O que você faz fala tão alto, que não consigo ouvir o
que você diz.
Ações falam muito mais de nós mesmos do que nossas
palavras.
Nossas palavras articulam-se por conveniência, por convenções e
podem ser muito bem dissimuladas por força de nossa vontade, isto é, nem sempre
contarão a verdade.
As ações mostram o que há em nossa alma, nossa
índole, nossos valores.
É muito fácil falar. Mais difícil
agir.
Francisco de Assis, missionário que resgatou a essência da mensagem
do Cristo na Terra, em uma de suas pregações, afirmou:
A paz proclamada
por vós com palavras deve habitar de modo mais abundante em vossos
corações.
Isso significa que precisamos vivenciar algo para que nossas
palavras e opiniões tenham peso. É a chamada autoridade moral.
Ela é
válida na educação dos filhos, por exemplo.
Esses precisam identificar,
nos genitores, o mesmo comportamento que estão exigindo deles.
Caso não
encontrem essa referência, dificilmente seguirão qualquer recomendação
educacional.
Os filhos poderão até obedecer, mas por medo, por
ascendência da força, naquele momento.
Esse tipo de ascendência, porém,
não dura. Tão logo se desvencilhem dos pais ou desenvolvam uma independência
maior, voltarão a repetir as mesmas atitudes do ontem
equivocado.
Resumindo: não aprenderam. Simplesmente atenderam a uma
recomendação, por determinado tempo.
Por isso ouvimos falar na força do
exemplo.
Os filhos copiam os pais em muitos aspectos. Imitam suas ações,
sua forma de lidar com isso ou aquilo na vida. Seus conselhos só serão ouvidos
se perceberem a força da autoridade moral embasando as falas.
A sabedoria
de alguém não é medida pelo quanto ela sabe, conhece, mas pela qualidade de suas
ações.
Vemos assim, no mundo, grandes vozes, de retórica impecável, mas
cujas ações, no dia a dia, não condizem com seu verbo afiado.
Sobem nas
tribunas do mundo, cantando a igualdade, a justiça, a defesa da população,
quando em seu coração há apenas a busca pela satisfação de sua vaidade e
egoísmo, tirando vantagem de tudo e de todos.
E muitas consciências de
hoje estão tão doentes, tão obnubiladas, que nem sequer sentem algum tipo de
remorso, culpa ou responsabilidade.
Despertarão mais tarde, possivelmente
com a dor, com a força da lei de causa e efeito,colocando tudo de volta nos
trilhos da alma descarrilhada.
Assim, cuidemos de nossas palavras e
cuidemos de nossas ações.
O que fazemos fala muito mais alto do que
aquilo que dizemos.
Lembremos do pensamento do filósofo:
O que
você faz fala tão alto, que não consigo ouvir o que você diz.
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
Ações e palavras
11:48
O pensamento do
filósofo e escritor americano, Ralph Waldo Emerson, precisa de nossa
atenção.
*Texto extraído do Blog Espiritismo na Rede.