segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Na relação a dois

Enquanto muitos apregoam o fim das relações familiares e observa-se uma diminuição do afeto em tantos casais, encontra-se, em contrapartida, exemplos que tocam fundo a alma.
 
Contou-nos uma senhora que há alguns meses, em exames de rotina, foi-lhe constatado um início de diabetes.
 
O exame estava ali, mostrando a alta taxa de glicose. Sua primeira reação foi vestir-se de tristeza.
 
Pensou que bem podia diminuir ou até eliminar os farináceos, os tubérculos, o arroz. Mas, os doces... Como poderia ficar sem eles?

 
Ela já tivera anteriormente outros problemas de saúde, bastante sérios. Mas para se recuperar impusera-se um rigoroso ritmo de vida.
 
Abrira mão de tantas coisas, pensava. Mas agora, teria que se privar também dos doces. Doces que ela adorava fazer e saborear.
 
Com que prazer criava novas receitas e oferecia pratos saborosos à família e aos amigos.
 
Contou ao marido e ficou imaginando como poderia iniciar a nova dieta. E quando o faria. Naturalmente, o médico a iria orientar melhor e dizer-lhe exatamente como proceder dali em diante.
 
O retorno ao equilíbrio orgânico exigia que a decisão fosse imediata. Entretanto, ela aguardou alguns dias.
 
Dias que passaram lentos. Finalmente, decidiu refazer todos os exames. Outro médico. Outro laboratório. Nova coleta de material.
 
 
Dias depois, o marido foi apanhar os resultados no laboratório. Retornou ao lar e, mal estacionou o carro, entrou em casa chamando as filhas, a esposa, todos.
 
Na mão direita, um envelope que sacudia sem parar. Ante o suspense que se fez, ele abriu o envelope e disse, eufórico: “este exame diz que você, meu bem, está com a dosagem glicêmica absolutamente normal. Deve ter ocorrido um engano anteriormente. Não importa.
 
O que importa mesmo é que você poderá continuar a comer doces. E nós vamos comemorar. Porque agora eu posso voltar a ficar feliz, sabendo que você não precisará se submeter a mais essa dieta, privando-se de algo que você gosta tanto.”
 
Abraçou a esposa, as filhas, entre a emoção e a inesperada alegria.
 
Isto se chama amor. Alguém que se importa tanto com o outro, que se alegra quando descobre que aquele não necessitará de mais um sacrifício para prosseguir a viver.
 
Alegra-se com a alegria dele. Entristece-se com a sua problemática.
 
Benditos os casais que levam a vida assim, mesmo depois de muitos anos de convívio, e ainda que os olhos já não guardem o mesmo brilho dos tempos do namoro.
 
Casais que compartilham tudo. A dor, a alegria, o desconforto. Que se apóiam mutuamente nos dias de necessidades. Pense nisso.
 
Enquanto sigas a dois, lembra-te de usar a ternura, vez ou outra. Lembra ao cônjuge que o amor ainda prossegue fazendo vibrar o teu coração.
 
Encontra palavras de carinho para enfeitar o dia de quem segue ao seu lado na vida.
 
Recorda enfim, que a relação conjugal é uma oportunidade de progresso e redenção e que não foi o acaso que os reuniu.
 
E não se canse de utilizar a frase sempre aguardada dos lábios de quem ama: “amo você!”
 
* Equipe de Redação do Momento Espírita a partir de fato verídico ocorrido com o casal Lannes Boljevac Csucsuly e Abigar Ivone Csucsuly.