quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Reencarnação e Autismo

Algumas teses espiritualistas relatam que o comportamento autista é decorrente do fato de o ser extrafísico não ter aceitado sua reencarnação. Em O livro dos espíritos, na Questão 355, é ensinado que a aliança do espírito ao corpo não é definitiva, porquanto os laços que o prendem ao corpo são muito fracos, podendo romper-se por vontade da individualidade espiritual, recuando diante da prova que escolheu.

Portanto, o espiritismo instrui que, nos casos de não aceitação da reencarnação, mediante o seu livre-arbítrio, a entidade se retira e acontece um aborto, denominado, pela ciência, de espontâneo.

Aparência enganadora

Os déficits cognitivos severos, associados às profundas alterações no inter-relacionamento social, caracterizam o autista, apresentando uma forma de identificação profundamente diferente, resultante do mau uso das faculdades intelectivas, em existências anteriores, quando errou, exatamente, na dissimulação das emoções, estabelecendo relações afetivas baseadas no engodo, no fingimento, para manter suas posições sociais abastadas, no campo do poder social e, principalmente, na vigorosa sedução sexual.

Utilizou o disfarce, a aparência enganadora, cobrindo com uma máscara psicológica a sua verdadeira personalidade, representando uma personagem falsa, enganando os circunstantes para auferir vantagens.

Quantos indivíduos, exercendo cargos religiosos, políticos, militares e policiais, sem a preocupação de ajudar o próximo, assoberbados de vantagens pessoais, preocupados apenas com o seu próprio bem-estar, apresentam-se como falsos líderes, ludibriando a muitos, mas não conseguindo enganar a si próprios.

Desprovido de controle

Na Parábola dos Talentos, Jesus alude aos que usaram seus dons, atributos, sem benefício para os semelhantes e, atormentados, posteriormente, pelo remorso, refletem um sofrimento que parece não ter fim (imagem simbólica do fogo eterno), recebendo a sentença que ressoa nos refolhos mais íntimos da consciência: “até o pouco que têm lhes será tirado”.

O indivíduo autista representa alguém necessitado de muita atenção, carinho e amor, vindo ao mundo físico em uma reencarnação essencialmente expiatória, totalmente desprovido do controle de suas emoções e com prejuízo acentuado na interação social.

Não desenvolve relacionamento eficaz com seus pares e revela fracasso marcante no contato visual direto, na expressão facial, na postura corporal, na tentativa espontânea de compartilhar prazer, interesses ou realizações com outras pessoas.

Está agora sujeito às consequências de seus atos impensados do pretérito. De tanto não conceder o devido respeito às pessoas e de não conceber que os seres pensam e têm sentimentos, retorna com déficit e prejuízo da empatia, com intensa dificuldade de construir vínculos, sem se sentir atraído pelas pessoas e sem interesse em tentar falar, considerando o rosto humano muito complexo, confuso e difícil de olhar.

No pretérito, a todo o custo, buscava a fama, a glória, o entusiasmo dos aplausos, o ardor dos cumprimentos e abraços; hoje, com aparência desorientada devido a uma expressão sem emoção, vivencia experiências caóticas, com dificuldade imensa de estar fora do seu casulo particular, principalmente quando ouve o ruído de um grupo de pessoas, causando acentuada confusão nos seus sentidos, sem saber distinguir os estímulos e, muitas vezes, aguçada dificuldade em relação à sensibilidade tátil, sentindo-se sufocado com um simples aperto.

Redenção espiritual

Deus, essencialmente o amor, proporciona ao indivíduo imortal, diante da Eternidade, a oportunidade da redenção espiritual.

Quando retornar à dimensão extrafísica, apresentar-se-á curado, sem mais o remorso lhe assenhoreando o íntimo, vivenciando a paz e agradecendo a valiosa oportunidade dispensada, a si próprio, de agora poder valorizar a utilização dos dons da comunicação e o ta‑ lento do carisma, visando o bem-estar do próximo e o seu próprio crescimento espiritual.

A chance de ter tido uma existência difícil, quando se entretinha, enfileirando brinquedos e objetos, particularmente, pauzinhos, caixinhas, peças coloridas para encaixe, despertou dentro de si o potencial da humildade.

Captando paulatinamente as vibrações amorosas de seus pais, familiares, amigos e abnegados terapeutas, assimilando-as intensamente, a carapaça da empáfia desabou e descobriu em plenitude o amor. Afinal, todos os filhos de Deus são herdeiros do Infinito e estão ainda iniciando sua jornada evolutiva no rumo das moradas grandiosas e incomensuráveis do Universo.

Texto publicado no Blog Espiritismo na Rede

A espiritualidade nas empresas: um novo olhar nas organizações

Espiritualidade no ambiente empresarial combina? Normalmente, a primeira resposta seria não, mas, em alguns casos, questões ligadas à fé já estão sendo utilizadas como ferramentas de gestão. O ambiente de trabalho é considerado, de maneira geral, muito racional e mais fechado, principalmente em grandes empresas. No entanto, alternativas que melhorem o dia a dia no trabalho podem trazer vantagens competitivas e melhorar a convivência entre colaboradores.

É o que diz uma pesquisa publicada na 1ª edição de 2019 da Revista Perspectivas Contemporâneas, do Centro Universitário Integrado. O artigo, denominado “Espiritualidade nas Organizações, Dificuldades e Oportunidades, dos autores João Theobaldo Arrosi Schreiner, Roberto Birch Gonçalves e Leonardo Roth, da Universidade de Caxias do Sul, demonstram que a espiritualidade nas organizações tem sido considerada como uma nova ferramenta de gestão, principalmente para dar um sentido às empresas, além do lucro.

O estudo foi realizado com gestores e/ou diretores de seis empresas da região Nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, de diversos setores. Os pesquisadores descobriram que as principais características da espiritualidade nas organizações são: a fé; os valores éticos e morais; a criatividade e produtividade; a alegria no trabalho; e a vida interior. Um ponto importante é que, a espiritualidade não foi relacionada à religião por nenhum dos entrevistados.

De acordo com os estudos, os autores afirmam que a espiritualidade, quando bem desenvolvida nas empresas, pode promover melhor engajamento dos colaboradores e desempenho organizacional. Assim, a espiritualidade pode ser considerada mais uma ferramenta gerencial para melhorar a vida das empresas e de seus funcionários.

A pesquisa pode ser consultada na íntegra, no site: grupointegrado.br. A revista Perspectivas Contemporâneas é editada pelo Centro Universitário Integrado. É um periódico científico da área de Ciências Sociais Aplicadas, com periodicidade quadrimestral, publicada desde 2006. Possui Qualis-Capes B1 e importantes indexadores. Além da revista Perspectivas Contemporâneas, o Integrado publica outros dois periódicos científicos: Campo Digital, da área de Ciências Exatas e da Terra e SaBios-Revista de Saúde e Biologia, com caráter multidisciplinar.

Segundo a supervisora de pesquisa do Integrado, Francielle Baptista, todas as revistas são on-line para permitir maior agilidade na edição, distribuição e publicação dos artigos. “Além disso, as revistas possuem acesso gratuito, contribuindo para a geração de um maior intercâmbio global de conhecimento”, afirma Francielle. Acesse as revistas do Centro Universitário Integrado no site

Site: Tá Sabendo Educação

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Depressão e Obsessão: Duas Faces De Uma Doença Espiritual

Como um dos maiores problemas da atualidade podemos apontar a depressão, estado esse pelo o qual o indivíduo perde o interesse e a vontade pelas coisas da vida, trazendo assim vários desajustes emocionais para o ser humano. Em muitos dos casos observados de depressão os acometidos não sabem dizer o porquê de sua falta de interesse pela vida, não podendo assim chegarmos a origem que desencadeou tal processo.

A obsessão segundo os ensinamentos repassados por Allan Kardec é o domínio que alguns espíritos adquirem sobre certas pessoas, é praticado por espíritos inferiores que procuram dominar o obsediado, é a ação persistente que um espírito exerce sobre um indivíduo. Pode apresentar características muito diversas, desde a simples influência moral sem maiores sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais.

Ambos processos, podemos dizer que geralmente tem seu gatilho gerador no afastamento da criatura de seu criador e suas leis. A benfeitora Joanna de Ângelis nos ensina em sua obra “Entrega-te a Deus”, que em todos os casos de depressão ocorre o fenômeno da obsessão, sendo este a causa primária ou não.

Analisando os conhecimentos espíritas podemos definir que, a depressão gerada por uma possível obsessão é aquela em que o espírito obsessor ao qual geralmente fomos o terrível algoz do passado ainda nos vê como a época em que o prejudicamos e procura esse a justiça através da vingança. Já quando desenvolvemos a depressão sem o fenômeno da obsessão como sendo causa primária, acabamos em determinado momento atraindo para nós mesmos o espírito obsessor, através da faixa mental que nos encontramos criando assim afinidade com esse espírito, que na maioria das vezes é mais sofredor do que mal.

Uma vez sintonizado com essas entidades desencarnadas passamos a viver como em estado de simbiose com esses espíritos, que descarregam toda sua faixa vibracional ruim em nosso corpo mental, nos impondo assim um estado de escravidão mental, reduzindo em muitas das vezes nossas forças de nos vermos livres saudavelmente de tais perturbações. Procuramos assim meios mais fáceis de nos libertarmos desse sofrimento, seja pelo isolamento ou até mesmo recorrendo ao suicídio onde a mente doente acha que matando o corpo se verá livre do problema, tal é o poder de controle dessas entidades sobre a mente humana que até mesmo espiritas com conhecimento doutrinário recorrem ao ato de matar o corpo alegando que com elas será diferente.

Como apoio ao tratamento da depressão, aliando-se ao atendimento por profissionais especialistas na área psicológica, vemos a importância na mudança da faixa mental que se encontra o indivíduo quando acometido por tal, como também a busca pelo conhecimento e reflexão das leis divinas, principalmente as leis de justiça, amor e caridade como sendo diretriz de vida. Entender que os problemas do caminho não são punições que Deus nos manda, mas sim encararmos como oportunidades de evolução pessoal, devemos nos matricular a sermos aprendizes do Cristo na escola da vida, vivendo de acordo com as leis de Deus, buscando a fé consciencial e raciocinada. Não basta só conhecermos as leis mas sim, buscarmos refleti-las e compreendê-las em nossa consciência, pois como nos traz Kardec na questão 621 do livro dos espíritos, quando pergunta: “Onde está escrito a lei de Deus?” e os benfeitores respondem: “Na consciência”. Para logo após essa parte do processo colocarmos essas leis em prática nas nossas vidas. Mesmo sendo duro e difícil o acometido deve buscar se ver não como sendo somente a vítima, mas também como o principal responsável por sua cura, estimulando a fé em Deus e em si mesmo. Lembremo-nos o que o mestre Jesus falava sempre logo após os milagres como maneira de estimular a fé naqueles que haviam sido curados, Jesus sempre apontava que a fé do indivíduo foi a responsável pela salvação, jamais ressaltou que havia sido ele quem havia os curados, lembremos algumas passagens:

“ E lhe disse, filha a tua fé te salvou; vai te em paz e te verás livre do teu mal.” Marcos:10,52.

“ Mas Jesus disse a mulher, a tua fé te salvou, vai-te em paz.” Lucas: 7,50.

Extenso e preocupante demais é o assunto, seria egoísmo de nossa parte querer tratar o assunto em apenas algumas linhas, como também não podemos de deixar de salientar a importância da busca por ajuda especializada por profissionais da psicologia e psiquiatria. Viemos através deste texto mostrar e despertar a responsabilidade de que nós somos co-criadores com Deus e que nossa mente co-criadora é peça fundamental no nosso sucesso ou fracasso.

Apontamos nossas direções em busca da fé racionalizada que pode ser encarada frente a frente com todos os problemas com o crivo da razão, a fé racionalizada e consciencial que nos dá a confiança para amar e confiar em Deus que é causa primeira de todas as coisas, sabedoria infinita, soberanamente justo e bom e que mesmo as coisas que aos nossos olhos estão totalmente erradas aos olhos do pai estão sobre o controle dele. Saibamos seguir a Jesus que é o caminho, a verdade e a vida, que possui o fardo leve e o jugo suave.

Deivid Machado, publicado no site Espiritismo na Rede

Homenagens ao espiritismo são aprovadas em comissão

A criação do Dia Nacional do Espiritismo e a concessão do título de Capital Nacional do Espiritismo para a cidade de Jaguaretama, no Ceará, foram aprovadas nesta terça-feira (27) pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). Se não houver recurso para a análise em Plenário, os textos seguirão para a Câmara dos Deputados.

O Dia Nacional do Espiritismo está previsto no PL 3.789/2019, do senador Eduardo Girão (Podemos-CE). Pelo texto, a data comemorativa será 18 de abril, pois nesta data, em 1857, foi publicado O Livro dos Espíritos, do francês Allan Kardec, dando início à divulgação da doutrina em todo o mundo. O relatório pela aprovação, do senador Flavio Arns (Rede-PR), já havia sido lido no dia 6 de agosto e foi aprovado nesta terça-feira.

Já o PL 4.227/2019 , que teve o relatório lido e aprovado na mesma reunião, confere ao município de Jaguaretama, no estado do Ceará, o título de Capital Nacional do Espiritismo. Foi nessa cidade, à época um povoado, que nasceu o Doutor Bezerra de Menezes, conhecido como o médico dos pobres, um dos maiores expoentes do espiritismo no Brasil.

De acordo com o autor do texto, senador Eduardo Girão, o contato de Bezerra de Menezes com o espiritismo ocorreu em 1875, quando ele já tinha 44 anos. Seu engajamento à doutrina o levou a escrever artigos e fazer palestras, até ser eleito, em 1889, presidente da Federação Espírita Brasileira (FEB).

— Ele foi um dos responsáveis também pela abolição da escravatura no Brasil, influenciou diretamente: ele debatia no Plenário, no Rio de Janeiro, a libertação dos escravos. Foi um grande cearense, um grande brasileiro, um grande humanista, um grande pacifista — disse Girão, ao pedir apoio dos colegas para a aprovação do texto.

O relator, senador Styvenson Valentim (Pode-RN), lembrou que a cidade abriga o Polo Bezerra de Menezes, que conta com um centro espírita, um museu em homenagem ao médico e uma escola modelo de ensino fundamental, sem orientação religiosa, mas com o desenvolvimento de valores de ética e solidariedade. Para ele, a homenagem é justa.

— Se foi em Jaguaretama, na época apenas um Distrito, que Bezerra de Menezes veio ao mundo e cresceu, a maior homenagem prestada em sua terra natal ao filho ilustre seria concretizada quase um século após sua morte — lembrou o relator.

Fonte: Agência Senado

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

A falta de esperança: quando achamos que tudo está perdido

A falta de esperança é exaustão mental, emocional e comportamental. É estar cansado de tantas decepções e tristezas acumuladas.

A falta de esperança é um veneno que pouco a pouco apaga sonhos, motivações e energias. É uma camada de decepção permanente.

É aquela sensação que nos faz respirar através da amargura até nos mergulhar em uma armadilha psicológica muito perigosa. Porque com o tempo, esses estados nos deixam muito vulneráveis à depressão e a outros transtornos com um alto custo emocional.

Na prática clínica do dia a dia, sabemos que grande parte das condições psicológicas dispõem de intervenções estabelecidas que podem servir de ajuda às pessoas.

O que exatamente é a falta de esperança?

A palavra esperança vem do termo francês “espoir”, e significa respiração. Portanto, a falta de esperança seria a simbolização não apenas da falta de respiração, mas também da ausência de “espírito” ou da perda da essência que nos torna humanos. 

Para além desse significa simbólico, sem dúvida há a realidade objetiva que se desprende desse sentimento. A falta de esperança, longe de possuir apenas uma explicação, tem na verdade uma complexa rede de dinâmicas e processos internos muito significativos.

Isso faz com que, por exemplo, seja tão complicado para a pessoa responder por quais motivos ela se sente sem esperança.

O que se sente é a perda de significado. De repente, nada mais tem sentido para a pessoa.

  • Há um acúmulo de experiências negativas que não foram processadas de maneira correta.
  • Há uma baixa autoestima.
  • Observa-se, ao mesmo tempo, uma vulnerabilidade evidente. Chega-se a um ponto no qual se considera como certo que nada, nenhuma ação específica, poderá mudar as coisas.
  • Há a presença de sentimentos como a tristeza, a apatia, o cansaço físico, a desmotivação, o desinteresse por tudo que antes definia a pessoa.
  • Há frustração, amargura e um grande pessimismo.

Um aspecto que não podemos deixar de lado ao viver toda essa sintomatologia é que, se essas dinâmicas psicológicas e comportamentais forem persistentes, abriremos caminho a um evidente processo depressivo.

Recuperar a esperança para prevenir a depressão

A falta de esperança, geralmente, vem e vai. É uma inquilina incômoda que nos visita em determinadas épocas, mas que aos poucos tende a desaparecer quando mudamos a perspectiva ou colocamos novos hábitos em prática.

Alguns estudos, como o realizado pela Universidade de Twente, na Holanda, afirmam que a falta de esperança costuma estar vinculada ao nosso estilo de personalidade.

Há perfis com uma maior tendência ao pessimismo e à vulnerabilidade. No entanto, isso não quer dizer que estejam obrigatoriamente destinados a sofrer uma depressão após a outra.

Todos nós temos a possibilidade (e a obrigação) de fazer uso de recursos pessoais adequados para enfrentar a falta de esperança. Algumas dicas para refletir são as seguintes:


  • Entenda como você se sente, tentando nomear cada estado mental e emocional.
  • Compreenda que a falta de esperança frequentemente segue a regra dos três: estou exausto por me sentir triste, frustrado, decepcionado. Afinal de contas, é um estado cumulativo. É ter deixado passar muitas coisas sem tê-las resolvido previamente. Portanto, é importante tentar se livrar da origem desses sentimentos.
  • A falta de esperança é um estado emocional que se intensifica, ao mesmo tempo, pelos nossos comportamentos. Seguir as mesmas rotinas vai fazer com que alimentemos essa situação, esse estado. Portanto, devemos colocar novos hábitos em prática. Devemos tentar nos conectar com a realidade de outros modos, inovar, iniciar novos projetos, ser criativos na medida do possível.

Para concluir, quando nos encontramos nessa prisão da falta de esperança simbolizada no quadro de Evelyn De Morgan, o mais importante é gerar alternativas, abrir novas portas, transitar por novos ares.

Fica claro, no entanto, que nem sempre é possível sair desses cubículos de dor psicológica sozinhos.

Terapias como a cognitivo-comportamental podem nos ajudar nesses casos. Não devemos hesitar, portanto, em buscar ajuda profissional se for necessário.

Fonte: A Mente é Maravilhosa

A visão de cada um

Dois homens muito doentes ocupavam uma mesma enfermaria em um grande hospital.

Sua única comunicação com o mundo de fora era uma janela. Um deles tinha a sua cama perto da janela e, todos os dias, tinha permissão para se sentar em sua cama, por algumas horas. Tudo como parte do tratamento dos pulmões.

O outro, cuja cama ficava no lado oposto do pequeno cômodo, ficava o dia todo deitado de barriga para cima.

Todas as tardes, quando o homem, cuja cama ficava perto da janela, era colocado sentado, ele passava a descrever para o companheiro de quarto o que havia lá fora.

Falava do grande parque, cheio de grama verde, de árvores frondosas e flores mais além, em canteiros bem cuidados.

Descrevia o lago, onde havia patos e cisnes. Falava das crianças que jogavam migalhas de pão para as aves e dos barcos de brinquedo que coloriam as tardes de verão.

Falava dos casais de namorados que passeavam de mãos dadas entre as árvores, dos jogos de bola muito disputados entre a criançada.

Dizia que, bem além da linha das árvores, ele podia ver um pouco da cidade, o contorno dos altos prédios contra o azul do céu.

O homem deitado somente escutava e escutava. Houve um dia em que ouviu, preocupado, o caso de uma criança que quase caiu no lago, sendo salva a tempo por sua mãe.

Num outro dia, a descrição minuciosa foi a respeito dos lindos vestidos das moças que saudavam a primavera em flor.

O homem deitado quase podia ver o que o outro descrevia, tantos eram os detalhes e a emoção do companheiro sentado. E, aos poucos, foi se tomando de inveja.

Por que somente o outro, que ficava perto da janela, podia ter aquele prazer? Por que ele também não podia ter aquela mesma oportunidade?

Enquanto assim pensava, mais se envergonhava e, no entanto, não conseguia evitar que tais pensamentos o atormentassem.

Certa noite, enquanto estava ali olhando para o teto, como sempre, percebeu que o outro começou a passar mal. Acordou tossindo, parecendo sufocar.

Com desespero, o botão de emergência foi acionado. As enfermeiras correram. O médico veio. Nova aparelhagem respiratória foi providenciada. Mas, tudo em vão. O homem morreu.

Pela manhã, seu corpo sem vida foi retirado dali. Então, o homem que permanecia sempre deitado, pediu para que o colocassem na cama do outro, próximo da janela.

Logo que assim foi feito e a enfermeira saiu do quarto, ele fez um grande esforço, apoiou-se sobre o cotovelo, na tentativa de se erguer no leito.

A dor era intensa mas ele insistiu. Com muita dificuldade, ele olhou pela janela e viu... apenas um enorme, alto e feio muro de pedras nuas.

*   *   *

A vida tem o colorido que a pessoa lhe dá. A paisagem se torna cinzenta ou plena de luz de acordo com as lentes de que se serve a pessoa para olhá-la.

Sofrer a enfermidade e se fechar na dor ou enfeitar de vivas cores o quadro que vive, é opção individual.

Há os que sofrem pouco e se desesperam, aumentando sua carga de dissabores, com as lentes escuras e sombrias de que se servem para contemplar tudo e todos.

Há os que sofrem muito e se dizem tranquilos, padecendo serenos.

Redação do Momento Espírita, com base no texto A visão de cada um, de autoria desconhecida. Disponível no livro Momento Espírita, v. 1, ed. FEP. Em 15.8.2019.

Signos e espiritismo – Reportagem Especial

Signos e espiritismo foi o tema do programa deste mês. Muitas conversas, amizades e até relacionamentos começam com essa pergunta: “qual é o seu signo?” Mas quando o interesse pela astrologia passa de uma simples curiosidade e se torna uma espécie de determinismo que estamos fadados a viver? Será que nós, espíritas, podemos acreditar em signos? O que a doutrina espírita fala sobre a astrologia? O estudo dos signos pode ajudar no autoconhecimento? Se os astros influenciam fisicamente no nosso planeta, por que não influenciariam no nosso corpo?

Além disso, nossa equipe conversou com o astrólogo Antonio Faccioni para saber o quanto podemos considerar o horóscopo como ciência. Veja a reportagem especial da TV Mundo Maior do mês de agosto que fala sobre a influência dos signos na nossa vida.


quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Data Comemorativa: 22 de Agosto - Dia do Folclore

O Congresso Nacional Brasileiro, oficializou em 1965 que todo dia 22 de agosto seria destinado à comemoração do folclore brasileiro. Foi criado assim o Dia do Folclore Nacional. Foi uma forma de valorizar as histórias e personagens do folclore brasileiro.

Desta forma, a cultura popular ganhou mais importância no mundo cultural brasileiro e mais uma forma de ser preservada. O dia 22 de agosto é importante também, pois possibilita a passagem da cultura folclórica nacional de geração para geração.

O Dia 22 de agosto é marcado por várias comemorações em todo território nacional. Nas escolas e centrou culturais são realizadas atividades diversas cujo objetivo principal é passar adiante a riqueza cultural de nosso folclore. Os jovens fazem pesquisas, trabalhos e apresentações, destacando os contos folclóricos e seus principais personagens. É o momento de contarmos e ouvirmos as histórias do Saci-Pererê, Mula sem cabeça, Curupira, Boto, Boitatá, etc.

Nesta data, também são valorizadas e praticadas as danças, brincadeiras e festas folclóricas.

Fonte: Sua Pesquisa

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Energias positivas do Evangelho no Lar

Energias positivas foi tema discutido pela equipe do programa Diálogos Médicos, transmitido pela Rádio Boa Nova. Os comunicadores Doutora Silvia Helena Bersacola e o Doutor Rafael Latorraca fazem a leitura e comentários da obra Os Mensageiros, de André Luiz, psicografada por Chico Xavier, capítulo 37.

A princípio, os comunicadores relembram os estudos anteriores do capítulo 36, intitulado “Mãe e Filhos”. Em seguida a equipe inicia o capítulo 37, “No santuário doméstico”. Os comentários falam da prática do culto no lar, hoje conhecido como Evangelho no Lar. 

Eles lembram das energias positivas que o culto cria, mas principalmente, a energia que nós produzirmos quando realizamos uma atividade. Os comunicadores citam, por exemplo a comida, assim como qualquer outra atividade. Se realizada sem amor ou boas energias, pode vir a nos fazer mal.

Energias Positivas na proteção do lar

Como nas antigas histórias, os vampiros só podem entrar nas casas quando convidados. Essa lógica se aplica, portanto, quando discutimos sobre as energias positivas e negativas que entrar na sua casa e te afetam de alguma forma. 

É necessário criar um campo positivo a partir dos pensamentos e orações. A prece é assim um contato direto com a espiritualidade amiga. Portanto, esteja ligada em pensamento a tais energias positivas. 

O Evangelho no Lar é um momento da semana em que os pensamentos se voltam aos estudos do Evangelho. Entretanto, o restante da semana cabe a aplicação da máxima “orai e vigiai”. 

Quando emanamos energias positivas por meio de pensamentos, palavras e ações, estamos construindo um campo de proteção. Isso, porque, cada a sintonia de vibração estará próxima da espiritualidade amiga e da proteção do lar. 

Fonte: Site da Tv Mundo Maior

19/08 - Data comemorativa espírita: 1º programa espírita radiofônico do Brasil

Lançado o 1º programa espírita radiofônico do Brasil, por Cairbar Schutel, pela Rádio Cultura, em Araraquara, SP, no ano de 1936.

Cairbar Schutel realizou suas conferências radiofônicas “neo-espíritualistas” por esta rádio de 19 de agosto de 1936 a 2 de maio de 1937, num total de 15, enfeixadas posteriormente em livro.

Cairbar realizou também algumas conferências radiofônicas em Sorocaba e junto com Caetano Mero, tentou conseguir espaço para realizá-las em emissoras da cidade de São Paulo, sem lograr êxito nesse intento.

Quem foi Cairbar

Cairbar de Souza Schutel nasceu no Rio de Janeiro, em 22 de setembro de 1868, foi um divulgador espírita, político, farmacêutico e filantropo brasileiro. Faleceu em 30 de janeiro de 1938, Matão, São Paulo.

Teve grande importância na história do Espiritismo, e de Matão, tendo sido fundamental em sua elevação de povoado para município, sendo o seu primeiro intendente, cargo equivalente ao atual prefeito, que exerceu de março a outubro de 1899, e, depois, de 18 de agosto a 15 de outubro de 1900.

Era respeitado por todos na cidade em sua época, chegando a comprar com seus próprios recursos o prédio para a instalação da prefeitura; foi consagrado com o título de "O Pai dos Pobres" da cidade, dava remédio de graça aos carentes e utilizava sua própria casa para acolher doentes.


Portal do Espírito e Wikipedia

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Convite Centro Espírita Cuiabá - Palestra: Arte e Filosofia Espírita

Interessante tema!

Todos convidados para a palestra pública, amanhã, sexta-feira, 16/08 às 20h com o palestrante Hunberto Schubert Coelho, tema  'Arte e Filosofia Espírita'.

Palestrante

Doutor em Ciência da Religião e pesquisador das áreas de Filosofia, Metafísica, Ética e Filosofia da Religião, Humberto Schubert Coelho nasceu em 26 de abril de 1982. Passou a maior parte de sua vida em Juiz de Fora (MG), onde iniciou contato com o Espiritismo e trabalhou nas áreas de evangelização infantil, mediunidade e palestras doutrinárias. Além de autor, Humberto Schubert Coelho é articulista da revista Reformador e de outros periódicos espíritas e filosóficos, e também escreve sobre política, economia e teoria da religião em jornais fora do Movimento Espírita.

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

12 de Agosto - Dia Nacional das Artes

A data celebra as atividades artísticas, que podem abranger diversas áreas, como o teatro, o cinema, a literatura, o circo, a pintura e etc. A lista pode ser mesmo bastante grande!

De acordo com a legislação brasileira, o artista é o profissional que "cria, interpreta ou executa obra de caráter cultural de qualquer natureza, para efeito de exibição ou divulgação pública, através de meios de comunicação de massa ou em locais onde se realizam espetáculos de diversão pública".

O artista usa de toda a sua imaginação, criatividade e talento para emocionar, chocar ou mesmo registrar momentos importantes da história da humanidade. A arte nasceu com o homem e permanecerá após a sua morte.

O Dia Nacional das Artes surgiu a partir do decreto de lei nº 82.385, de 5 de outubro de 1978, e a partir da Lei nº 6.533, de 24 de maio de 1978. Tais leis regulamentaram a profissão de Artista e Técnico em Espetáculos de Diversões, além de mais de 100 outras funções que também podem estar inseridas no que seria considerado um trabalho artístico.

Fonte: Calendarr

12 de Agosto - Dia Internacional da Juventude

O principal objetivo desta data é focar na educação e conscientização dos jovens sobre a responsabilidade que assumem como representantes do futuro do planeta.

O Dia Internacional da Juventude foi criado, originalmente, através da resolução 54/120, por iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1999, como consequência da Conferência Mundial dos Ministros Responsáveis pelos Jovens, em Lisboa, Portugal.

A Assembleia Geral da ONU decretou o ano de 2010 como “Ano Internacional da Juventude”, período em que foram debatidos diversos assuntos relacionados com o tema “Diálogo e Compreensão Mútua”.

Atualmente, por meio do Programa Mundial de Ação para a Juventude, a ONU incentiva ações políticas e diretrizes que ajudam a apoiar a melhoria na qualidade de vida dos jovens de todo o mundo.

Fonte: Calendarr

CE poderá instituir o Dia Nacional do Espiritismo

A Comissão de Educação (CE) pode aprovar nesta terça-feira (13) a criação do Dia Nacional do Espiritismo (PL 3.789/2019). O projeto é do senador Eduardo Girão (Podemos-CE) e tem o parecer, pela aprovação, do senador Flavio Arns (Rede-PR). Pelo texto, o Dia Nacional do Espiritismo será 18 de abril, pois nesta data, em 1857, foi publicado O Livro dos Espíritos, do francês Allan Kardec, dando início à divulgação da doutrina em todo o mundo.

Girão argumenta que o Brasil é o país com o maior contingente de participantes ativos do espiritismo. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 4 milhões se declaram espíritas. É cada vez maior também o número de simpatizantes, conforme esses dados, aproximando-se de 40 milhões de pessoas.

"O objetivo não é criar um novo feriado, é celebrar a gratidão a uma doutrina que traz conforto e esperança às pessoas. Ampliando uma cultura já enraizada nas mentes e corações de milhões de brasileiros. Despertando cordialidade e reflexão sobre os desafios que encontramos durante a existência, compreendendo que estes são parte da caminhada. Alguns ainda têm uma noção errada sobre o espiritismo. Os adeptos da doutrina não estão interessados em proselitismo, respeitam integralmente todas as religiões. O lema mais citado é 'Fora da caridade não há salvação'”, defende Girão na justificativa.

O senador também lembra a importância do médium Chico Xavier, falecido em 2002, aos 92 anos de idade. Durante sua vida, vendeu mais de 50 milhões de livros, revertendo os direitos autorais para obras de assistência social. Se o projeto for aprovado, poderá seguir diretamente para a análise da Câmara dos Deputados, pois é terminativo na comissão.

Leia mais sobre o assunto anteriormente aqui.

Fonte: Site do Senado Federal

domingo, 11 de agosto de 2019

A verdadeira história do espiritismo – Boletim Espírita

A verdadeira história do espiritismo foi tema o programa. No Livro Autonomia: a história jamais contada do espiritismo, você vai descobrir tudo que Kardec gostaria de ter contado e que ficou esquecido. O escritor e estudioso espírita Paulo Henrique de Figueiredo conta detalhes sobre sua pesquisa e de que forma ela irá mudar nossa visão de ver o mundo. Mas o que esta obra tem a nos revelar? Assista agora no Boletim Espírita com André Marouço e Paulo Henrique de Figueiredo.




Paulo Henrique Figueiredo lança livro sobre a história do Espiritismo

A nova obra de Paulo Henrique Figueiredo, lançada ontem 10 de agosto, no Centro Espírita Nosso Lar Casas André Luiz, em Santana - São Paulo, com uma palestra do autor sobre seu novo livro: Autonomia, a História Jamais Contada do Espiritismo, que revela fatos surpreendentes sobre Allan Kardec e a história do Espiritismo. 

O livro resgata pela primeira vez vivências pessoais de Allan Kardec e a essência de seus pensamentos. Documentos demonstram que essa teoria original foi adulterada. O leitor conhecerá a sucessão de fatos que desviaram parte do Movimento Espírita, além de apagar o nome dos pioneiros que lutaram para restabelecer a memória do Espiritismo.

Quando Allan Kardec investigou as mesas girantes e dialogou com os espíritos, descobriu que chegara a hora de uma revolução moral inevitável, grande o suficiente para transformar o mundo. Mas foi avisado por eles de um plano de inimigos invisíveis “cujo objetivo declarado será a defesa da Doutrina, mas seu objetivo secreto será a sua destruição”. Por meio do auxílio infame de infiltrados, as obras de Kardec foram adulteradas, seus ensinamentos abandonados e substituídos por falsos. 

Porém, para assegurar o registro da história, o professor reuniu e guardou documentos, cartas e registros dos fatos, para serem divulgadas no futuro. 

Em 1921, o pesquisador Canuto Abreu, desconfiado dos passos adotados no movimento espírita brasileiro, foi à França seguir os rastros do Espiritismo. Encontrou dezenas de pioneiros e médiuns, testemunhas oculares do trabalho de Kardec, sua esposa Amélie e demais pesquisadores. Conversou com Léon Denis, Flammarion, Gabriel Delanne, Henri Sausse. Por fim, depois de caminhos tortuosos, deparou-se com um verdadeiro tesouro. 

Todavia, para que seu trabalho fosse aceito, precisava retornar à França, trinta anos depois e reencontrar as cartas manuscritas inéditas de Allan Kardec, para restituir sua verdadeira doutrina, destinada a ajudar o surgimento de um mundo novo, onde a inclusão e a liberdade de pensamento vão oferecer a paz tão desejada pela humanidade.

O que aconteceu após o dia da morte de Allan Kardec com os caminhos traçados por ele?

A partir daí, vai ocorrer uma trama complexa, pois os arquivos secretos de Kardec foram saqueados, parte criminosamente queimada, parte roubada pelos nazistas durante a ocupação de Paris. Por fim, um bornal de couro foi sigilosamente trazido ao Brasil. Examinado pelo médium Chico Xavier, trouxe a ele lembrança de um passado longínquo. O jovem sensitivo recomendou a imediata divulgação, mas o seu espírito protetor, Emmanuel, em nome dos espíritos que elaboraram o Espiritismo, afirmou: “Não chegou a hora ainda. Esses documentos precisam ser traduzidos e preparados, para não criar polêmicas, mas esclarecer a verdade”.

As profecias, contidas em mensagens espirituais, indicariam o momento adequado para que esse tesouro chegasse sem perigo ao conhecimento de seu legítimo dono: a humanidade. E a hora de desatar a fivela dessa pasta de couro, manusear os inéditos e surpreendentes milhares de manuscritos centenários, e contar a verdadeira história do Espiritismo, chegou.

Vamos encontrar nos pensamentos de Kardec, verdadeiros testemunhos, conselhos e incentivo para o surgimento de um mundo novo. A partir de conceitos libertadores e ideias progressistas, teremos a oportunidade de nos aproximar do Codificador. Entraremos em contato no tempo e espaço vivenciando, junto a Kardec, o desenvolvimento da Doutrina Espírita e as condições necessárias para o restabelecimento definitivo da verdade.

TV Mundo Maior e site Espírita OnLine

Pessoas leais: o valor de ser fiel aos seus princípios

As pessoas leais são, acima de tudo, personalidades honestas. Elas se guiam por um código que está sempre em sintonia com seus valores, mas também com o comprometimento respeitoso com o outro. Nas suas relações, não cabem traições, mentiras ou atitudes interesseiras.

Estamos, sem dúvida, diante de um conceito tão interessante quanto profundo que vai muito além da confiança.

Atualmente, o panorama não é mais o mesmo. No entanto, de alguma forma, continuamos precisando desta proximidade e desta segurança de pessoas significativas para nos sentirmos bem.

Precisamos oferecer ao outro um sentimento de atenção, respeito e comprometimento contínuos, em relações nas quais sabemos que não seremos traídos. Nas quais não há interesses ocultos ou segundas intenções.

Há quem diga que hoje em dia a lealdade é quase um ideal, ou uma característica em risco de extinção. Muito além do que podemos pensar, esta dimensão continua estando presente no coração de muitas pessoas.

Por isso, devemos saber exatamente o que é ser leal, porque em muitas ocasiões, é possível cair em dinâmicas nas quais este princípio acaba sendo deturpado. Vejamos mais detalhes a seguir.

“Irei segui-lo até o último suspiro, com a verdade e a lealdade”.
– William Shakespeare –

Sêneca dizia que a lealdade parte da confiança, mas como já falamos antes, este conceito tem suas raízes em algo mais profundo e complexo ao mesmo tempo. Para começar, as pessoas leais são, acima de tudo, respeitosas com seus próprios princípios. 

É deles que parte o verdadeiro núcleo do comportamento leal: agir sempre com base em valores, sendo fiéis ao que consideram correto.

A lealdade, o compromisso de fazer a coisa certa
Lealdade provém do termo ‘legal’. Há, portanto, um componente de retidão e compromisso por fazer a coisa certa em cada circunstância. O que isso significa, traduzido no âmbito das relações?

Implica, por exemplo, que mesmo se terminarmos uma relação afetiva ou de amizade com alguém, o respeito sempre vai continuar existindo. Não iremos revelar intimidades, não faremos críticas e nem teremos comportamentos que possam machucar os outros de alguma forma.

Muito além da confiança, está a lealdade. Mesmo quando a primeira se perde e não há mais vínculo algum com este alguém, sobrevive o sentido profundo do respeito, uma virtude, sem dúvida, nobre e desejável.

A pessoa leal é sincera, não condescendente, e nos ajuda a crescer
As pessoas leais não são aquelas que fazem uso exclusivo da condescendência. Não são as que dizem ‘sim’ a tudo, as que nunca colocam objeções, as que nos apoiam em tudo que fizermos, em cada decisão e comportamento, por mais questionável que seja.

A lealdade também é sinceridade, e fazer uso de um comprometimento ativo com o nosso bem-estar.

Isso significa que, se em algum momento for necessário que alguém nos impeça de fazer algo, nos alerte a respeito de um problema ou nos ajude a abrir os olhos diante de uma realidade que não vemos, a pessoa leal vai fazer isso.

Afinal, ela é regida por valores firmes, não pelo servilismo ou pela passividade. Assim, quem deseja o melhor para nós nunca hesitará em ser o apoio capaz de dizer as verdades que machucam, capaz de nos mostrar nossos erros, mas também as nossas oportunidades de crescimento.

Para concluir, como podemos ver, o conceito de lealdade tem as suas nuances. Ninguém pode impôr a quem ou a quê devemos ser leais.

Este conceito não é externo; ele tem uma origem interna e está em harmonia com um código de valores baseado no respeito e na integridade que cada um vai construindo ao longo da sua vida.

Assim, as pessoas leais não ficam apenas nas palavras, porque a lealdade é exercitada e aplicada diariamente em qualquer circunstância e situação. Pensemos nisso.

A Mente é Maravilhosa com modificações da Equipe de Comunicação do LEAE

Censo Espírita 2019

Você está convidado para participar do levantamento de informações sobre o Movimento Espírita Brasileiro!

O CENSO do CFN 2019 é dirigido para as casas espíritas do Brasil. Através deles criaremos uma base de informações sobre a localização, os dias de funcionamento e as atividades realizadas por todas as casas espíritas que participarem. Esta base será usada para divulgação do Espiritismo no Brasil. Se a sua casa espírita não possui senha de acesso ao sistema, procure a federativa estadual.

Para participar clique aqui.

FEB

Amanhã Eu Faço

Ele mesmo declarou que sua maior imperfeição moral era a preguiça. Ao final da existência, lamentou-se do péssimo hábito de tudo deixar para amanhã. Não levava adiante as providências em andamento, preferia adiar compromissos, sempre se atrasava em tudo e não percebia que seus atrasos prejudicavam terceiros, traziam aflições a quem dele dependia e que o maior lesionado de suas atitudes negligentes era ele mesmo.

Chamava-se João e o “amanhã” foi acrescentado como apelido. Ficou conhecido, pois, com o nome de João Amanhã. Todos conheciam aquele homem que sempre apresentava desculpas, muitas delas bem esfarrapadas, para justificar atrasos ou não cumprimento dos mais elementares deveres, o que trouxe muito sofrimento para seus pais, durante toda a vida. Na verdade, porém, os pais foram os maiores responsáveis pelo adulto negligente, pois não o corrigiram na infância, concordando com sua costumeira indolência.

A mãe tentou corrigi-lo na adolescência, entregando-o aos cuidados de um tio muito trabalhador e disciplinado que viajava muito. O rapaz o acompanhou, mas alguns meses depois recebeu comunicado da mãe para que voltasse, face à enfermidade que acometera o pai. O rapaz deixou para viajar no dia seguinte, como de hábito em tudo que fazia. Por força do adiamento, no dia seguinte, o veículo coletivo sofreu avaria causando considerável atraso na viagem. Indiferente com o reparo, resolveu adiar novamente a viagem, para o próximo dia. Quando conseguiu chegar o pai já havia morrido.

Mas não foi só. Um outro tio, solteiro, solicitou sua presença para cuidar de seus negócios – face a impedimento inesperado – e ele novamente viajou. Deixou a namorada e prometeu voltar assim que possível. Seis meses depois, em virtude de adiamentos sucessivos, quando tentou voltar, novamente perdeu o veículo coletivo que o traria de volta. No dia seguinte, quando viajaria, amanheceu enfermo e impossibilitado de viajar. Com isso, até se recuperar foram mais de três meses. Numa época em que ainda não havia telefones, ficou de escrever para a mãe e para a namorada, mas sempre deixava para o dia seguinte. A mãe a namorada acharam que ele tinha morrido, em face da ausência de notícias. A mãe enfermou e a namorada decidiu ir para o convento.

Quando chegou, um ano depois, a mãe havia morrido. A noiva, surpreendida pela volta do namorado, e agora já com votos religiosos, suicidou-se. Ele, por sua vez, por negligência contumaz, após a morte da mãe, foi sucessivamente perdendo os próprios bens e os recursos básicos de sobrevivência.

Transformou-se num mendigo, passou fome e vivia da caridade alheia, sem movimentar-se para nada. Quando solicitava esmolas para comer, diziam-lhe: você não comeu hoje, comerá amanhã. Morreu de fome, abandonado. E até seu corpo ficou insepulto naquela noite, pois os coveiros – numa tarde de chuva torrencial – disseram uns para os outros: deixemos para amanhã, como ele sempre fazia…

A vida é dinâmica e pede iniciativa, providências contínuas que nos preservem de enfermidades e nos garantam o sustento e o equilíbrio da própria existência. Entregar-se a atitudes irresponsáveis como a preguiça é um grande mal.

Observemos se nossos comportamentos não geram aflição para os outros, se nossos adiamentos e atrasos não prejudicam outras iniciativas e decisões. Nossas costumeiras pendências, alimentadas e mantidas, não se enquadram no triste exemplo acima, guardadas as devidas proporções? 

Quando nos atrasamos com compromissos, quando não respondemos a alguém que nos aguarda, quando não damos notícia ou quando mesmo não cumprimos nossos compromisso e deveres, estamos lesando alguém. Quando não respeitamos horários e permanecemos indiferentes com a série de obrigações diárias da simples convivência, não estaremos nós lesando a tranquilidade alheia e trazendo prejuízos ao bem geral?

Afinal quem somos para exigir benefícios pessoais em detrimento da harmonia do conjunto? Quem privilégio achamos que detemos acima de outras pessoas?

É algo para pensar, não é? Um bom convite a uma autoanálise sobre nós mesmos. Uma ótima oportunidade para pensar se não somos os velhos egoístas de sempre. Achar-se alguém superior a outrem é bem uma tola pretensão descabida. Ninguém é maior ou menor do que ninguém. Somos todos iguais, apesar das diferenças que possamos ter…

Autor: Orson Peter Carrara publicado no site Portal do Espírito