Ele auxilia a recuperar desarmonias físicas, segundo a Federação Espírita
Para a Federação Espírita Brasileira, os passes espíritas são uma 'imitação' dos passes hipnomagnéticos, com a única diferença de contarem com a assistência, invocada e sabida, dos protetores espirituais.
Segundo a Federação, o espiritismo oferece uma visão que, resumidamente, podemos assinalar assim: passe é uma transmissão conjunta, ou mista, de fluidos magnéticos – provenientes do encarnado – e de fluidos espirituais – oriundos dos benfeitores espirituais, não devendo ser considerada uma simples transmissão de energia animal (magnetização).
Na visão espírita a aplicação do passe tem como finalidade auxiliar a recuperação de desarmonias físicas e psíquicas, substituindo os fluidos deletérios por fluidos benéficos; equilibrar o funcionamento de células e tecidos lesados; promover a harmonização do funcionamento de estrutura neurológicas que garantem o estado de lucidez mental e intelectual do indivíduo.
No Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, a palavra passe apresenta vários significados, entre outros, é o “ato de passar as mãos repetidas vezes por diante ou por cima de pessoa que se pretende magnetizar ou curar pela força mediúnica.”
O Dicionário de Parapsicologia, Metapsíquica e Espiritismo conceitua passes como sendo movimentos com as mãos, feitos pelos médiuns nos indivíduos com desequilíbrios psicossomáticos ou apenas desejosos de uma ação fluídica benéfica.
No livro “O Consolador”, de Francisco Cândido Xavier o passe é definido como numa renovação das forças físicas, o passe é uma transfusão de energias psíquicas, com a diferença de que os recursos orgânicos são retirados de um reservatório limitado, e os elementos psíquicos o são do reservatório ilimitado das forças espirituais.
Sobre os efeitos do passe espírita são inúmeros os relatos encontrados na mídia eletrônica. No site www.ceak.org.br por exemplo encontramos uma das boas definições. “O passe na casa espírita representa um bom recurso de auxílio às pessoas que estejam enfermas, ou desgastadas emocionalmente ou, ainda, sob assédio de maus espíritos. Não deve ser a atividade única nem a mais importante na casa espírita e deve estar sempre associado à tarefa de esclarecimento e orientação doutrinária do assistido, porque o objetivo primordial do Espiritismo é o progresso intelecto moral da humanidade e não o simples e momentâneo alívio de seus males.”
Para o Ceak, o passista, desejando ajudar alguém, atrai a assistência de bons espíritos. “Que o auxiliam a direcionar os fluidos para o assistido. Se o assistido estiver receptivo, sua mente adere à ideia de trabalho restaurativo e começa a sugeri-lo a todas as células do corpo físico. No dizer de André Luiz (Capítulo XXII de “Mecanismos da Mediunidade”), assim que se estabelece o clima de confiança entre o socorrista e o necessitado.
*Rita de Cássia Cornélio em JCNET (Jornal da Cidade)