Uma das atividades que o Lar Espírita Aprendizes do Evangelho (LEAE) desenvolve é a palestra pública que abrange vários temas à luz da doutrina espírita.
Percebendo a necessidade de expositores, a diretoria da Casa resolveu disponibilizar o Curso de Expositor, que era para ter sido ministrado no dia 30 de abril. Como o curso não foi dado, o LEAE resolveu aplicar o Curso de Expositor no dia 02 de julho, sábado, das 15hàs 19h.
É importante ressaltar que todos estão convidados (entendam aqui como 'convocados') a participar. Será a oportunidade de iniciar neste trabalho no LEAE e de também reavaliar e renovar conhecimento para aqueles que já ministram palestras.
“Portanto ide, ensinai...” Jesus (Mateus 28:19)
“Ide e ensinai”, na palavra do Cristo, quer dizer: “ide e exemplificai para que os outros aprendam como é preciso fazer.” Emmanuel (Do livro “Fonte Viva”, psicografia de Francisco Cândido Xavier – Ed. FEB - Cap. 116)
No curso aplicado pela Casa serão abordadas algumas técnicas de estudo, a escolha do tema, a pesquisa bibliográfica, a importância de levar em conta o público alvo, entre outras vertentes.
Lembrando algumas passagens extraídas de um texto da “Revista Espírita Allan Kardec” – Ano III, nº 11, 'a maior responsabilidade do expositor é a de ser fiel ao chefe da Seara. Todo pregador dos princípios morais e em especial o expositor espírita nunca deve esquecer que seu trabalho é o de evangelizar com o Cristo, o que significa não perder de vista o verdadeiro caráter do trabalho cristão, assinalado pelas qualidades fundamentais: humildade, sinceridade, coragem, independência, amor, verdadeiro desejo de servir, estudo e meditação....
Para que isso ocorra, outra condição se destaca: a eficiência! O orador espírita deve, pois, mobilizar todos os recursos ao seu alcance para ser um bom expositor e conseguir comunicar as grandes verdades de que todos precisamos. Para tanto, precisa estar convicto de que o êxito do seu trabalho terá a medida de seu esforço. E de que esse esforço terá muito de exercício, experimentação de métodos, técnicas, modos, etc., até mesmo para que o próprio expositor se descubra, isto é, identifique o estilo e a natureza peculiar do trabalho a que mais se ajusta. A chave do êxito está em fazer-se o que se gosta, aquilo para o que se revela pendor, vocação, gosto. A pregação pública, como qualquer outro setor, é um campo multifacetado, onde cada qual definirá sua preferência e aptidão.
Há, por exemplo, o orador didático, o solto, o metódico, o filosófico, o bem humorado, o altiloqüente, o evangélico, o emotivo, o tertulial , o verberador, o tímido e o impetuoso. Há o que adota preparação prévia meticulosa e não foge ao esquema traçado; o contrário, que não consegue preparar antecipadamente, mas fala ao sabor da emoção do momento. Há o monotônico, que só aborda uma temática invariável, ou trata todos os assuntos pelo mesmo prisma. O oposto é o polimorfo, que desenvolve capacidade para ver a problemática humana sob vários ângulos e adquire a capacidade de apreciar assuntos diferentes entre si.
Vemos os que imitam outros pregadores conhecidos e os mais autênticos. Existe o estacionado, que nunca passa de um mesmo diapasão, e o que evolui, aprende com os próprios erros, para não incorrer neles de futuro. Aparece o sem autocrítica, cujos graves defeitos todos notam, só o próprio é que não vê e o melindroso, a quem a menor crítica “desmonta” por muitas semanas.
Mas, em qualquer caso, uma qualidade é fundamental: a modéstia e a humildade. No mais, vá em frente, e nunca creia que você, agora jovem, iniciando-se no trabalho ativo da seara, virá a ser um pregador espírita destacado simplesmente porque terá reencarnado com essa missão. Lembre-se do conselho de Tomás Edson, o grande inventor. “O gênio é feito de 1% de inspiração e 99% de transpiração."'