segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Eu tenho dias… e você?

Tenho dias que acordo bem, me sentindo completamente feliz e pronta para dominar o mundo.

Tenho dias de pura preguiça e alienação aos conteúdos viciantes da internet, como redes sociais e “cultura inútil”, que nos rodeiam.

Tenho dias de total tristeza e melancolia. São a minoria, confesso, mas eles existem também.

Tenho dias de querer ficar apenas na cama, sem comer, tomar banho ou fazer qualquer outra coisa da minha existência. Esse dia é pior do que os dias tristes. Não sei explicar, mas eles me fazem me sentir tão pequena, tão insignificante, que chega a doer só de pensar. Por isso digo que são os piores. Os dias tristes, por pior que pareça, me fazem refletir e até chorar, um choro que alivia a alma. Sabe quando somos adolescentes e temos o sono embalado por um choro que parece que carregamos o peso do mundo nas nossas costas? Mas a gente só precisa esvaziar… descansar, que no outro dia está tudo bem? Sim, os dias tristes são esses.

Fora isso, tenho dias surpreendentes. Esses são muito bons, porque eles começam sempre com um ar de que nada além da rotina vai acontecer e “tcharammm”… uma surpresa. Às vezes boa, às vezes nem tanto, faz parte também, rs.

Na maioria das vezes, quando estou em um dia calmo e tranquilo, me pergunto quantos tipos mais de dias existem e em qual dia cada pessoa ao meu redor está, no mesmo dia que eu.

Eu gosto muito de uma frase que diz: “Cada ser é um universo”. Parece clichezão da internet (e não deixa de ser, pensando bem), mas mesmo assim significa muito. Já pensou como cada pessoa é única e inteiramente perfeita como é? Já pensou quantos dias maravilhosos todas essas pessoas vivem, já viveram e ainda podem viver em sua existência? Eu estou escrevendo isso imaginando os seus dias, como são, como estão, como serão… e você deve pensar nos meus e assim criamos uma conexão de pensamentos à base de empatia, respeito, consideração e acima de tudo amor.

Eu tenho dias, você também tem, e desejo que você tenha muitos mais e que consiga, em cada um deles, ser o seu melhor.

Escrito por Fernanda Love para o site Eu sem fronteiras