quarta-feira, 26 de abril de 2017

Livro: Divaldo Franco: Uma Vida com os Espíritos

Este sim podemos dizer que é um lançamento. Ainda sem sinopse, sem número de páginas, pulicamos o mais recente livro sobre (e não dele como autor) Divaldo Franco.

Escrito por Suely Caldas, importante médium, autora de dezenas de livros e produtos audiovisuais, conferencista renomada, com exposições em todo o Brasil e no exterior. Além disso, é fundadora e dirigente da Sociedade Espírita Joanna de Ângelis, em Juiz de Fora, MG, desde a juventude dedica-se às lides espíritas.


O livro 'Divaldo Franco: Uma Vida com os Espíritos' tem seu pré venda dia 10 de abril, disponível pela Livraria Leal.




CARACTERÍSTICAS

Título           Divaldo Franco: Uma Vida Com Os Espíritos
Autor           Suely Caldas Schubert
Assunto           Biografia
Editora           LEAL
Idioma           Português
Edição           1ª
Ano de Lançamento 2017
Encadernação  Brochura

Capa          Tradicional com Brilho
Preço médio      R$ 40


Vejam o vídeo de lançamento publicado no Instagram pela Mansão do Caminho


Se estivesse vivo, Chico Xavier teria completado 107 anos. Para seus seguidores, ele viveu como profeta e morreu como santo. Para os detratores, ele era uma fraude a ser desmascarada. 

Conversamos com Alexandre de Santi, um dos autores do livro “Chico Xavier – A vida. A obra. As polêmicas” sobre este que se tornou uma das principais figuras religiosas do Brasil.



Postado no site da Revista Super Interessante

6º Congresso Espírita de MT

De 17 a 20 de agosto de 2017, a Feemt - Federação Espírita do Estado de Mato Grosso promove o 6º Congresso Espírita de Mato Grosso, que terá como tema: "Amai-vos e Instruí-vos".

O evento, realizado a cada 4 anos, reúne expositores espíritas reconhecidos mundialmente e está com suas inscrições abertas. 

Em virtude de um imprevisto em sua agenda, não será possível a participação de Divaldo Franco no 6º Congresso Espírita de Mato Grosso.

MAIS INFORMAÇÕES
(65) 3644-2727 | comunicacao@feemt.org.br

PROGRAMAÇÃO
Quinta, 17 de agosto
15h às 19h: Recepção e entrega de credenciais aos conferencistas
19h às 20h: Solenidade de instalação do Congresso 
20h às 21h: Conferência de abertura "Espíritas amai-vos e instrui-vos" - Conferencista: Jorge Godinho 

Sexta, 18 de agosto
8h às 8h30: Abertura - Esquete com o Grupo Espírita de Arte Cristã Juventude Ativa
8h30 às 9h30: Conferência "Como desenvolver o amor nas relações familiares" – Conferencista: Alberto Almeida
9h30 às 10h30: Conferência "O amor e a superação do sentimento de indiferença" – Conferencista: Jorge Godinho
10h30 às 11h: Intervalo 
11h às 12h: Conferência "Como desenvolver o amor aos que nos perseguem e caluniam" – Conferencista: Gabriel Salum
12h às 14h: Almoço
               Esquete com o Grupo Espírita de Arte Cristã Juventude Ativa
14h às 15h: Conferência "O espírita e a liderança amorosa" – Conferencista: Saulo Gouveia
15h às 16h: Conferência "O amor e a superação do sentimento de vitimização" – Conferencista: Lacordaire Faiad
16h às 16h30: Intervalo 
16h30 às 17h30: Conferência "O amor e a superação das influências espirituais obsessivas" – Conferencista: Suely Caldas
17h30 às 18h30: Conferência "O amor e a superação do complexo de culpa" – Conferencista: Gabriel Salum
18h30 às 19h30: Conferência "O amor e a superação dos medos psicológicos" – Conferencista: Alberto Almeida
19h30 às 20h: Momento cultural

Sábado, 19 de agosto
8h às 8h30: Abertura - Esquete com o Grupo Espírita de Arte Cristã Juventude Ativa
8h30 às 9h30: Conferência "Como desenvolver o amor a si mesmo" – Conferencista: Sandra Borba
9h30 às 10h30: Conferência "O meio prático para conhecer, compreender, amar e cumprir as leis divinas na consciência" – Conferencista: Haroldo Dutra
10h30 às 11h: Intervalo 
11h às 12h: Conferência "Como desenvolver o amor e a fidelidade aos Espíritos benfeitores" – Conferencista: Suely Caldas
12h às 14h: Almoço
14h às 15h: Conferência "O amor e o cumprimento do propósito existencial" – Conferencista: Afro Stefanini II
15h às 16h: Conferência "Como desenvolver o amor a Verdade e conquistar o discernimento espiritual" – Conferencista: Sandra Borba
16h às 16h30: Intervalo 
16h30 às 17h30: Conferência "O amor e a missão do espírito imortal" – Conferencista: Alírio de Cerqueira Filho
17h30 às 18h30: Conferência "O amor e a superação da acomodação moral" – Conferencista: Haroldo Dutra
18h30 às 19h30: Conferência "Como desenvolver o amor a Deus de todo coração, alma e entendimento" – Conferencista: Geraldo Campetti
19h30 às 21h: Peça teatral com o Grupo Espírita de Arte Cristã Juventude Ativa

Domingo, 20 de agosto
8h às 8h30: Abertura 
8h30 às 9h30: Conferência "Como promover o amor e a união entre os espíritas" – Conferencista: Jorge Godinho
9h30 às 10h30: Conferência "Como desenvolver o amor diante da cultura da superficialidade" – Conferencista: Geraldo Campetti
10h30 às 11h: Intervalo 
11h às 12h30: Conferência "Jesus e o amor infinito pela Humanidade" – Conferencista: Alberto Almeida
12h30 às 13h: Solenidade de encerramento


segunda-feira, 24 de abril de 2017

Aniversariantes de Abril


Partiu sair do corpo? (Humor e Espiritismo)

João adormece e um amigo espiritual se aproxima pra acompanha-lo durante esse momento em que a alma normalmente se desprende do corpo físico. Mas parece que o João não tava muito afim de sair, não...

A prece ajuda muito, claro, mas o que determina MESMO nossas companhias espirituais é a conduta que assumimos no dia-a-dia.



Vídeo postado e 15 de abril de 2017 no Canal Amigos da Luz n Youtube.

Reflexão do dia


Paciência

“Aquele que conquistou a paciência conquistou a si mesmo.” - Emmanuel


Que significa a palavra Paciência? Pode ser a junção de duas outras: Paz + Ciência. Concordam?

PAZ: é geralmente definida como um estado de calma outranquilidade, uma ausência de perturbações ou agitação. Derivada do latim Pacem = Absentia Belli, pode referir-se à ausência deviolência ou guerra.

CIÊNCIA: Em sentido amplo, ciência (do Latim scientia, significando "conhecimento") refere-se a qualquer conhecimento ouprática sistemática.

Podemos definir Paciência com sendo um estado calmo e tranquilo, sem perturbações ou agitações pelo conhecimento das causas que nos rodeiam ou nos visitam. 

Assim, quem está sob a ação de um problema qualquer deve antes conhecer o problema, sua origem e as soluções a serem impetradas. Para isto terá que ter Paciência, ou seja, agir num estado calmo e tranquilo, sem perturbações ou agitações. Isto pelo conhecimento prévio das causas que nos rodeiam ou nos visitam. 

Normalmente somos perturbados por enfermidades ou por situações adversas de relacionamentos familiares, conjugais ou sociais. É necessário entender que ninguém é vitima de coisa alguma. Tudo o que nos ocorre tem uma necessidade e um tempo de duração. 

Por exemplo, uma enfermidade. Elas são necessárias para drenar nossas mentes de atos infelizes praticados em outras encarnações ou mesmo nesta. Tudo o que fazemos fica arquivado em nossa mente. Se for uma atitude boa servirá para expandir a centelha divina que existe em cada um de nós; se for uma atitude maldosa terá que ser expurgada da mente, o que normalmente acontece através das enfermidades. A paciência funciona como um estado superior de consciência para superar a dor e a alteração tanto física, quanto psíquica. Há também a dor evolução que se caracteriza por um estado em que o Espírito passa por um processo de esforço, gerando ou não algum tipo de desconforto, para adquirir outro estágio. Conforme nos diz o Instrutor Druso no livro Ação e Reação, de André Luiz, psicografado pelo Chico Xavier. 

No caso de Pessoas e/ou situações, a causa é sempre a mesma assinalada acima. Daí a Paciência para que as questões se resolvam. Uma vez resolvidas, a própria vida dá o encaminhamento; ou nos afasta da pessoa ou situação, ou nos resolvemos com ambas. 

Nas Leis Naturais está escrito que “a cada um será dado de acordo com sua obra”. Assim vamos colhendo nossos plantios. 

A Doutrina Espírita nos capacita a agir com tranquilidade. Devemos usar os ensinamentos que ela nos proporciona, bem como da oração e não da reza. Rezar significa repetir decoradamente o que outro escreveu. Orar é o pedido, a palavra, o louvor ou o agradecimento que parte de cada coração. Na espiritualidade todas as nossas orações são ouvidas, catalogadas, e providenciado o atendimento, tudo de acordo com o mérito de cada um. 

Mais uma vez a Paciência entra em ação:

Ter tranquilidade para esperar porque se tem o conhecimento da causa. Assim, antes de se revoltar, xingar, agredir, é bom pensar. Colocar-se como filho (a) de Deus sublimemente protegido por Ele que não desampara ninguém. 

Quer melhorar de vida? Trabalhe e aguarde em paz.

Quer se curar? Medique-se física e espiritualmente e aguarde em paz.

Quer conseguir um bom emprego? Esforce-se e aguarde em paz. 

Paz é a melhor ciência para se vencer na vida. Em seu livro Agenda Cristã, André Luiz nos diz, no capítulo 29: “A Paciência não é vitral gracioso para as suas horas de lazer. É amparo destinado aos obstáculos”. Daí que ser paciente é ser altivo conhecedor dos processos que qualificamos como dolorosos ou difíceis. Também Emmanuel, no livro Encontro Marcado, nos dá sua sempre valiosa contribuição: “Paciência, em verdade, é perseverar na edificação do bem, a despeito das arremetidas do mal, e prosseguir corajosamente cooperando com ela e junto dela, quando nos seja mais fácil desistir”. 

Quantos buscam as vias do suicídio direto por não terem a vontade de persistir um tanto mais. Deixam o corpo físico em lastimáveis situações. Buscam a morte e encontram a vida e, agora, numa projeção diferente e em perspectivas dolorosas. Tudo por não aguardarem em paz um pouco mais. A cada minuto no Brasil e no mundo centenas de pessoas eliminam o próprio corpo. Os órgãos de saúde e bem-estar questionam o porquê destas ações. Há sempre uma história, mas na síntese podemos afirmar que, se aguardassem um pouco mais, esses irmãos e irmãs não cometeriam tal desatino. 

“Paciência é o poder que nos traz o reino da felicidade.” Encontramos essa joia no livro Entre Irmãos de Outras Terras, ditado por Espíritos Diversos a Chico Xavier e Waldo Vieira e editado pela FEB em 2004. 

“A verdadeira paciência é sempre uma exteriorização da alma que realizou muito amor em si mesmo, para dá-lo a outrem, na exemplificação.” Eis o que encontramos na questão 254 do livro O Consolador, de Emmanuel. Notamos que o tema é intensamente estudado na espiritualidade por se constituir numa alavanca poderosa para o domínio do Espírito sobre forças contrárias que atuam em si mesmo. A vitória no bem será sempre apanágio de almas virtuosas que encontram forças para atingir seus objetivos de níveis superiores. A Paciência será sempre a amiga a cantarolar hinos de glórias enquanto persistimos. 



Texto publicado no site da revista O Consolador, em Crônicas e Artigos, Ano 11 - N° 511 - 9 de Abril de 2017,  por GUARACI DE LIMA SILVEIRA

Felicidade e saúde

O sábio e filósofo Buda, que viveu na Índia, depois de deixar seu luxuoso palácio e sua família para seguir os passos da simplicidade, do jejum e da meditação, já orientava, meio milênio antes de Jesus:

Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro e depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. Por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente, de tal forma que acabam por nem viver no presente nem no futuro. Vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido.


Uma medida comum de felicidade e saúde para todos os homens está nesta resposta dado por sábios Espíritos à questão 922 de seu Livro1: “Para a vida material, a posse do necessário; para a vida moral, a consciência pura e a fé no futuro”. E para tanto devemos começar com a preservação de nossa saúde, cuidando com sabedoria do corpo físico, instrumento concedido por Deus para nossas experiências nesta dimensão, templo de nossa alma.

O médico André Luiz faz uma interessante prescrição, recomendando este preceito de saúde:

1 – Guarde o coração em paz, à frente de todas as situações e de todas as coisas. Todos os patrimônios da vida pertencem a Deus.
2 – Apoie-se no dever rigorosamente cumprido. Não há equilíbrio físico sem harmonia espiritual.
3 – Cultive o hábito da oração. A prece é luz na defesa do corpo e da alma.
4 – Ocupe o seu tempo disponível com o trabalho proveitoso, sem esquecer o descanso imprescindível ao justo refazimento. A sugestão das trevas chega até nós pela hora vazia.
5 – Estude sempre. A renovação das ideias favorece a sábia renovação das células orgânicas.
6 – Evite a cólera. Enraivecer-se é animalizar-se, caindo nas sombras de baixo nível.
7 – Fuja à maledicência. O lodo agitado atinge a quem o revolve.
8 – Sempre que possível, respire a longos haustos e não olvide o banho diário, ainda que ligeiro. O ar puro é precioso alimento e a limpeza é simples obrigação.
9 – Coma pouco. A criatura sensata come para viver, enquanto a criatura imprudente vive para comer.
10 – Use a paciência e o perdão infatigavelmente. Todos nós temos sido caridosamente tolerados pela Bondade Divina milhões de vezes, e conservar o coração no vinagre da intolerância é provocar a própria queda na morte inútil.

O nosso amigo escritor e professor de sociologia, Regis de Morais, de Campinas, é preciso quando diz: “Muito realizador é amar; grandemente saudável é perdoar – um sentimento cheio de coloração divina; outra maravilha para a saúde como um todo é a solidariedade que nasce do respeito à vida. Pois todos estes elementos de saúde têm como alicerce a humildade – esta mesma que nos garante paz”.

Para nossa saúde física e espiritual, sejamos médicos de nós mesmos: escutemos o doutor Serenidade, a doutora Moderação, a doutora Humildade, a doutora Caridade, e a doutora Sabedoria.

Referências:

1) O Livro dos Espíritos – Editora EME – Tradução do francês por Matheus R. Camargo (Capivari-SP).

2) Aulas da vida, André Luiz (Chico Xavier) - IDE (Araras-SP).

3) Caminhada necessária, publicado pela Editora EME (Capivari-SP).

Por Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo (editor das editoras EME e Nova Consciência), publicado no site da revista O Consolador em Crônicas e Artigos, Ano 11 - N° 511 - 9 de Abril de 2017

Divaldo Franco aborda o tema do suicídio em artigo

Com caráter epidêmico, o suicídio alcança índices surpreendentes na estatística dos óbitos terrestres, havendo ultrapassado o número daqueles que desencarnam vitimados pela AIDS.

A ciência, aliada à tecnologia, tem facultado incontáveis benefícios à criatura humana, mas não conseguiu dar-lhe segurança emocional.

Em alguns casos, a comunicação virtual tem estimulado pessoas portadoras de problemas psicológicos e psiquiátricos a fugirem pela porta abissal do autocídio, como se isso solucionasse a dificuldade momentânea que as aturde.

Por outro lado, sites danosos estimulam o terrível comportamento, especialmente entre os jovens ainda imaturos, que não tiveram oportunidade de experienciar a existência. De um lado, as promessas de felicidade, confundidas com os gozos sensoriais, dão à vida um colorido que não existe e propõem usufruir-se do prazer até a exaustão, como se a Terra fosse uma ilha de fantasia. Embalados pelos muito bem feitos estimulantes de fuga da realidade, quando as pessoas dão-se conta da realidade, frustam-se e amarguram-se, permitindo-se a instalação da revolta ou da depressão, tombando no trágico desar.

Recentemente a Mídia apresentou uma nova técnica de autodestruição, no denominado clube da baleia azul, no qual os candidatos devem expor a vida em esportes radicais ou situações perigosíssimas, a fim de demonstrarem força e valor, culminando no suicídio. Se, por acaso, na experiência tormentosa há um momento de lucidez e o indivíduo resolve parar é ameaçado pela quadrilha de ter a vida exterminada ou algum membro da sua família pagará pela sua desistência.

O uso exagerado de drogas alucinógenas, a liberdade sexual exaustiva e as desarrazoadas buscas do poder transitório conduzem à contínua insatisfação e angústia, sendo fator preponderantes para a covarde conduta.

O suicídio é um filho espúrio do materialismo, por demonstrar que o sentido da vida é o gozo e que, após, tudo retorna ao caos do princípio.

É muito lamentável esse trágico fenômeno humano, tendo-se em vista a grandeza da vida em si mesma, as oportunidades excelentes de desenvolvimento do amor e da criação de um mundo cada vez melhor.

Ao observar-se, porém, a indiferença de muitos pais em relação à prole, a ausência de educação condigna e os exemplos de edificação humana, defronta-se, inevitavelmente, a deplorável situação em que estertora a sociedade.

Todo exemplo deve ser feito para a preservação do significado existencial, trabalhando-se contra a ilusão que domina a sociedade e trabalhando-se pelo fortalecimento dos laços de família, pela solidariedade e pela vivência do amor, que são antídotos eficazes ao cruel inimigo da vida – o suicídio!

Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 20/04/2017

quinta-feira, 20 de abril de 2017

A autoridade moral de O Livro dos Espíritos é tema de seminário

Dando sequência às celebrações dos 160 anos de publicação de O Livro dos Espíritos, a FEEMT - Federação Espírita do Estado de Mato Grosso promove nos próximos dias 27 e 28 de maio um novo seminário da Série Espiritizar do Projeto Espiritizar: A Autoridade Moral de O Livro dos Espíritos, que será facilitado por Afro Stefanini II e Alírio de Cerqueira Filho.

O objetivo deste encontro é refletir sobre a importância do livro não apenas para o movimento espírita, mas para toda a humanidade. A obra, publicada em 18 de abril de 1857, é um verdadeiro tratado de espiritualidade que, em pleno século 19, auge de difusão das doutrinas materialistas, vem trazer luz para a humanidade, demonstrando a imortalidade da alma e aclarando a realidade dos dois planos da vida.

O evento será transmitido ao vivo pelos sites feemt.org.br/aovivo e febtv.com.br (canal 3). Para participar, não é necessário realizar inscrição prévia. Abaixo você pode obter mais informações.

O Projeto Espiritizar é um instrumento desenvolvido pela FEEMT para o Movimento Espírita, cujo objetivo é estimular a sintonia com o Projeto Iluminativo de Jesus, por meio da Doutrina Espírita. Clique aqui para saber mais.

TRANSMISSÃO AO VIVO
www.feemt.org.br/aovivo
www.febtv.com.br (canal 3)

QUANDO
27 e 28 de maio de 2017
Sábado: 8h30 às 12h - 14h às 18h30
Domingo: 8h30 às 12h30

ONDE
Sede da Feemt - Av. Djalma Ferreira de Souza, nº 260, Morada do Ouro, Cuiabá - MT

FACILITADORES
Afro Stefanini II
Alírio de Cerqueira Filho

INSCRIÇÕES
Não é necessária inscrição prévia

CONTRIBUIÇÃO FINANCEIRA
Voluntária

MAIS INFORMAÇÕES
(65) 3644-2727 | comunicacao@feemt.org.br



Notícia publicada no site da FEEMT

Ouça a homenagem realizada na FEB aos 160 anos de O Livro dos Espíritos

Confira o áudio da palestra realizada por Haroldo Dutra Dias, no dia 18 de abril, na sede da Federação Espírita Brasileira em Brasília, como parte das comemorações dos 160 anos de lançamento de O Livro dos Espíritos.


Lance um olhar - Com a visão da alma

Lance um olhar sereno, tranquilo, navegue suavemente com os pensamentos em direção ao alto. E com a visão da alma, em forma de prece, manifeste sua fé em Deus e deixe envolver-se pela luz de suas bênçãos. Procure mobilizar as suas energias na meta a alcançar e estará enriquecendo a sua atmosfera pessoal com os mais poderosos fluidos divinos, que emanam das benditas e sagradas regiões celestiais. E nesse estado de sublime enlevo, estará fortalecendo-se e antevendo o imenso potencial colocado à sua disposição em todo transcorrer de sua trajetória terrena.

Lance um olhar para trás, busque vestir todos os seus sentidos com os exemplos dignificantes e construtivos, legados pela experiência e estará revitalizando todo seu dinamismo; agradeça a tudo e a todos aqueles que trilharam seu caminho e contribuíram para o seu crescimento, ajudando ou criando obstáculos, que serviram para valorizar e qualificar o curso desta sua jornada no plano físico.

Lance um olhar para os lados, reconcilie-se com a perfeita harmonia da natureza e estará comungando das irradiações que alimentarão de paz e equilíbrio todas as suas aspirações. Ao olhar e sentir tudo aquilo que ocorre ao nosso redor, podemos avaliar o quanto somos felizes e como temos muito a oferecer para amenizar a dor e sofrimento daqueles que nada têm e que dependem da ajuda de corações generosos. O pouco que se possa fazer é muito para quem não tem nada.

Lance um olhar para baixo, observe com respeito e consideração tudo aquilo que vislumbrar, e estará solidificando o firme propósito de seus sadios objetivos. Quando olhamos com as melhores e as mais puras intenções em servir, os nossos bons sentimentos se afloram e uma força externa, criativa e agradável nos impulsiona sempre para atitudes cada vez mais nobres. E como crescemos com pequenas atitudes em benefício de nossos semelhantes. Fazer caridade é investir em nossa poupança espiritual, onde as recompensas chegam com juros.

Lance um olhar para cima, reverencie, com admiração e reconhecimento, o poder miraculoso que rege todo o universo e sentirá a revelação de toda sua importância; quando o coração se abre de modo despretensioso para ajudar o próximo, os fluidos celestiais nos inundam de energias revigorantes e servir se transforma em agradável prazer. Porque servir é o tributo que pagamos pelo espaço que ocupamos em nosso planeta. Respeitar as leis e fazer o bem é a taxa de condomínio que se obriga a pagar todo cidadão de caráter e sentimentos nobres, reconhecendo que recebemos muito pelo pouco que fazemos.

Lance um olhar profundo para dentro de si, processe a uma endoscopia espiritual, expulse todos os pensamentos nocivos ao nosso progresso moral, ético e espiritual. Elimine eventuais sentimentos de ódio, raiva, ciúme, inveja, são os lixos que nos intoxicam e contaminam nossa alma, por isso precisam ser descartados. Reative o seu arquivo mental, consciente de que somente o amor é capaz de fazer essa drenagem nas camadas mais íntimas do nosso ser.

Lance um olhar sobre o mundo exterior que o circunda e encontrará razões suficientes para avaliar a sua felicidade, cuja intensidade a ser vivida só depende de você. Essa divina visão nos revela que Deus não castiga ninguém; quem nos castiga somos nós mesmos. Toda dor tem apenas o sentido corretivo e jamais vingativo. A dor e o sofrimento podem até não ensinar, mas são eles que nos obrigam a aprender. A dor e a doença costumam representar aquele remédio amargo, que surge para curar alguma enfermidade oculta impregnada em nossa alma.

Lance um olhar sobre o passado, medite com gratidão e afeto nos valores tributados a seu crédito no curso da vida e estará reunindo forças e alicerçando todo o seu porvir. A gratidão é o sentimento que mais nos aproxima de Deus. E se estamos com Deus, nada poderá estar contra nós. Procure evidenciar apenas as boas recordações, e permitirá que o otimismo se aflore e elimine todos os males que lhe atormentam o corpo e a alma. Abra seu coração em prece de agradecimento e por este mesmo canal entrarão as bênçãos dos amigos e benfeitores espirituais.

Lance um olhar sobre o presente, certifique-se que só com perseverança inabalável estará orvalhando com otimismo todos os seus sonhos na vida e dando vida a esses sonhos. O Cristo nos recomendou não olhar para trás, mas caminhar na certeza de que daremos conta da missão a nós reservada, convictos de que nenhuma força exterior é maior do que o nosso potencial íntimo de energias. Somos filhos de Deus, feitos à Sua imagem e semelhança. E se temos o DNA divino, por consequência somos dotados de um potencial de infinito poder, a ser desenvolvido. Somos uma fagulha divina em evolução.

Lance um olhar para o futuro, com bastante firmeza e confiança e sentirá suas forças se agigantarem como antevendo o desenvolvimento deste imenso potencial, que estará sempre à sua disposição em toda jornada terrena. Além disso, jamais faltarão ajuda e apoio àqueles que trabalham para o bem. E na mesma medida em que exercem o “servir”, estarão desenvolvendo o seu potencial divino e crescendo em todos os sentidos, moral, ético e espiritual.

Lance um olhar profundo e sereno, com os olhos cerrados, para se encontrar com Deus no seu íntimo e com Ele voar pelo espaço sideral e sentir no aconchego da Divindade Maior a sublime ternura, que reina e emana das excelsas regiões do Universo. Quando o Cristo ensinou aos seus Apóstolos e por consequência a todos nós, a oração “Pai Nosso”, não queria nos transformar em declamadores de versos, mas Ele sabia que quando se elevam os pensamentos, penetramos nas camadas mais sublimes da espiritualidade. E como Ele queria, como ainda quer, que todos nós nos tornemos partícipes da grande comunhão celestial, que nos inunda de luz, de paz e de energias puras para vencermos com mais facilidade as intempéries do caminho.

Lance um olhar amigo e fraterno a todos aqueles do seu convívio, esqueça quaisquer eventuais mágoas, divergências de opiniões ou ressentimentos. Conservar este tipo de sentimento é guardar veneno no coração, que só faz mal à própria pessoa. Elimine este lixo nocivo ao seu progresso espiritual e estará conquistando a mais gratificante liberdade que lhe permitirá sobrepor a qualquer lance da existência, cuja essência das revelações divinas dependerá, como tudo na vida, da sua maneira de olhar.

Texto publicado no site do Jornal O Clarim, por Arildo Resende de Castro (arildocastro@gmail.com) em 01/04/2017

Duas reflexões de Chico...





Os nossos descontroles cotidianos

Quantas pessoas do nosso convívio conseguem nos tirar do sério?

Quantas pessoas que conhecemos, conseguem nos fazer perder a paciência?

Frequentemente, usamos dessas expressões para justificar nossa descompostura ou desequilíbrio, ao culpar fulano ou beltrano.

Agora nos resta perguntar: por que alguém consegue fazer­-nos perder a paciência, ou, por que alguém é capaz de provocar uma mudança em nossa atitude?

E esses nossos descontroles cotidianos acontecem em qualquer ambiente.

Algumas vezes na família, outras tantas no trabalho.

Ou, ainda, nas corriqueiras relações sociais.

E sempre estamos a justificar que a culpa é de alguém.

Sempre estamos prontos a explicar que se não fosse essa ou aquela pessoa agir desta ou daquela forma, nada disso aconteceria.

Colocamos a culpa do descontrole em alguém, em algo e, ao nos tornarmos vítimas da situação, nada nos resta a fazer, pois afinal, o problema está nos outros e não em nós.

Mas, será que somos apenas reféns das situações, e realmente nada podemos fazer a não ser reagir a elas?

Lembremo-­nos da última contenda, da última discussão na qual nos envolvemos.

Nada poderíamos ter feito para evitá-­la?

Nada estava ao nosso alcance para que a situação fosse minimizada?

Recordemo­-nos do nosso último desentendimento familiar.

Será que a maneira como agimos e nos comportamos realmente era a única possível?

Ao fazermos essa breve análise, claro fica que poderíamos ter tido outras atitudes.

Poderíamos nos calar em algum momento, ao invés de soltar a palavra ácida e corrosiva.

Poderíamos buscar o entendimento ao invés da provocação.

Poderíamos suavizar o tom de voz ao invés dos arroubos no falar.

Porém, se optamos por agir de outras maneiras, não foi culpa de ninguém, nem de situação nenhuma.

Foi apenas uma opção pessoal.

Poderíamos ter pensado antes de falar, refletido antes de agir, mas preferimos a reação à ação.

Enquanto a reação é irrefletida e calca-­se nos instintos, a ação é atitude pensada e amadurecida na reflexão.

Desta forma, ao dizer que perdemos a paciência, ao constatar que saímos do sério, somos responsáveis por essas atitudes.

E, apenas vítimas de nós mesmos.

Jamais poderemos justificar que alguém nos faz perder a paciência.

Ao contrário, somos nós que não temos a paciência suficiente para a situação que se apresenta.

Ou ainda, de maneira nenhuma poderemos acreditar que algo ou alguém nos faz sair do sério, nos faz perder a compostura.

A atitude tomada é sempre uma opção de cada um que, perante tal ou qual situação, não consegue ou não quer comportar-­se de maneira mais digna ou melhor.

Assim, não mais nos permitamos ser vítima de nossas próprias atitudes ou reações.

Reflitamos antes do agir, pensemos mais detidamente antes de falar e, acima de tudo, compreendamos que todas as nossas relações sociais, por mais difíceis que nos pareçam, são lições abençoadas no aprendizado do amor ao próximo.

Texto publicado no site Um Caminho, Redação do Momento Espírita, página “Discípulos de Allan Kardec”, no Facebook

Casa espírita mais antiga de MT é homenageada em solenidade

Os 160 anos do surgimento do espiritismo foram celebrados em uma solenidade realizada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso na última terça-feira com postado aqui antes. Na sessão, representantes da religião e do poder público lembraram as origens da doutrina e destacaram a importância do debate para o esclarecimento de preconceitos e combate à intolerância.

Além disso, a casa espírita mais antiga do Estado, Casa Matheus, foi homenageada na ocasião. Localizada em Cáceres (240 km de Cuiabá), a casa foi a quarta a ser fundada no Brasil, de acordo com seu atual presidente, Antônio Dan.  “A fundação aconteceu no dia 30 de novembro de 1896, o livro dos espíritos fazia uns trinta anos. Mas certamente esses pioneiros já se reuniam antes para iniciar os estudos, então houve esse marco que foi a fundação de uma associação’, diz.

Para Antônio, a realização da Solenidade é importante porque desperta a curiosidade das pessoas para conhecer melhor o assunto. “A gente sente esse preconceito no meio social, quando nos apresentamos em alguns ambientes não espíritas, alguns olham como se fosse algo mal, mas é falta de conhecimento. Sinto que já melhorou muito, antes era pior.”

Ele também ressalta que a grande lição do espiritismo, repassada por meio de obras psicografadas por médiuns como Chico Xavier, é a prática da caridade. Deste modo, seu trabalho na cidade se estende também ao Lar Servas de Maria, que abriga 37 idosos, e à Casa Unidade, Fé e Caridade, onde são recebidas pessoas carentes. Lá, elas ouvem o evangelho e recebem ajuda material. O presidente também garante que todos aqueles que buscam conhecer melhor a religião são bem vindos.  

“O espírita que não pratica a caridade a gente considera que não é, não está participando de forma completa. Estamos abertos a todas as pessoas, sem preconceito nenhum. Este é um dos nossos princípios e está no estatuto, como a primeira cláusula: não pode ter preconceito de espécie alguma.”

Notícia publicada no site Olhar Conceito com modificações da Equipe de Comunicação do LEAE

terça-feira, 18 de abril de 2017

Assembleia em MT realiza sessão em homenagem ao espiritismo

A Assembleia Legislativa realizou nessa terça-feira, dia 18, sessão especial em homenagem aos 160 anos do espiritismo no mundo.

O evento foi no Plenário Renê Barbour e contou com diversas pessoas ligadas ao espiritismo em Mato Grosso além da entrega de homenagens.

O Espiritismo é o conjunto de princípios e leis revelados pelos Espíritos Superiores, contidos nas obras de Allan Kardec. Com novos conceitos sobre o ser humano e o mundo, o Espiritismo aborda diversas áreas do conhecimento (científico, filosófico, religioso, ético, moral, educacional, social), das atividades e dos comportamentos humanos, gerando uma era para a regeneração da humanidade.

Teve origem com Hippolyte Léon Denizard Rivail, natural de Lyon na França, nascido em 03 de outubro de 1804. Autor de livros de gramáticas, aritméticas, estudo pedagógico superior, ele organizou, em sua casa, cursos gratuitos de química, física, astronomia e anatomia comparada.

A partir de 1854, fez seus primeiros estudos sobre o Espiritismo. Adotou o pseudônimo Allan Kardec a fim de diferenciar a obra espírita da produção pedagógica anteriormente publicada. Assim, Allan Kardec lançou: O Livro dos Espíritos, em 1857; Revista Espírita, em 1858; O que é o Espiritismo, em 1859; O Livro dos Médiuns, em 1861; O Evangelho segundo o Espiritismo, em 1864; O Céu e o Inferno, em 1865; e A Gênese, em 1868.

Notícia publicada no site Folha Max com modificações da Equipe de Comunicação do LEAE

domingo, 16 de abril de 2017

Vida do médium Divaldo Franco vai virar filme

Parece notícia antiga, não?! Até porque nós do Blog do LEAE já noticiamos isso há dois anos, aqui mesmo. Vejam AQUI.

Claro que era início de um projeto que, ao que parece, sairá do papel.

Conhecido como o maior médium espírita brasileiro vivo, a vida de Divaldo Franco já começou a ser filmada na semana passada, numa coprodução da Fox Filmes do Brasil, que realizou o filme espírita mais caro do país, “Nosso Lar” (2010).

Segundo o colunista Ricardo Feltrin, do UOL, a trama é uma adaptação do livro “Divaldo Franco: A Trajetória de um dos Maiores Médiuns de Todos os Tempos”, escrito por Ana Landi, que será consultora da obra cinematográfica.

Com direção de Clóvis Mello, as primeiras filmagens do longa-metragem — sem título divulgado — foram feitas no Teatro Municipal do Rio, durante palestra que lotou os 2,1 mil lugares da casa de espetáculo, e também irão registrar as comemorações do aniversário de 90 anos de Divaldo Franco, que acontece no próximo dia 5.

Não está claro, portanto, se a produção é uma obra com atores ou um documentário. Clóvis Mello tem uma carreira premiada em publicidade e já produziu os documentários “Coração Vagabundo” (premiado nos festivais de Roma e Barcelona), e “jair 30”, em parceria com a gravadora Som Livre (Grupo Globo). Ele também dirigiu a comédia “Ninguém Ama Ninguém por Mais de Dois Anos”.

A expectativa é de um lançamento ainda para o segundo semestre desse ano, com um diferencial: 15% de sua arrecadação será destinada à Mansão do Caminho, projeto social do médium em Salvador.

Notícia publicada no site Pipoca Moderna com modificações da Equipe de Comunicação do LEAE

terça-feira, 4 de abril de 2017

Palavras de Chico...


Espírita ou espiritualista?

Abril é um mês de muita importância para o Espiritismo. Talvez o mais importante de todos! Foi neste mês, especificamente no dia 18, em 1857, que era dada à publicidade a primeira edição de O Livro dos Espíritos, data marcante que em 2017 completa 160 anos.

Pois que mais de um século e meio depois, ainda existem alguns termos que trazem confusão às mentes dos espíritas, especialmente os iniciantes, e da sociedade como um todo. Muito disso se deve à crescente popularização da Doutrina Espírita, que recebe cada vez mais frequentadores assíduos em suas instituições, bem como simpatizantes, que embora não sejam “espíritas de carteirinha”, fazem uso de leituras esclarecedoras, tanto da Codificação quanto de outros autores, buscando respostas a indagações várias e uma orientação segura em suas vidas.

Diante deste contexto, o uso das palavras acaba gerando certa confusão, não sendo corretamente aplicadas ao que realmente significam. Os termos espírita e espiritualista compõem um desses conjuntos que trazem dúvidas aos mais desavisados.

Recorremos, então, ao livro homenageado desta edição: o sempre indispensável O Livro dos Espíritos. Logo na primeira parte da Introdução, Allan Kardec já mostrava preocupação em bem definir e esclarecer o que cada termo pode representar. Vamos às palavras do Codificador:

“Com efeito, o espiritualismo é o oposto do materialismo. Quem quer que acredite haver em si alguma coisa mais do que matéria, é espiritualista. Não se segue daí, porém, que creia na existência dos Espíritos ou em suas comunicações com o mundo visível. Em vez das palavras espiritual, espiritualismo, empregamos, para indicar a crença a que vimos de referir-nos, os termos espírita e espiritismo, cuja forma lembra a origem e o sentido radical e que, por isso mesmo, apresentam a vantagem de ser perfeitamente inteligíveis, deixando ao vocábulo espiritualismo a acepção que lhe é própria. Diremos, pois, que a doutrina espírita ou o Espiritismo tem por princípio as relações do mundo material com os Espíritos ou seres do mundo invisível. Os adeptos do Espiritismo serão os espíritas, ou, se quiserem, os espiritistas.”

Logo, fica bastante claro na explicação de Kardec que existe uma distinção entre os termos. Simplificando, diríamos que todo espírita é espiritualista – pois crê em algo mais além da matéria –, mas nem todo espiritualista é espíritas – já que a crença na comunicação com os espíritos não faz, obrigatoriamente, parte dos estudos espiritualistas.

O Codificador conclui, portanto, qual o objetivo do livro que está sendo apresentado:
“Como especialidade, O Livro dos Espíritos contém a doutrina espírita; como generalidade, prende-se à doutrina espiritualista, uma de cujas fases apresenta. Essa a razão por que traz no cabeçalho do seu título as palavras: Filosofia espiritualista.”

Fundamental este conhecimento! Que nesta marcante data possamos manter vivo o ideal de Allan Kardec e difundir o Espiritismo com a fidelidade necessária para que alcance plenamente seus nobres objetivos, iluminando e bem orientando toda a humanidade.

Texto publicado no Editorial no site de O Clarim, pela Redação (oclarim@oclarim.com.br) em 01/04/2017

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Reflexão para hoje: espiritismo


Conexão mental

“A prece faculta uma imediata mudança de comportamento, em razão das energias que a constituem, acalmando interiormente e predispondo à luta de autocrescimento.”[1]

Entendendo que a prece é um fenômeno eminentemente emocional, mas com consequências físicas e espirituais também, verificamos que a oração ungida de propósito superior proporciona-nos imediatamente uma pausa no que estamos sentindo, um alívio, e na sequência um profundo bem-estar que não conseguimos explicar de onde vem.

Quando oramos, saímos da faixa vibratória perturbadora em que nos encontramos e ascendemos, através de uma conexão mental elevada, a outra faixa superior. Os bons amigos espirituais que velam por nós e que desejam o nosso bem, neste momento nos envolvem em eflúvios de paz e amor, fazendo-nos sentir mais leves, dissipando as substâncias deletérias produzidas por nós que nos serviam de retroalimentação e de alimentação para aqueles que sintonizavam nesta faixa vibratória precária.

Kardec, sabiamente, no último capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo incluiu uma Coletânea de Preces Espíritas. Nós, lidadores do movimento espírita, sabemos que não existem fórmulas mágicas para nos conectarmos com os bons amigos espirituais. Que, em síntese “(...) a oração tudo pode, pelo que realiza no interior do ser, alterando a sua capacidade de entender a vida e os acontecimentos diários”. Posto isso, não haveria necessidade de palavras pré-estabelecidas, bastaria a criatura entrar em contato com o seu interior e deixar fluir o que lhe viesse a mente.

Conforme afirmamos anteriormente, Kardec, conhecendo a criatura humana, sabia que muitos dos que aportariam ao movimento espírita precisariam de uma base, de uma orientação. Então, por que não oferecê-la através de uma coletânea de preces? Mais ainda, antes de cada prece, ele faz uma explicação sucinta e muito clara da razão daquela prece, sendo mais importante esta explicação do que a própria prece.

Existem também aqueles que estão vivenciando agruras tamanhas que se sentem incapacitados de orar. Tendo um fio condutor, a criatura consegue com mais facilidade orar, desvinculando-se das mentes em desalinho que ora comungam com seus pensamentos.

Assim, ele dividiu a coletânea em cinco partes. Preces gerais: “Oração Dominical”, “Reuniões Espíritas”, “Para os Médiuns”. Preces por aquele mesmo que ora: Destacamos as preces “Aos anjos guardiães e aos Espíritos Protetores”, “Para Afastar os Maus Espíritos”, “Nas Aflições da Vida”, etc. Preces por outrem: Destacamos a prece “Por Alguém que Esteja em Aflição”. Preces pelos que já não são da Terra: “Por Alguém que Acaba de Morrer”. Preces pelos doentes e pelos obsediados: “Pelos Doentes”, “Pelos Obsediados”.

Podemos orar por nós mesmos e pelos outros, estejam estes encarnados ou desencarnados.

“Se eu não entender o que significam as palavras, serei um bárbaro para aquele a quem falo e aquele que me fala será para mim um bárbaro. – Se oro numa língua que não entendo, meu coração ora, mas a minha inteligência não colhe fruto. – Se louvais a Deus apenas de coração, como é que um homem do número daqueles que só entendem a sua própria língua responderá amém no fim da vossa ação de graças, uma vez que ele não entende o que dizeis? – Não é que a vossa ação não seja boa, mas os outros não se edificam com ela.” (S. PAULO, 1ª aos Coríntios, cap. XIV, vv. 11, 14, 16 e 17)

Para que a conexão mental se estabeleça deveremos envolver as nossas palavras no sentimento correspondente. Isto pode parecer primário para muitas pessoas, mas se pensarmos que até bem pouco tempo cronológico as missas eram feitas em latim, verificamos que a questão da própria pregação evangélica, não importando o seguimento religioso, era revestida de uma forma que ficavam aquém do entendimento da maioria, dificultando assim a conexão primeira esperada no momento de uma prece. A oração deve ser realizada de uma maneira simples para que todos possam compreender e assim imantar-se do bem emanado, facilitando a troca de energia entre as criaturas, pois existem pregações feitas em nosso idioma, mas que são tão rebuscadas que o nosso conhecimento não nos permite compreender. Existem outras que estão ao nosso alcance, mas que não nos tocam, porque aquele que está emitindo as palavras produz só palavras, sem conteúdo emocional que corrobore o seu pensamento, ou porque não estamos sintonizando na faixa de amor emitida naquele momento – poderia o próprio Jesus estar palestrando que diríamos não entender sequer uma palavra. Temos que nos sentir edificados, ou seja, a nossa prece deve induzir-nos ao bem, provocar-nos o desejo de modificação.

O ato de orar é um momento de reflexão, mesmo que inconsciente. Voltamo-nos para as grandes realizações do bem, para o amor, para a justiça e a caridade. É um momento de apaziguamento conosco. Hoje, verificamos que o que as pessoas mais buscam não é mais a felicidade, mas a paz. São muitos os relatos de “eu não tenho paz”, mas a verdade é muito mais abrangente do que se imagina quando se diz: a paz do mundo começa em mim! Somos dínamos criadores, emanamos interruptamente energia. Precisamos de mecanismos de alimentação desta máquina humana, sendo uma delas a prece.

A prece anima os aflitos, consola os desventurados, ampara os que se consideram deserdados do mundo. Enfim, coloca de pé os que se consideram parte da Criação, como se isso fosse possível, pois somos todos filhos benditos do Pai, que não deixa nenhum à margem, mas nos responsabiliza pelas próprias escolhas e nos permite retorno ao caminho tantas vezes quanto quisermos até que por definitivo caminhemos resolutos pela estrada do bem.

A prece é uma das vigas sustentadoras da nossa encarnação; balsamizando nossas dores, elevando-nos ao alto, para que possamos, em pensamento, já que ainda não conseguimos em atitudes, estarmos nas estâncias mais elevadas da Criação Divina.

1. FRANCO, Divaldo. Jesus e o Evangelho à Luz da Psicologia Profunda. Pelo espírito Joanna de Ângelis. Cap. 35 – Pedir e Consentir.

Por Walkiria Lúcia de Araújo Cavalcante (walkiria.wlac@yahoo.com.br), em 01/04/2017, publicado o site da Revista O Clarim