Os adultos desejam ensinar tudo às crianças. Quando elas iniciam a balbuciar, não se cansam de repetir as palavras, a fim de que aprendam a falar de forma correta.
Nós lhes ensinamos o alfabeto, os números, as cores. Mergulhamos com elas nos livros, auxiliando-as a descobrir as maravilhas do macro e do microcosmo.
Somos os mais experientes porque já vivemos alguns anos a mais do que elas.
Contudo, existem lições de sabedoria que essas criaturinhas nos ensinam, todos os dias.
Quando uma criança se machuca, não importa se é um pequeno ou grande machucado, ela logo chora e procura o colo da mãe. Chorando, ela informa que está doendo, que aquilo a está incomodando muito.
Buscando o colo da mãe, ela deseja ser acarinhada, confortada, auxiliada. Lição para o adulto: você não precisa suportar a dor sem chorar. E procure alguém em quem você confia para ajudá-lo.
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Quando uma criança cai de um brinquedo e quebra o braço, nem por isso deixa de, ainda com o braço engessado, subir no mesmo brinquedo. Deseja provar que é capaz, que consegue, que vai vencer.
Ensina, desta forma, que não se deve desistir porque o negócio não deu certo ou porque foi reprovado em teste de seleção em uma empresa. O importante é não se deixar abater e continuar a tentar, até conseguir.
Quando uma criança está com sono, ela se aconchega, fecha os olhinhos e dorme.
Se o coelhinho de pelúcia perdeu uma orelha ou o carrinho quebrou, assim mesmo ela dorme. E no sono, se permite sonhar. Sonha com lugares lindos, bolas coloridas, muitos brinquedos, sorvete, brincadeiras e amigos.
Nova lição para o adulto: se seu corpo assinala que está na hora de dormir, atenda-o. Recolha-se ao leito e descanse. Depois, você recomeçará as tarefas, e muito melhor.
Não se permita a insônia por causa de coisas materiais. Se os índices da bolsa oscilaram, ou se sua conta bancária não apresenta tantos dígitos, durma mesmo assim.
Seu corpo precisa recuperar as energias pelo repouso. Depois, você retornará às lutas, ao trabalho, às melhores decisões.
Quando uma criança brinca, ela se permite entrar em seu mundo de faz-de-conta e mergulha por inteiro. Ela fantasia, fala com seus bichinhos e bonecos, cria histórias, sonha de olhos abertos.
Ela é o homem que voa, o dono de uma grande fazenda cheia de animais, o astronauta a caminho do Infinito. Não há limites para a sua imaginação. E isso a satisfaz, a faz feliz.
Com isso, diz ao homem que ele nunca deve deixar de sonhar e de perseguir os seus sonhos. Que deve se concentrar em seus desejos e perseverar. Tudo é possível àquele que trabalha, prossegue, não desiste.
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A criança é alguém que nos diz, todos os dias, que é bom viver, que o mundo é belo e que não há limites para a mente humana.
Ela nos afirma, com seu jeito de ser, que podemos sonhar, sem perder a esperança; que podemos sofrer reveses, sem cair no desânimo; que podemos preservar a saúde, mesmo que adversidades nos envolvam.
Enfim, ela nos ensina que a esperança deve brilhar sempre em nossos olhos. Isto porque, depois deste dia, o sol despertará o amanhã e tudo terá o brilho do novo, do não conquistado, da alegria ainda não fruída.
Redação do Momento Espírita.
Em 17.07.2009.