviar-se do peso da vaidade e do orgulho vão, responsáveis pela maioria das emoções descontroladas que governam a vida de muitos homens neste mundo.
O bom coração nasce no desejo de possuí-lo.
 
*Texto extraído do site da Revista O Consolador, em Crônicas e Artigos, por ADELVAIR DAVID.