quinta-feira, 2 de junho de 2011

Faça a diferença! Reflita!

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a saúde não é a ausência de doença, mas uma condição de pleno bem-estar físico, mental social e espiritual, no qual se tem acesso ao uso de todas as potencialidades, mantendo-se aberto ao crescimento e a evolução.

Neste estado, podemos sentir em todos os momentos a alegria de estarmos interagindo com os outros e o prazer de viver; experimentarmos sentimentos de plenitude e consciência de harmonia com o universo que nos circunda, e quando falo em universo, não me refiro somente ao universo planetário, distante de nós, mas as mais singelas expressões naturais que estão definitivamente vivas ao nosso redor, participando ativamente de nosso habitat e interagindo conosco, recebendo as nossas vibrações e transmitindo suas energias, a todo o instante.

Livre-arbítrio

O sentido da vida está, efetivamente, em buscarmos viver não em excessos, mas em equilíbrio, fazendo o que queremos, pois somos livres para agir, porém, medindo o poder de nossas ações e estudando cautelosamente as conseqüências das mesmas. Saber onde acaba nosso limite e começa o do outro é um dos principais recursos para se viver em sociedade e em harmonia, ainda que existam conflitos a serem vencidos e vivenciados.

As emoções e sentimentos, especialmente quando não encontram meios de expressão, somatizam-se e manifestam-se de variadas maneiras, de acordo com a predisposição genética e comportamental e as fragilidades orgânicas de cada indivíduo. Somos sabedores que todos temos uma “genética espiritual” da qual não podemos fugir, mas podemos sublimar as deficiências aí existentes. Nessa genética espiritual estão contidas nossas principais deficiências que viemos angariando com o passar dos tempos, e hoje, muitas dessas deficiências estão em estado de latência e outras virão compulsoriamente no sentido de nos reeducar. As que estão no estado de latência, poderão ou não se manifestar ao longo dessa atual etapa existencial, dependendo de nosso modus vivendi, de hoje. Por exemplo, eu posso ter pré-disposição a uma enfermidade cancerígena e, dependendo de minha conduta, manifestá-la ou não. Se eu abusar dos cigarros ou de outras substâncias que eminentemente ativam essa deficiência, eu de fato terei. Mas, se vivo buscando a saúde e não me favoreço com tais substâncias, é possível que eu não desenvolva tal enfermidade.

Cada vez mais avoluma-se o número de pesquisas que nos mostram a relação que existe entre saúde, emoções e atitude mental. Existem pensamentos, sentimentos e atitudes que predispõem à saúde e outras que predispõem à doença, o que nos leva a perguntar: estamos vivendo o que é próprio para viver no hoje? Estamos vivendo agora da melhor maneira que podemos viver? O nosso corpo está saudável? Estamos nos sentindo bem, mas de fato estamos bem? Agradecemos cotidianamente o nosso corpo? Oramos durante o dia? Entramos em sintonia com o Senhor da Vida? Quando chegamos diante do espelho, nos achamos belos? Somos importantes para nós mesmos? Fazemos o melhor possível, sempre que produzimos algo?

A nossa essência não é o corpo, a máscara. A nossa essência é o Ser, o espírito que vivifica todas as coisas. Quando se tornar mais patente a compreensão desta verdade em nossas vidas, e nossas mentes estiverem conscientes a ponto de se tornarem “transparentes”, a luz interna do nosso Ser já não estará mais escondida, oculta e esquecida. Ela irá espelhar o que de fato somos e despertar nossos potenciais adormecidos. Fazer a nossa parte na vida respeitando os outros é muito importante. Por vezes, fazemos pouco, mas já é um começo, e aí, mesmo sendo pequena nossa contribuição, precisamos acreditar que ela também é importante. Desistir nunca!

De fato, ter uma visão positiva do futuro talvez seja o mais poderoso motivador que você e eu temos para mudança.

Ao final de seu trabalho, Barker relata uma estória bastante curiosa na qual se baseia nos escritos de Lore Eiseley. Descreve que um homem muito sábio seguia pela beira da praia quando divisou, a uma certa distância, um vulto que lhe pareceu estar dançando. A idéia de alguém dançando na praia lhe pareceu interessante e ele buscou aproximar-se. Verificou tratar-se de um jovem com uma atitude peculiar. O que lhe parecia um bailado, era na verdade, um conjunto de movimentos que o rapaz fazia para abaixar-se, pegar estrelas-do-mar e atirá-las de volta ao oceano. O sujeito achou a atitude curiosa e inquiriu ao rapaz:

– “O que fazes?”

– “Jogo estrelas de volta ao mar.” – foi a resposta dele.

– “Talvez devesse ter perguntado por que o fazes...” – disse o homem com um ar de deboche.

– “É que o sol está a pino e a maré está baixando, se não as atirar elas morrerão ressecadas” – retrucou.

– “Mas que ingenuidade! Você não vê que há quilômetros e quilômetros de praias e nelas há milhares e milhares de estrelas! Sua atitude não fará diferença.” .

O jovem abaixou-se, pegou uma estrela e, cuidadosamente, a atirou de volta ao mar, seguindo o seu peculiar procedimento. Em seguida voltou-se para o homem e disse:

– “Para essa aí fez diferença...” .

O homem ficou muito pensativo sobre o que ocorrera e naquela noite não conseguiu dormir pensando nas palavras do jovem. No dia seguinte, levantou-se, vestiu suas roupas, foi até a praia e começou, com o jovem, a atirar estrelas no oceano.

Barker conclui a estória com uma reflexão importante. O que o jovem tinha de diferente era a sua opção de não ser mero observador do Universo, mas agir nele, modificá-lo de alguma forma. E afirma: “... uma visão sem ação é um sonho. Ação sem visão é passatempo. Mas se aliamos nossas visões a nossas ações faremos diferença no Universo.”.


Então, vamos fazer a diferença no universo que nos rodeia, vamos ser os primeiros a respeitar, a declarar o amor, a viver mais saudáveis, a buscar sempre o melhor, a orar, enfim, existem tantas coisas boas que podemos fazer. Mas lembre-se que você pode fazer a diferença!

Aluney Elfer
*Texto extraído do blog Espiritismo na Rede