“Se você está sob a pressão de algum problema, recorde que desespero ou desânimo
não oferecem amparo algum.” (André Luiz – Livro “Busca e Acharás”, item 24 –
psicografia de Francisco Cândido Xavier.)
Na vida, são naturais os problemas que afloram, pois
a sociedade terrena, de uma forma geral, ainda não logrou encontrar um padrão de
vida devidamente adequado, onde se possa identificar claramente um perfeito
equilíbrio no contexto dos interesses humanos.
Cada homem segue pelos dias da existência, de
conformidade com a sua estruturação pessoal, dentro de sua individualidade,
experimentando o desafio dos obstáculos atinentes às necessidades do seu
crescimento interior; uns com mais dificuldades, outros com barreiras menores,
mas todos tendo pela frente muitos obstáculos a serem transpostos.
No entanto, o que causa curiosidade é que, via de
regra, a criatura, diante de um desafio a superar, ao invés de arregimentar
forças para o cometimento, faz exatamente o inverso, isso é, cai no desânimo ou
se prostra na desesperança.
Ora, se com coragem e determinação não é tão simples
superar dificuldades ou um problema qualquer, será mais difícil ou quase
impossível vencê-lo manietado a um estado deplorável de abatimento.
Não vamos, evidentemente, fazer a apologia da dor
nem cultuar o sofrimento, mas não podemos fugir à realidade de que somos seres
humanos ainda muito distanciados da verdadeira vivência cristã e que, por isso,
ainda experimentamos constantes reveses com o nome de decepção, abandono,
ingratidão, pobreza, doença, incompreensão, desamor e tantos outros.
E não nos consta, em qualquer exame mais acurado,
que o desânimo ou o desespero tenham realmente ajudado a solucionar qualquer
problema, antes sim, têm feito gerar grandes complicações, escurecendo ainda
mais os quadros já enegrecidos.
Observemos que o atleta vence uma maratona depois de
exaustivos exercícios físicos; que o médico maneja o bisturi após cansativos
anos escolares e estágios; que o professor leciona posteriormente a longos
estudos em livros e apostilas; que o engenheiro não rasga uma estrada ou edifica
um prédio sem antes elaborar minucioso projeto.
Obviamente, nós não podemos almejar o diploma da
grandeza interior, dos valores morais e do equilíbrio pessoal sem antes
cursarmos, na escola da vida, as lições imprescindíveis que emanam das seguidas
experiências cotidianas, e, certamente, o desespero e o desânimo em nada
ajudarão.
Então, se os problemas surgem, lembremo-nos de Jesus
quando afirmou: “tende bom ânimo!”.
*Por Waldenir
Aparecido Cuin (wacuin@ig.com.br), Votuporanga, SP (Brasil), em O Consolador.