Com o propósito de fomentar a alfabetização nos vários países, a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) instituíram esta data em 1967.
O processo da aprendizagem de ler e escrever (alfabetização) está diretamente relacionado com o desenvolvimento de um país, conforme indicam pesquisas na área. Quanto mais pessoas analfabetas, menor é o índice de desenvolvimento.
Por esse motivo, nas últimas décadas vários países têm assumido o compromisso de combater o analfabetismo. Atualmente, a alfabetização atinge cerca de 85% da população mundial, de acordo com dados da ONU.
No entanto, estima-se que ainda existem quase 800 milhões de adultos no mundo que não sabem ler, escrever ou contar, e aproximadamente 250 milhões de crianças consideradas analfabetas funcionais (não conseguem interpretar os textos).
O objetivo não é apenas alfabetizar, mas fazer com que os jovens e adultos saibam interpretar um texto criticamente e que desenvolvam prazer com a leitura.
Abaixo a lista de países com as maiores taxas de analfabetismo no mundo:
Sudão do Sul: 73%
Afeganistão: 71.9%
Burkina Faso: 71.3%
Níger: 71.3%
Mali: 66.6%
Chade: 64.4%
Somália: 62.2%
Etiópia: 61%
Guineia: 59%
Benin: 57.6%
Serra Leoa: 56.7%
Haiti: 51.3%
Senegal: 50.3%
Wallis e Futuna: 50%
Gâmbia: 48.9%
No Brasil, as taxas de analfabetismo têm diminuído nos últimos anos, mas ainda estão longe de serem ideais, conforme mostram os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Educação (Pnad Educação), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na faixa entre 15 anos ou mais, a taxa de analfabetismo passou de 7,2% (2016) para 6,8% (2018). Já no que diz respeito às pessoas com 60 anos ou mais, a taxa caiu de 20,4% para 18,6%. Segundo o levantamento, o analfabetismo no Brasil está diretamente ligado à idade. Isso quer dizer que quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de analfabetos.
Educação como prioridade
A alfabetização de crianças e adultos pode mudar significativamente os rumos de um país, já que, quanto maior o acesso do indivíduo a tudo que a leitura oferece, seja por via cultural, seja de lazer ou até mesmo pela própria educação, maiores são as chances de conquistar melhores oportunidades no mercado de trabalho e, consequentemente, melhores ganhos salariais, o que proporcionará melhor qualidade de vida e acesso a novos caminhos.
Ainda temos um grande desafio, que é alfabetizar e disseminar o conhecimento de forma prioritária, já que com isso é possível diminuir injustiças sociais, mudando positivamente e de maneira decisiva a vida das pessoas.
Dominar a modalidade escrita de uma língua é a chave para abrir a cabeça e libertar homens e mulheres do desconhecimento e da desinformação. É o que permitirá serem sujeitos críticos, com liberdade para escrever (literalmente) suas próprias histórias. Por meio do conhecimento, podemos ter mais esperança de que é possível acabar com as desigualdades sociais.
Fonte: Calendarr e Mundo Educação