Você já conquistou alguma coisa que desejou muito? Você valoriza o que você tem? E as pessoas da sua vida, você as valoriza?
É uma pena quando só damos o devido valor a coisas e pessoas depois que as perdemos. Isso se aplica a uma casa, um carro, um relógio, um período da vida, um emprego, uma pessoa. Sei de pessoas que se desfizeram de um imóvel e depois se arrependeram, valorizaram-no tardiamente. No trabalho isso também acontece. Alguém abandona o emprego que gosta, motivado por uma proposta aparentemente melhor, e sente falta dos colegas, do lugar…
Mas quando isso se refere a pessoas, a coisa é mais complicada. Porque as coisas materiais, por mais importantes que sejam, não provocam remorso; no máximo arrependimento. Ninguém alimenta um sentimento de culpa muito sério por causa de um mau negócio. Mas e se a perda for humana?
Valorize as coisas e pessoas da sua vida!
Eu conheço, e você certamente conhece, alguém que deixou o marido, ou esposa, ou namorado, por não estar mais apaixonada, por haver acabado o encanto, por não estarem mais envolvidos o suficiente, e depois se arrependeu amargamente. Percebeu que havia entre eles coisas muito mais fortes e importantes do que mera paixão, mas aí já era tarde…
Ou então um filho que torcemos para que alcance sua independência e siga seu próprio caminho, devolvendo-nos um pouco de liberdade. E quando ele sai de casa, deixa um vazio que não é preenchido por nada, e a gente se dá conta de que sua presença era enriquecedora…
Quem é que não sabe de alguém que não suportava mais a caduquice do pai ou da mãe, já idosa, dando trabalho, e depois da partida para o outro lado tiveram certeza de que poderiam ter feito melhor?
Alguns desses erros não têm conserto, se você os cometeu. Mas certamente há muito a ser valorizado na sua vida! Se já erramos, aprendamos com os erros, é pra isso que eles servem. E tratemos de dar valor às coisas que já conquistamos.
A situação que você vive hoje não foi planejada por você? Por acaso a sua vida de hoje não é resultado do que você fez ontem? Claro que é, e não adianta espernear se ela não está como você gostaria que estivesse. Você colhe o que você plantou, não há como fugir disso. E o que não se explica considerando a existência atual, deve ser buscado em seu passado de espírito imortal…
O fato é que existe uma grande possibilidade de você estar usufruindo hoje de algo que muito desejou no passado, seja um emprego, um negócio, um marido, uma esposa, um filho ou filha, uma casa, uma faculdade, a lista é interminável. Valorize o que você conquistou, o que você tem! Está certo que o desejo é necessário para impulsionar o progresso, por isso sempre queremos mais e mais, mas temos que dar valor às nossas conquistas!
Goste do que você tem. Ou você acha a grama do vizinho mais verde que a sua, o marido da colega mais bonito que o seu, o amigo do seu filho mais inteligente do que ele? Tudo isso pode ser verdadeiro, a grama, a mulher e o filho podem não ser os melhores, mas é o que você tem. E, deixando a grama de lado, não se esqueça de que somos responsáveis por nossos afetos.
Você sabe que não dependemos de nada nem de ninguém para nossa felicidade. Então chega de tantos quereres e tantas insatisfações! Goste do que você possui, goste das pessoas que fazem parte da sua vida, valorize as suas conquistas. Lembre-se de que muitas dessas conquistas você quis ardentemente, esforçou-se para isso, e agora são suas. Valorize-as! Depois que perdê-las não adianta lamentar. Não é mesmo?
Texto publicado por Morel Felipe Wilkon no site Espírito Imortal