Enquanto muitos apregoam o fim das relações familiares e observa-se uma
diminuição do afeto em tantos casais, encontra-se, em contrapartida, exemplos
que tocam fundo a alma.
Contou-nos
uma senhora que há alguns meses, em exames de rotina, foi-lhe constatado um
início de diabetes.
O
exame estava ali, mostrando a alta taxa de glicose. Sua primeira reação foi
vestir-se de tristeza.
Pensou
que bem podia diminuir ou até eliminar os farináceos, os tubérculos, o arroz.
Mas, os doces... Como poderia ficar sem eles?
Ela
já tivera anteriormente outros problemas de saúde, bastante sérios. Mas para se
recuperar impusera-se um rigoroso ritmo de vida.
Abrira
mão de tantas coisas, pensava. Mas agora, teria que se privar também dos doces.
Doces que ela adorava fazer e saborear.
Com
que prazer criava novas receitas e oferecia pratos saborosos à família e aos
amigos.
Contou
ao marido e ficou imaginando como poderia iniciar a nova dieta. E quando o
faria. Naturalmente, o médico a iria orientar melhor e dizer-lhe exatamente como
proceder dali em diante.
O
retorno ao equilíbrio orgânico exigia que a decisão fosse imediata. Entretanto,
ela aguardou alguns dias.
Dias
que passaram lentos. Finalmente, decidiu refazer todos os exames. Outro médico. Outro laboratório. Nova coleta de material.
Dias
depois, o marido foi apanhar os resultados no laboratório. Retornou ao lar e,
mal estacionou o carro, entrou em casa chamando as filhas, a esposa,
todos.
Na
mão direita, um envelope que sacudia sem parar. Ante o suspense que se fez, ele
abriu o envelope e disse, eufórico: “este exame diz que você, meu bem, está com
a dosagem glicêmica absolutamente normal. Deve ter ocorrido um engano
anteriormente. Não importa.
O
que importa mesmo é que você poderá continuar a comer doces. E nós vamos
comemorar. Porque agora eu posso voltar a ficar feliz, sabendo que você não
precisará se submeter a mais essa dieta, privando-se de algo que você gosta
tanto.”
Abraçou
a esposa, as filhas, entre a emoção e a inesperada alegria.
Isto
se chama amor. Alguém que se importa tanto com o outro, que se alegra quando
descobre que aquele não necessitará de mais um sacrifício para prosseguir a
viver.
Alegra-se
com a alegria dele. Entristece-se com a sua problemática.
Benditos
os casais que levam a vida assim, mesmo depois de muitos anos de convívio, e
ainda que os olhos já não guardem o mesmo brilho dos tempos do
namoro.
Casais
que compartilham tudo. A dor, a alegria, o desconforto. Que se apóiam mutuamente
nos dias de necessidades. Pense
nisso.
Enquanto
sigas a dois, lembra-te de usar a ternura, vez ou outra. Lembra
ao cônjuge que o amor ainda prossegue fazendo vibrar o teu coração.
Encontra
palavras de carinho para enfeitar o dia de quem segue ao seu lado na
vida.
Recorda
enfim, que a relação conjugal é uma oportunidade de progresso e redenção e que
não foi o acaso que os reuniu.
E
não se canse de utilizar a frase sempre aguardada dos lábios de quem ama: “amo
você!”
* Equipe
de Redação do Momento Espírita a partir de fato verídico ocorrido com o casal
Lannes Boljevac Csucsuly e Abigar Ivone Csucsuly.