segunda-feira, 20 de julho de 2020

Comunicação assertiva

Um pré-requisito para a empatia é simplesmente prestar atenção às emoções dos demais. (Daniel Goleman)

Os filhos não podem ter medo dos pais. Monólogos verticalizados nunca educam e, na verdade, geram receios e ressentimentos. Diálogo sim, e baseados no respeito e na tolerância, pois o filho é um ser humano que precisa crescer seguro e confiante.

O focar na comunicação diária, e buscando aspectos para melhorá-la, os pais o responsável podem/devem dizer repetidamente à criança:

Não

Palavra simples e que deve ser dita com naturalidade à criança, pois há situações cotidianas que não são negociáveis - comer bolo na hora do almoço - e determinados comportamentos que simplesmente são inaceitáveis - bater no gato etc.

Não sei

Ninguém sabe tudo. Os pais também não sabem tudo. Há perguntas elaboradas pelas crianças e para as quais os pais não têm resposta. Dizer “não sei” é algo recorrente na vida. Dessa forma, a própria criança crescerá consciente de que o aprender é uma constante na vida.

Errar faz parte da vida

Somos falíveis. Os acertos são conquistados por meio dos erros. Equivocar-se faz parte da jornada humana. Por isso, ninguém vive somente de vitórias e acertos. A criança, desse modo, desde cedo, precisa assimilar que cometer erros é próprio da natureza humana.

Você me desculpa?

Não basta ensinar a criança pedir desculpas ao irmão mais novo, ao primo, ao colega de classe, à professora… Se o objetivo é ensinar a importância de respeitar o outro e sem banalizar o pedido de desculpas, pais ou responsáveis, quando erram, devem/podem, com naturalidade, pedir desculpas à criança. Ora, se você notar que exagerou na reprimenda, peça desculpas, conte que se descontrolou. Afinal, o mundo precisa de pessoas que não tenham vergonha de se desculpar, de perdoar, de recomeçar. Essas atitudes estimulam empatia, solidariedade, altruísmo.

Você me ajuda?

Somos seres gregários, dependemos do outro e é a convivência que alavanca alegria, crescimento. Todo mundo precisa de ajuda, e, por isso, desde cedo é interesse se habituar a solicitar a colaboração das crianças na organização da vida doméstica: regar as plantas, colocar a mesa na hora do almoço, brincar em silêncio. Na verdade, esses pedidos de ajuda revela aos filhos que colaboração e parceria são vitais para a felicidade das pessoas.

Texto escrito por Eugênia Pickina para O Consolador, Ano 14 - N° 679 - 19 de Julho de 2020