terça-feira, 18 de outubro de 2011

A morte de cada dia

Nós estamos acostumados a ligar a palavra morte apenas à ausência de vida, a lápide fria, e isso é um erro. Devemos aprender que existem outras maneiras ver a morte sem essa concepção, pois precisamos morrer todos os dias.

A morte nada mais é do que uma passagem, uma transformação. Não existe planta sem a morte da semente, não existe embrião sem a morte do óvulo, não existe borboleta sem morte da lagarta.


Quer ter um bom relacionamento? Mate dentro de você o jovem inseguro, ciumento, crítico de forma destrutiva e exigente, imaturo ou egoísta que pensa fazer tudo sozinho, sem ter que dividir espaços, projetos de vida e tempo com mais ninguém.

Quer ter boas amizades? Mate dentro de si a pessoa insatisfeita ou descompromissada, que só pensa em si mesmo. Mate a vontade de manipular as pessoas de acordo com as suas conveniências. Respeite as pessoas em todas as suas limitações.

Enfim todo processo evolutivo requer que matemos o nosso "eu" passado e inferior. E qual o risco de não agimos assim? O risco está em tentarmos ser duas pessoas ao mesmo tempo, perdendo o foco de nossas realizações em nosso ideal, comprometendo a produtividade e por fim, prejudicando nosso sucesso.

Muitas pessoas têm seus processos evolutivos prejudicados porque ficam agarradas ao que são, não se projetam para o que desejam e precisam ser. Elas querem a nova etapa sem abrir mão das anteriores ou da forma como pensavam e agia. Acabam como projetos inacabados, híbridos e adultos infantilizados.

Podemos às vezes agir como crianças, desde que não matemos as virtudes inerentes a infância sadia, tais como: sorriso sadio, criatividade, tolerância, sinceridade etc... Mas se quisermos ser adultos precisamos matar em nós as infantilidades, às vezes nocivas ao crescimento do jovem para se transformar no adulto consciente e maduro.

Quer ser alguém? Profissional, pai, mãe, cidadão ou cidadã, amigo, uma pessoa melhor e mais desenvolvida moralmente? Então o que você precisa é matar ainda hoje o egocentrismo, para que nasça o SER que tanto deseja.

A morte nada mais é do que o ponto de partida para o inicio de algo novo, é fronteira entre passado e futuro. E se morrer; não se esqueça de renascer melhor ainda, pois o valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas sim na intensidade que elas acontecem.

Pensem nisso, e a cada instante renasça feliz confiando em DEUS.

*Texto extraído do site Luz Maior.