sexta-feira, 27 de setembro de 2019

27 de Setembro - Dia Nacional da Doação de Órgãos

O principal objetivo desta data é conscientizar a população em geral sobre a importância de ser doador de órgãos. Tal prática tem o intuito de ajudar milhares de pessoas que lutam por uma oportunidade de salvar as suas vidas.

Para isso, a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) organiza anualmente a Campanha Nacional de Doação de Órgãos, com ações informativas e eventos sociais em todas as capitais brasileiras.

Em São Paulo, a Lei nº 15.463, de 18 de junho de 2014, institui o mês de setembro como dedicado especialmente à conscientização em favor da doação de órgãos, mês este que passou a ser conhecido como “Setembro Verde”.

Em referência ao “Setembro Verde”, a ABTO também realiza o chamado “Brasil Verde”, uma série de eventos em todas as capitais brasileiras que reforçam o debate sobre a importância da doação de órgãos.

Como ser doador de órgãos?

De acordo com a legislação brasileira (lei nº 10.211, de 23 de março de 2001), a retirada dos órgãos e tecidos para doação só pode ser feita após autorização dos membros da família.

Para a doação, o doador deve ter sofrido de morte encefálica, pois somente assim os seus principais órgãos vitais permanecerão aptos para serem transplantados para outra pessoa.

Pessoas vivas também podem ser doadoras de órgãos, mas apenas aqueles que são considerados “duplos”, ou seja, que não prejudicarão as aptidões vitais do doador após o transplante.

Um dos rins ou pulmões, parte do fígado, do pâncreas e da medula óssea são exemplos de órgãos que podem ser doados por pessoas ainda em vida.

O que o espiritismo diz sobre a doação de órgãos?

Ao desencarnamos, o corpo físico não possui mais a função de ser a morada de um espírita, com isso, durante o desligamento o espírito será atendido de acordo com suas necessidades.

André Marouço, no quadro Boletim, da TV Mundo Maior, disse que a doação é um ato de caridade. E finalizou:

“Estes conhecimentos médicos foram autorizados por autoridades superiores para minimizar a dor daquele que sofre no ambiente terreno, quando são acometidos por doenças que muitas vezes não podem ser curadas com medicamentos”.

Já Chico Xavier, no Plantão de respostas do programa Pinga – fogo, disse:

“Mesmo que a separação entre o Espírito e o corpo não se tenha completado, a espiritualidade dispõe de recursos para impedir impressões penosas e sofrimentos aos doadores. A doação de órgãos não é contrária às Leis da Natureza, porque beneficia, além disso, é uma oportunidade para que se desenvolvam os conhecimentos científicos, colocando-os a serviço de vários necessitados.”

A doação de órgãos é uma maneira de caridade, e a doutrina espírita acompanha as situações permitindo ou não a continuação de um vida, segundo o merecimento e a resignação moral.

Com informações do site da Rádio Boa Nova e Calendarr

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

É só querer!

O exercício da vontade é o agente impulsionador na alteração das circunstâncias e fatos. É preciso ter vontade, querer, modificar estados emocionais depressivos para que todo o panorama interior e exterior comece apresentar os efeitos desse esforço. É comum que nos fechemos em pontos de vista sombrios, fixados no desânimo, na tristeza, no desprezo ou indiferença, na desconfiança ou no descrédito da própria capacidade em vencer obstáculos.

O simples fato de acreditar-se incapaz já é fator determinante de fracasso. A primeira postura é, pois, de confiança em si mesmo. Acreditar, confiar, pensar de maneira positiva, por sua vez, igualmente é fator determinante para que se alterem as circunstâncias.

O fato de confiar e querer altera nossa maneira de pensar, de ver e analisar os fatos. E isso facilita o andamento melhor dos acontecimentos e a superação dos obstáculos.

Portanto, é só querer. Com um detalhe: é preciso saber querer. Afinal, esse querer tem que ser compatível com o tempo, o bom senso e a lógica. É comum que exageremos nas opiniões; é comum que nos deixemos vencer pela ansiedade, pelo medo ou pela precipitação… Até que uma certa dose de ansiedade e medo são salutares, defendendo-nos. Mas, existem comportamentos ansiosos que são extremamente danosos à serenidade que se busca.

Timidez, medo, complexo de inferioridade ou superioridade, insegurança chegam até a ser comportamentos normais, face à nossa condição humana. Tudo que é novo ou traz mudanças causa isso. O segredo está, porém, na administração da situação para superação desses desafios.

Aceitar-se a si mesmo, amar – principalmente a si mesmo igualmente –, ponderar com critério as situações, analisar com calma, saber esperar, refletir, são as atitudes recomendáveis. Todos somos capazes e detemos potencialidades imensas, interiormente. Mas é preciso querer. Sim, querer desenvolver-se, querer aprender, querer libertar-se do medo, das dependências…

E, ao mesmo tempo, procurar tirar de cada acontecimento, de cada obstáculo, de cada adversidade ou contrariedade, uma lição. Pois sempre há lições.

Por outro lado, renunciar à inveja, esquecer o ciúme. Eles são verdadeiros bloqueadores psicológicos de nossa intensa capacidade.

Fácil? Não, não é fácil. É, todavia, um exercício. Que vai exigir perseverança, determinação, mas cujos resultados trarão equilíbrio e paz interior.

Portanto, se você está triste, cansado, deprimido, analise a situação, busque as razões. Entreviste-se com perguntas claras e respostas honestas. Se está achando que tudo na vida lhe dá errado, reflita com mais atenção e descobrirá muitas vezes as causas na ansiedade, na precipitação, ou até mesmo em sentimentos que são simplesmente dispensáveis e muitas vezes inúteis. Já será meio caminho para recuperar-se.

Se você está bem, espalhe sua alegria, contagie o ambiente com o otimismo e estenda suas mãos para aqueles estão vivendo momentos de dificuldades. Com isso estaremos melhorando o ambiente do planeta…

Espalhar alegria e esperança e melhorar nosso ambiente familiar ou profissional também é só querer…

Autor Orson Peter Carrara para o site Portal do Espírito

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

23 de Setembro - Dia Do Sorvete

O sorvete é uma das iguarias preferidas das pessoas em épocas de calor, pois além de ser gostoso (e ter vários sabores), também é refrescante.

Como o Brasil é um país predominantemente tropical, o consumo do sorvete é massivo.

Mas as pessoas se enganam em achar que os brasileiros estão entre os maiores apreciadores de sorvete do mundo.

De acordo com um ranking mundial, o Brasil ocupa o 12º lugar entre os países que mais consomem esta sobremesa.

Esta data teria sido criada pela Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvetes (ABIS) com o intuito de promover esta delícia gelada.

A escolha do dia 23 de setembro marca o início da subida das temperaturas no Brasil, período este em que o consumo de sorvetes passa a ser maior.

Origem do Sorvete


O sorvete surgiu há mais de 4 mil anos na China, a partir de uma mistura de leite, arroz e neve, formando uma sobremesa que se assemelha a um granizado contemporâneo.


Apenas no século XIII, através do explorador Marco Polo, que se aventurou por terras chinesas e lá aprendeu o processo de confecção do sorvete, é que esta iguaria chegou à Europa.

Calendarr

23 de Setembro - Dia dos Filhos

Esta data foi criada com o intuito de ajudar a fortalecer os laços filiais que ligam pais e filhos.

No agitado mundo contemporâneo, muitos pais trabalham muito e acabam por não aproveitar os momentos livres para acompanhar o cotidiano e relação com seus próprios filhos e filhas.

No Dia dos Filhos, o objetivo é justamente chamar a atenção dos pais e dos filhos para que possam repensar suas rotinas e separar um tempo especial dedicado exclusivamente à família.

Na realidade, o dia 23 de setembro é a comemoração do Dia Mundial dos Filhos em Portugal. O Brasil ainda não tem uma data destinada para esta celebração, porém, o 23 de setembro começa a se popularizar nas terras brasileiras, a exemplo da tradição portuguesa.

Mensagem, autor desconhecido

Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem.

Isto mesmo!

Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.

23 de Setembro - Início da Primavera

O Início da Primavera 2019 acontece às 04h50 do dia 23 de setembro de 2019.


A primavera é a estação que antecede o verão e sucede o inverno. No Hemisfério Sul, onde está localizado o Brasil, esta estação é caracterizada pelo desabrochar das flores, chuvas e pelo aquecimento da temperatura.



Nesta estação, o clima é mais ameno, ou seja, não tão quente quanto no verão, e nem muito frio como no inverno.



Essa época é muito apreciada por boa parte das pessoas, pois a natureza fica mais colorida com flores de variados tipos. Por conta disso, é um período conhecido também como "estação da flores".



Equinócio da Primavera



O equinócio da primavera marca o início da primavera no Brasil.



O equinócio é um fenômeno astronômico onde o Sol atinge com maior intensidade as regiões próximas à linha do Equador. Nessa altura do ano, o dia tem a mesma duração no hemisfério Norte e no hemisfério Sul.



Fim da Primavera



O fim da primavera é marcado por outro evento astronômico: o solstício de Verão. Este é o período em que o hemisfério Sul está inclinado cerca de 23,5º na direção do Sol.



PRIMAVERA 


Primavera é quando, num pedacinho da Terra, as flores se abrem, o sol fica mais forte e a vida fica mais alegre. Quando, num canto da Terra, se faz primavera, nos outros cantos se faz verão, inverno e outono. Das quatro estações, a Primavera é a mais bonita, porque colore a terra, perfuma o ar e contagia os corações sensíveis com sua alegria É uma boa época para renovar o espírito, assim como as flores se renovam .e de colher os frutos e semear a terra. Semear a terra sempre, pois isso significa mantê-la sempre fértil .E de terra fértil, sempre brota a vida

Bom seria se a Primavera acontecesse o tempo todo, em todos os corações humanos… florescendo, enfim, na forma de atos, palavras e pensamentos, sempre positivos…se cada ser vivente, fosse como uma flor, bela, pura e cheirosa, toda a Terra viveria uma eterna primavera… Depende de cada um, fazer do próprio coração, a terra…semeá-lo e cuidá-lo, para cultivar o espírito da primavera, todo o tempo…em qualquer estação.

Manuel Bandeira






Calendarr

domingo, 22 de setembro de 2019

Otimismo e Espiritismo

O Otimismo pode nos ajudar a olharmos para as questões do mundo e os desafios de forma diferente, positiva. Esse tema foi abordado pela Heloísa Pires no programa O Espírito e o Tempo, transmitido pela Rádio Boa Nova.

Heloísa Pires fala, a princípio, sobre o filósofo Gottfried Leibniz e relação entre a bondade de Deus e a existência dos problemas do Mundo. A comunicadora ainda comenta a necessidade de olharmos de maneira otimista para os desafios. 

Durante os estudos sobre otimismo, ela cita assim Sócrates e Aristóteles, e ainda as questões espirituais com Buda e Allan Kardec. Ela conta histórias e nos faz refletir o quão positivo o planeta Terra é para a nossa evolução espiritual. 

O Otimismo no progresso da Terra

O Otimismo está diretamente ligado a ação. Portanto, quando visualizamos a questão do progresso do Planeta Terra, tal avanço depende da ação do indivíduo no mundo. 

A ação pelo progresso individual gera naturalmente um pequeno movimento, e assim como uma engrenagem, vários pequenos movimentos geral o progresso das sociedades. Um indivíduo pessimista tem em sua raiz a inação. Isso porque ele apenas observa os problemas sem sequer se mover em busca dos ajustes. 

Entretanto, é importante ressaltar que o otimismo não é apenas o apoio e motivações sem função. Apenas acreditar que o planeta irá progredir não irá construir de fato o progresso. 

Construa em você esse ser otimista e proativo. Mas tenha uma postura de ação e movimento em busca do progresso individual e coletivo.

Tv Mundo Maior

sábado, 21 de setembro de 2019

21 de Setembro - Dia do Adolescente

A adolescência é uma fase do desenvolvimento do ser humano em que a pessoa passa por algumas das principais mudanças em seu corpo. Consiste numa etapa transitória que separa a infância da vida adulta.

Embora o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) considere que a adolescência abrange o período compreendido entre os 12 e os 18 anos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a adolescência vai dos 10 aos 19 anos de idade.

Exatamente por ser um período de muitas mudanças e descobertas, a adolescência precisa ser acompanhada de perto pelos pais ou responsáveis.

Assim, o Dia do Adolescente serve para ajudar a conscientizar as pessoas sobre a necessidade de construir um vínculo de diálogo com os jovens, abordando os principais assuntos que são relevantes nesta fase, como a sexualidade, o futuro profissional e a identidade do indivíduo.

Origem do Dia do Adolescente

O Dia do Adolescente é comemorado em 21 de setembro desde 1996. A sua criação surgiu com a proposta de lei feita pelo deputado Horário de Matos Neto (1951-2008).

Visão espírita da adolescência e do adolescente

Longe de constituir-se uma doença, uma enfermidade ou um estado anormal, a adolescência é uma fase perfeitamente natural e compreensível na vida de cada indivíduo encarnado. É, sem dúvida, um importante momento para que se realize a Vontade Divina de colocá-lo na base da estruturação para o enfrentamento das situações-problemas que a vida física oferece, para, através do esforço intelectual e emocional, resolvê-las, e para desenvolver os seus potenciais no Bem, as virtudes imprescindíveis para o alcance da felicidade, intuitivamente acalentada no íntimo por todas as criaturas.

O adolescente é um Espírito imortal e preexistente, agindo no sentido de definir sua situação atual no mundo; de assumir a sua liberdade e o exercício de seu livre-arbítrio; de estabelecer o seu campo de ação na sociedade; de consolidar os laços afetivos com olhos na realidade, acordando do sonho necessário que acalentava-lhe a infância, enquanto descansava e se refazia como Espírito para o início de uma nova batalha evolutiva. Ao adolescente deve-se favorecer com a atenção, com o carinho, com o respeito, com a aceitação de sua realidade e situação.

Entretanto, entendamos que a adolescência é um meio, um a fazer, um caminho para alcançar o objetivo espiritual na presente encarnação; a autoconsciência de sua individualidade e a construção de sua individualidade no mundo.

Para tanto, é também imprescindível que se acompanhem os passos do adolescente, que se caminhe ao seu lado ajudando-o a trazer à tona sua capacidade de discernimento, confrontando as decisões com a conjuntura mundana moderna.

Por isso, a todos esses favorecimentos devidos ao adolescente descritos acima, devem-se associar as noções de disciplina, de hierarquia e de responsabilidade, sem as quais estará em desvantagem para enfrentar as relações sociais e as batalhas do cotidiano.

O adolescente, portanto, precisa de autodisciplina, de autoconfiança, independência e adaptabilidade, mas para esse encontro, que se faz lentamente, há que contar com a presença de seus pais ou responsáveis a lhe assegurarem estas condições, pela ação contínua e precisa, ponderada e de incentivo, amorosa e equilibrada, protecional e libertadora; soltando-lhe suavemente as mãos para que, à maneira de quando deu os seus primeiros passos materiais na infância, equilibre os seus passos na estrada da vida.

Liberdade com responsabilidade, confiança com prudência, ação com segurança, sentimento com razão!

Texto de Francisco Cajazeiras publicado no site Instituto Beneficente Chico Xavier

Publicação com informações de Calendarr

21 de Setembro - Dia da Árvore

Esta data foi escolhida por anteceder o início da Primavera no hemisfério sul, que dependendo do ano pode ocorrer entre os dias 22 e 23 de setembro.

O objetivo desse dia é conscientizar sobre a importância da preservação das árvores e das florestas, incentivando a proteção do meio ambiente com atitudes que trazem benefícios à natureza.

Estimular a reflexão sobre as consequências do desmatamento e da expansão da poluição também é uma boa forma de comemorar o Dia da Árvore. Lembrando também que as árvores nos proporcionam o oxigênio que respiramos, a sombra que nos refresca e diversos frutos que nos alimentam. Sem esquecer da importância para a manutenção do equilíbrio do nosso ecossistema.

No dia 21 de março é comemorado o Dia Internacional das Florestas e da Árvore, que tem o mesmo propósito do Dia da Árvore, mas está associado à chegada da primavera no hemisfério norte.


quarta-feira, 18 de setembro de 2019

A influência dos pensamentos

A influência dos pensamentos podem reverberar energias por nosso corpo e construir tais ideias, sejam positivas quanto negativas. Durante o programa Evoluir, transmitido pela Rádio Boa Nova, a comunicadora Del Mar Franco a influência dos pensamentos e dos sentimentos nos sintomas e nas doenças.

A princípio Del Mar traz como referência o livro O Corpo Fala e reflete sobre os estudos da psicossomática. Essa ciência une a medicina e a psicologia para estudar os efeitos causados no corpo por questões da sociedade ou principalmente psicológicas.

A comunicadora fala sobre as muitas vezes que nos calamos antes questões que nos desagrada. Comenta ainda o desgaste do tempo, o qual muitas vezes deixamos para resolver os problemas que não queremos. 

A influência dos pensamentos

O pensamento muitas vezes consome nosso tempo, pois é possível vagar em rumo ou ordem. Subestimamos a influência dos pensamentos em nossa vida. Assim como a discussão da psicossomatização, ou seja, o efeito do emocional no corpo físico, é possível refletir além. 

Os pensamentos constroem nosso cotidiano, a atmosfera vibracional em que estaremos. Essa construção energética possui, portanto, um efeito em cadeia e transforma o pensamento em palavra e as palavras em ações. 

Pensamentos negativos nos envolvem, portanto, em uma atmosfera que enfatiza problemas e situações desagradáveis. Atrai cada vez mais seus semelhantes, sejam eles encarnados ou desencarnados. 

Por isso é importante buscarmos sempre mentalizar coisas boas e construir pensamentos positivos. A influência dos pensamentos positivos terão efeitos semelhantes. Pense em coisas boas, fale em coisas boas e assim é possível atrair boas vibrações. 

Site TV Mundo Maior

Espiritualidade deve ser assunto nas consultas, diz novo documento médico

Orientação inédita pertence à nova diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia

Nos últimos anos, inúmeros estudos têm mostrado que a espiritualidade traz benefícios para a saúde física e mental, ajudando a prevenir uma série de doenças, como pressão alta, depressão e doenças cardiovasculares. Pois agora a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), uma das entidades mais sérias do país, criou uma diretriz inédita sobre o assunto, recomendando que a espiritualidade seja abordada no atendimento aos pacientes.

O texto, que foi incluído nas Diretrizes de Prevenção da SBC, orienta cardiologistas – e profissionais de saúde em geral – sobre a melhor forma de abordar questões de caráter espiritual durante a consulta. “A demanda partiu dos próprio pacientes, especialmente daqueles que sofrem com doenças crônicas. Eles esperam que o médico pergunte algo que é intrínseco a sua personalidade. Muitos ainda não verbalizam essa necessidade e os profissionais acabam não levantando o assunto, pois acham inadequado”, explica Roberto Esporcatte, presidente do Grupo de Estudos em Espiritualidade e Medicina Cardiovascular (Gemca). 

A espiritualidade é uma questão essencial para a maioria das pessoas: cerca de 80% da população mundial está ligada a alguma religião ou acredita em um poder superior. No Brasil, 86,7% dos brasileiros se denominam cristãos.

“É preciso ressaltar que esse não é um trabalho doutrinário. O intuito não é recomendar ao paciente a prática religiosa, mas entender como sentimentos, como gratidão e perdão, e até mesmo conflitos espirituais afetam sua saúde”, ressalta Esporcatte.

Quando abordar a espiritualidade na consulta?

Segundo Esporcatte, um dos principais pontos das diretrizes é ajudar os profissionais de saúde na identificação dos pacientes que desejam ou precisam dessa nova abordagem e, claro, o melhor momento para trazê-la à tona. A orientação é que sejam priorizados pacientes crônicos ou com doenças graves que os impedem de estar entre familiares ou participem das cerimônias religiosas que costumam frequentar. Saber a necessidade da presença religiosa dentro do hospital pode direcionar o médico na hora de tratá-los. Por esse motivo, a SBC ainda sugere que os hospitais ofereçam treinamento para os seus profissionais.

A questão também pode ser levantada durante a anamnese (entrevista realizada pelo médico, cujo objetivo é identificar um possível diagnóstico). Mas isso só deve ser feito se o profissional de saúde sentir que existe esta abertura. Os pacientes também devem avisar aos médicos que desejam falar sobre sua própria espiritualidade durante a consulta. 

“Entender o paciente ajuda no desenvolvimento de terapias direcionadas às suas necessidades. Além disso, falar sobre a espiritualidade pode fortalecer a relação médico-paciente já que isso demonstra para as pessoas que o profissional de saúde está interessado em compreender todos os aspectos que interferem no seu dia e dia e, consequentemente, na sua saúde”, diz o cardiologista.

Benefícios da espiritualidade

Estudo de 2016 publicado no JAMA Internal Medicine mostrou, por exemplo, que pessoas religiosas vivem mais. Enquanto isso, uma pesquisa realizada pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, mostrou que jovens religiosos ou com maior grau de espiritualidade têm melhor saúde na vida adulta. 

Outro trabalho, realizado pela Mayo Clinic, prestigiada clínica médica americana, conclui que o envolvimento religioso e a espiritualidade promovem maior resiliência (capacidade de lidar com problemas), melhor qualidade de vida (mesmo durante doenças terminais), maior longevidade e menores índices de depressão, ansiedade e suicídio. Além disso, estudo publicado na revista PLOS One revelou que frequentar um culto ou cerimônia religiosa frequentemente está associado a mortalidade reduzida e menores níveis de stress.

Ou seja, para quem tem alguma religião ou forte senso de espiritualidade, mantê-lo ativo, inclusive durante o atendimento médico, traz inúmeros benefícios para a saúde. Por isso, não hesite em falar sobre isso com seu médico se sentir essa necessidade.

Fonte site da Veja

19 de Setembro - Dia Nacional do Teatro

Esta data é destinada a homenagear uma das manifestações artísticas mais antigas da humanidade, em especial os artistas brasileiros desta área.

A primeira forma de teatro surgiu no Oriente, apesar de ser um conceito de teatro relacionado com rituais religiosos. O teatro como forma de arte surgiu na Grécia Antiga.

No Brasil, o teatro nasceu no século XVI, e tinha como objetivo espalhar a crença religiosa.

Porém, o teatro como forma de entretenimento só começou a ser comum no Brasil após a chegada da Família Real Portuguesa, em 1808. Naquela época, o rei costumava convidar companhias de teatro estrangeiras para fazer as suas apresentações para a nobreza.

No entanto, em meados do século XIX começam a surgir os primeiros grupos de teatro nacionais, principalmente no gênero cômico.

Mais tarde, esta manifestação artística sofreu um retrocesso significativo por causa da censura imposta pela ditadura militar. O fim da ditadura militar significou um novo fôlego e uma nova relevância para os artistas e para o teatro.

Em 19 de setembro, de acordo com o Projeto de Lei nº 6.139/13, aprovado na Câmara dos Deputados, também é celebrado o "Dia Nacional do Teatro Acessível”.

O Teatro e Divulgação Espírita

Segundo o Espírito Emmanuel, o maior serviço que podemos fazer pela Doutrina Espírita é a sua divulgação.

Há muitas maneiras de se levar a mensagem edificante dos espíritos. O teatro é um deles e possui uma gama enorme de possibilidades técnicas para tornar a linguagem espírita acessível ao grande público.

O teatro em toda sua extensão estética e criativa valoriza sempre o belo e o bom, fazendo com que o resultado atenda exclusivamente a mensagem dramática com todas as suas nuances.

Utilizá-lo como meio de divulgação do espiritismo: eis aí uma boa ideia, já que ele serve tanto como ferramenta pedagógica quanto entretenimento de diversão.

Na Grécia antiga, o teatro tinha o papel divulgador das questões sociais e políticas, religiosas etc.

No Espiritismo não será diferente, visto ser uma Ciência que trata das Leis Naturais, onde os temas abordados pelos os Espíritos Superiores cabem perfeitamente como textos adaptados para os espaços cênicos.

A responsabilidade maior, inicialmente, são os cuidados que se deve ter com a formatação do que se vai divulgar, para que estejam devidamente fundamentados, tanto doutrinariamente quanto aos aspectos técnicos de dramaturgia.

Allan Kardec nos deixou inúmeros textos, em forma de diálogos, que podem muito bem atender às necessidades cênicas. Outros tantos espíritos, através da mediunidade de Chico Xavier, ditaram seus romances, contos, poemas, poesias, sonetos e trovas, que, também, estão adequados às encenações nos centros espíritas e nos espaços afins.

É natural que as pessoas através do teatro percebam com mais facilidade esses temas doutrinários, pois a encenação favorece consideravelmente sua abstração, além de despertar para o estudo sistematizado nos centros espíritas.

Quando o saudoso diretor Augusto César Vanucci foi interpelado pelo também saudoso Chico Xavier, em Uberaba, quanto à necessidade de ser encenada uma peça para teatro visando ampliar os horizontes do Espiritismo, surgiu o espetáculo Além da Vida, que muito sucesso fez de público e de crítica. As sessões lotavam e os espectadores avaliaram uma doutrina de amor e de esperança, eliminando o sobrenatural e o fantástico.

A partir dessa iniciativa, outros atores e atrizes comprometidos com a Boa Nova também trilharam no mesmo caminho e produziram excelentes espetáculos em todo Brasil, colaborando assim com a manutenção dessa divulgação.

Fonte: Calendarr e site Correio Espírita

terça-feira, 17 de setembro de 2019

Por que ser espírita?

É reconhecido que ninguém está obrigado a fazer algo que não tenha vontade de fazer. No exercício da vida normal, as pessoas, por viverem em comunidade, têm necessidade de organizar-se para que possam ter assegurados seus direitos, se beneficiarem dos bens comuns e usufruírem de relativa liberdade.

O homem, durante sua jornada terrena, emprega seu tempo com inúmeros afazeres esperando contribuir para o seu futuro. Muitas vezes, não contente com seu emprego, empenha-se em arrumar mais atividades que engrossem o salário e lhe possam garantir aquilo que supõe ser sua necessidade maior: o bem-estar pessoal e da família; poder viajar, morar e vestir-se bem, além de reserva monetária em abundância.

Com isso, esse homem não só se afasta do lar e daqueles que o compõem, como não lhe sobra tempo para assuntos que não estejam ligados a interesses financeiros ou prazeres materiais. Estes são os valores que os menos avisados consideram primários. Assim pensa a grande maioria.

Muitos são os que desconhecem ou se esquecem de que fazemos parte dos bilhões de almas que ocupam o espaço neste áspero chão terreno, e que estamos aqui, não por simples acidente biológico ou em viagem de turismo, usufruindo das benesses do mundo; que não nascemos por mera geração espontânea; que não sofremos graciosamente as penalidades e as dores impostas pela vida, enquanto outros dela se deliciam; que as deficiências de toda sorte não podem ser apenas frutos da imperfeição natural da matéria. Como disse certa vez um religioso, “Se você sofre é porque Deus quis assim”, numa tentativa de justificar um triste acontecimento familiar ou social; que por trás de toda essa conjuntura de objeções não existe alguém que exerça um poder soberano, sobre-humano e absolutamente capaz de tudo controlar, ou, então, que possa crer que a vida termina por aqui mesmo, e que, após seu curto período de existência, apaga-se simplesmente do panorama biológico e psíquico com a morte, deixando de ser, de possuir o seu eu individual, a sua essência.

Se a Terra foi considerada por religiosos durante séculos como sendo o centro do sistema e, por fim, revelado por estudos que não era fixa, nem achatada e nem sustentada por elefantes, que pensar de seus movimentos naturais de rotação e translação em torno do Astro-Rei sem sequer afastar-se dele ao longo desses milênios de séculos e perder-se nesse escuro infinito? Seria uma pobreza de inteligência imaginar como corretas as diferenças e descompassos de toda sorte em relação às pessoas e acreditar que a breve passagem pela vida física na Terra, não obstante as diferenças gritantes de oportunidades, se resumisse apenas nesse acanhado e discreto punhado de anos que cada um vive.

Portanto, num processo de desenvoltura racional de conhecimento sobre o alicerce que estrutura e fundamenta o entendimento da trilogia até então considerada como dogma e não explicada, como por exemplo, ‘de onde viemos?’, ‘por que viemos?’ e ‘para onde vamos?’, deve-se mesmo parar para pensar seriamente sobre o assunto que, se não é importante hoje, o será em qualquer momento futuro, para o seu integral bem-estar e felicidade.

Mas, para isso, é necessário encontrar o fio da meada, a chave desse enigma. Sem essa importante ferramenta que vai mostrar a direção segura, não se chegará a nada, uma vez que, em meio à gigantesca pirâmide de ofertas religiosas que garantem de tudo nesta época atual e, numa região superpopulosa onde a cada dois dias nasce uma nova Igreja (jornal Folha de S. Paulo – 29-1-2006), seria impossível criar laços de confiança quando nada de consistente apresentam seus dirigentes.

A maior comunidade católica do mundo está em nosso país e decresce anualmente. Por sua vez, as igrejas consideradas evangélicas se desdobram com interessante rapidez, deixando compreender que algo não está de acordo com os grupos de fiéis que acabam se afastando, migrando de um templo para criar outro, em qualquer espaço físico que seja, independente e sob nova direção, mas com o mesmo fundo metódico de ensino sem aprofundamento sobre os mecanismos da vida.

Isso representa insatisfação com o trato dos assuntos da espiritualidade, pois a posição vem dos próprios pesquisados que dizem ‘discordar dos princípios ou da doutrina’, e também com a questão da adequação de certos dogmas aos interesses e conveniências, interferindo no visual e na apresentação pessoal, como corte de cabelo, vestuário, bens de consumo mas de importância no lar, bem como a aceitação do casamento em segundas núpcias, com restrições e constrangimentos dentro da igreja, a supressão do limbo visto pela nova interpretação do Vaticano etc.  

A Doutrina Espírita, destacando-se pela simplicidade, ausência de tradicionalismo e sem romantismo em seus ensinamentos claros, objetivos e lógicos a respeito de todos os problemas da vida física e suas consequências, é a que oferece luz e confiança para o caminho seguro do porvir.

Os ambientes espíritas trazem a singeleza que lhe é própria nos locais destinados ao aprendizado do Evangelho e das próprias atividades doutrinárias, sem proibições, simbolismos ou formalidade alguma nos atos, vestimentas e procedimentos, além da dispensa do cultivo de ilusões paralelas sobre o amanhã, afiançando que este poderá ser mudado com as ações de hoje, afirmativa essa de conformidade com a justiça divina, quando diz que a cada um de acordo com suas obras.

E Kardec, em 1857, reforçou essa linha de pensamentos deixando nos anais na história, especialmente a espírita, a afirmação de que “A fé só é inabalável quando pode enfrentar a razão face a face, em qualquer época da Humanidade”. Belo e verdadeiro esse conceito, pois, além desse sentimento singular e maravilhoso, significa que jamais algo poderá sofrer alteração com o tempo, de acordo com os interesses. Ou é ou não é; é sim ou não.

É assim com os que são conscientes, com os que usam a razão, eles passam a compreender, respeitar e viver a Doutrina dos Espíritos. E Kardec foi além, quando se referiu à pureza da Alma: não disse que fora do Espiritismo não haveria salvação, mas que 'fora da caridade, não há salvação'(1).

(1) Revista Espírita - Abril-1864, de Allan Kardec.

Por Vladimir Polízio para o site de O Consolador

Autoconhecimento

É interessante notar como nos embaralhamos com questões simples, como, por exemplo, identificar algumas de nossas limitações ou falar sobre algumas de nossas virtudes.

Grande parte desta dificuldade é cultural, fruto do aprendemos no contato com a sociedade e acabamos por transferir, sem reflexão, à nossa forma de lidar com o mundo. Temos, portanto, problemas em conhecer limitações e grandes dramas de consciência em reconhecer nossas virtudes.

Conhecer limitações: temos receio de falar de nossas fragilidades porque queremos nos sentir sempre fortes. Aprendemos isto desde tenra idade. “Homem não chora”. “A vida não premia os fracos”. “Vivemos numa selva de pedras”. Encampamos essas ideias e deixamos de praticar o que propõe Santo Agostinho, na questão 919 de O Livro dos Espíritos, referindo-se ao autoconhecimento e a interrogação à própria consciência.

A sociedade, em algumas situações, prega a competição predatória e o individualismo, então vamos neste embalo e consideramos os outros nossos concorrentes, por isso não falamos de nossas fragilidades, dores e dificuldades. Preferimos guardar a sete chaves e esconder nossos receios e limitações até de nós mesmos. Ou seja, bloqueio o autoconhecimento e, por consequência ignoro os pontos em que devo direcionar minhas energias para melhorar como ser humano. E isso ocorre porque não nos estudamos, conseqüentemente, não nos conhecemos. Transitamos de mãos dadas com nossas limitações por não sabermos identificá-las.

Conhecer virtudes: e por outro lado fomos ensinados a cultivar uma humildade de fachada, uma humildade apática, em que é “PECADO” conhecer virtudes que possuímos. Temos medo de que o outro nos ache arrogante, por isso, não raro, desvalorizamo-nos. Aliás, a cultura da desvalorização prejudica a estima do indivíduo e abarrota consultórios de terapeutas, psicólogos e psiquiatras. Isso para não falar que fomenta a tresloucada ideia do suicídio, porquanto o suicida geralmente é aquele que não reconhece seus valores, seus talentos e habilidades, julga-se um peso para o mundo, afunda-se em seus dilemas, e então, vê no suicídio a porta para salvação. Isso também ocorre porque não nos estudamos, e, portanto, não nos conhecemos.

É necessário romper os cadeados do preconceito para que possamos nos estudar com eficácia. Saber em que nível de evolução moral e intelectual estamos, o que já conquistamos e o que falta conquistar. Quais são nossas imperfeições morais, quais são nossas maiores dificuldades e como fazer para superar estas fragilidades. São questões que podemos propor a nós mesmos, a fim de que identifiquemos o estágio evolutivo no qual nos encontramos.

Importante lembrar: reconhecer fragilidades não é sinal de inferioridade, ao contrário, alguém para reconhecer uma limitação e falar naturalmente dela é alguém já amadurecido para tanto. A mesma regra vale para a questão que envolve o conhecimento de nossas habilidades e virtudes. Reconhecer em nós alguma virtude, ou algo que sabemos fazer bem feito, não quer dizer falta de humildade ou arrogância. A prepotência não está em sabermos de nosso valor, mas, sim, se usamos esses valores conquistados para subjugar, humilhar e desdenhar do outro. Desde que não nos infectemos pelo vírus da auto suficiência e não nos consideremos superiores a ninguém, não há porque deixarmos de reconhecer nossas habilidades.

Será o estudo sobre nós mesmos e a reflexão em torno de nossas limitações e virtudes que nos estenderão o tapete vermelho para o auto conhecimento, proporcionado-nos um caminhar mais sereno pelos palcos da existência, conforme ensina Santo Agostinho e já o fazia Sócrates, antes ainda do surgimento do Espiritismo.

Interessante sugestão para trabalharmos o autoconhecimento é utilizarmos o semelhante no feedback de nossas limitações. Claro que é preciso estar em franco processo de amadurecimento para tratar deste tema, mas é sempre uma ferramente importante e opinião do outro a nosso respeito, e pode despertar em nós a vontade em ser alguém melhor.

Costumava pedir aos meus filhos, após o estudo do Evangelho, que escrevessem três pontos em mim que os incomodavam. Informava que não haveria retaliação, ou seja, os presentes de final de ano estariam garantidos. A sinceridade, então, rolava solta e pude, ao longo do tempo em que fizemos este exercício, descobrir coisas bem “interessantes” a meu respeito. Confesso que alguns pontos não foram fáceis de admitir, mas colocaram-me face a face com o que eu precisava modificar para que a convivência fosse cada vez mais harmônica.

A consciência de que somos Espíritos imortais, todavia ainda não estamos prontos, mas nos “aprontando” a cada reencarnação é um dos fatores que faz com que possamos focar mais nos desenvolvimento de nossas potencialidades intelectuais e morais.

Autoconhecimento, portanto, trata-se da chave para o crescimento em direção a Deus e a paz de consciência.

Autor: Wellington Balbo para o site Portal do Espírito

Espiritismo além dos muros: jornalista leva leitura para encarcerados

DIÁLOGOS DA FÉ

Galeno Amorim acredita e aposta nos livros como aliados na ressocialização e reconstrução da cidadania entre pessoas privadas de liberdade.
“A verdadeira caridade é um dos mais sublimes ensinamentos de Deus para o mundo. Entre os verdadeiros discípulos da sua doutrina deve reinar perfeita fraternidade. Devem amar os infelizes, os criminosos, como criaturas de Deus, para as quais, desde que se arrependam, serão concedidos o perdão e a misericórdia, como para vós mesmos, pelas faltas que cometeis contra a sua lei. Pensai que sois mais repreensíveis, mais culpados que aqueles aos quais recusais o perdão e a comiseração, porque eles quase sempre não conhecem a Deus, como o conheceis, e lhes será pedido menos do que a vós.” O Evangelho Segundo o Espiritismo, Caridade com os criminosos, Allan Kardec

Em tempos de esfriamento dos ensinamentos de Jesus, do retorno do “olho por olho e dente por dente”, da ascensão das teologias das prosperidades e do flerte de espíritas com setores conservadores e retrógrados, algumas pessoas, espíritas ou não, têm se destacado com suas lições de fraternidade, solidariedade e amorosidade. Essas pessoas merecem nosso reconhecimento e suas boas práticas devem ser difundidas, como forma de incentivar outras pessoas.

O relato de hoje é um daqueles que aquece nosso coração e vem do interior de São Paulo, da cidade de Ribeirão Preto.

Galeno Amorim é um jornalista de 57 anos e tem quase 40 de profissão. Casado e pai de dois filhos, se tornou espírita em meados da década de 1990. Atuante em alguns centros, se dedicou à psicografia, que é a técnica utilizada pelos médiuns para escrever um texto sob a influência de um espírito desencarnado, utilizando para isso sua própria mão. Filho de mãe sem escolarização descendente de migrantes italianos e pai descendente de negros escravizados, foi o pai, que, “contando causos reais e inventados”, despertou nele o interesse pelos livros e leitura. Já na adolescência, “fugia” da casa dos pais para a casa da irmã professora e que, por esse motivo, tinha livros em casa. Foi presidente da Biblioteca Nacional, do Observatório do Livro e da Leitura e do CERLALC/Unesco (Centro Regional para o Fomento do Livro na América Latina e no Caribe). É, também, autor de 18 livros, boa parte para crianças e especialistas em leitura.

De fala mansa, Galeno é um espectador que dá gosto de conversar. Sempre disposto a partilhar uma aprendizagem. Ele acredita que todo mundo merece a chance de se transformar e evoluir e que a leitura pode ajudar nisso. Por esse motivo desenvolveu, a mais de 20 anos, o Observatório do Livro e da Leitura, responsável pelo projeto Jornada da Leitura no Cárcere, que leva livros e literatura para ressocialização e reconstrução da cidadania entre pessoas privadas de liberdade.

A população carcerária é uma das mais estigmatizadas e excluídas de nossa sociedade. Segundo o site Politize!, que sistematizou os dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e do Infopen (Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias), o sistema penitenciário brasileiro conta com uma população de mais de 730 mil adultos em 1.400 presídios vivendo em prisões (dados de 2014). A situação da maioria dos presídios é de superlotação, de pouca verba e infraestrutura insuficiente. São homens jovens, com idade entre 18 e 29 anos, negros, moradores de periferias e com baixo grau de escolarização.

Conforme o relatório do Ministério da Justiça, “manter os jovens na escola pelo menos até o término do fundamental pode ser uma das políticas de prevenção mais eficientes para a redução da criminalidade e, por conseguinte, da população prisional”.

Amorim acredita que há três dimensões simbólicas na leitura: entretenimento, para suprir o tempo ocioso; conhecimento, exercendo, inclusive, um papel muito grande para remissão da pena; e existencial, tendo os livros enquanto caminhos e reflexões para as respostas que buscamos para vida (quem somos, para onde vamos). E é nessa dimensão, destaca Amorim, que entra o ponto de vista espiritual, que é mais amplo que o religioso e tem a ver como se transmite valores, princípios, questões éticas.

Os detentos que participam dos projetos são tocados por essas dimensões. Além disso, o livro prepara para o exercício pleno da cidadania.

Galeno relata que há várias histórias de transformação, mas uma das que mais lhe causam alegria é a história de superação do Carlos, um rapaz que, mesmo tendo passado pela Fundação Casa (Extinta Febem) e conhecido de perto as agruras do sistema socioeducativo (penal), continuou cometendo infrações quando maior de idade. Viciado em drogas, parou de estudar por que achava a escola um ambiente chato, ruim, desconfortável – e sabemos bem como o sistema educativo consegue ser excludente e seletivo quando ele quer. Para sustentar seu vício, passou de consumidor a traficante, migrando para assaltos à mão armada. Preso e condenado a mais de dez anos de reclusão, descobriu na leitura uma forma de ver o mundo de uma outra forma. Gostava tanto de ler que se tornou coordenador do clube de leitura em duas cidades por onde passou, depois virou coordenador de educação na penitenciária e se formou no magistério ainda dentro da cadeia. Hoje é estudante de Direito e faz palestras sobre prevenção da criminalidade.

Perguntado sobre as questões religiosas, relata que está muito presente e diz que ouve, nos lugares onde vai fazer palestras, que a Bíblia e outros livros religiosos estão muito presentes nas leituras de quem está encarcerado. Augusto Curi e Zíbia Gasparetto são os livros espiritualistas e de autoajuda de maior destaque.
Os livros permitem que a gente viva várias vidas em uma só, por que a gente vive a vida das personagens, do escritor, experiências, descobertasGaleno Amorim
O sistema penal, com todos os seus avanços nos últimos tempos, é a forma mais difícil e degradante do ser humano se conscientizar de suas arbitrariedades. O Estado tem a obrigação de oferecer um recolhimento digno, por que é um direito em uma sociedade que pretende ser civilizada.

É preciso trabalhar contra esse encarceramento em massa que existe no Brasil e investir em penas alternativas para aqueles crimes que não representam perigo à vida humana e à sociedade.

“Empresas têm que criar vagas para ex-detentos e estabelecer percentuais para essa população, que obriguem as próprias empresas fornecedoras de presídios a contratarem. É sua contribuição em uma sociedade mais justa e pacífica”, afirma Amorim.

“Preso é segregado, discriminado, vítima de preconceito e intolerância e representa a visão da barbárie humana. Pessoas que cometeram algum tipo de crime – salvo algumas exceções das injustiças que há – devem ressarcir a sociedade e poder dar a volta por cima, se corrigir”, finaliza Galeno Amorim.

Escrito por Franklin Félix, para o site da Carta Capital

terça-feira, 10 de setembro de 2019

Dicas para manter a calma - para pais

Pais e Mães são seres humanos e, por mais que não desejem, cometem erros. Passamos por situações estressantes, temos nossas dificuldades e, uma hora ou outra, podemos perder o controle de como reagimos com as crianças.

Tudo bem.

O que precisamos fazer é aprender a identificar quando isso está acontecendo, quanto antes reconhecermos, melhor.

Primeiro, evite danos! Faça o que puder para não dizer palavras das quais depois se arrependerá. Fique em silêncio e segure suas mãos para proteger seu filho a qualquer custo.

Segundo, se afaste da situação e procure se recompor. Avise Que vai dar um tempo para se acalmar, assim seu filho não se sentirá rejeitado.

Respire, relaxe, mova-se. Pense em algo bom, lembre-se do seu amor, olhe para as fotos do seu filho.

Além de conseguir se regular, você estará ensinando da melhor maneira (modelo) sobre como seus filhos podem fazer isso.

Por fim, repare e reconecte-se.

Agora você poderá cuidar do dano emocional e relacional que tenha sido provocado. Pode ser preciso se desculpar e aceitar a responsabilidade dos seus atos.

Quanto antes for recuperada a conexão, mais cedo poderá ser recuperado o equilíbrio emocional e você é seu filho voltam a aproveitar o relacionamento.

Planejem soluções para os problemas e como evitar que se repitam.

Lembre-se: erros são oportunidades para aprender.

Trechos de "O Cérebro da Criança" (Daniel Siegel). Seleção postada no perfil do Instagram @positivamente_psi