Muitas pessoas sejam jovens, adultos ou idosos, vivem insatisfeitas com a vida que levam, e isso em todas as camadas sociais e diversos contextos da existência. São pessoas solteiras à procura de remédio para a solidão. São pessoas casadas reclamando do cônjuge. São pessoas pobres lutando por mais recursos financeiros. São pessoas ricas que querem sempre mais e mais. São pessoas sonhando com o poder e o mando. São pessoas acumulando títulos acadêmicos em busca de nova projeção profissional. E assim por diante. Estão sempre insatisfeitas.
O que a maioria dessas pessoas não percebe é que, na verdade, a cura da insatisfação não está em se projetar sobre situações, pessoas, títulos, poder, posições sociais, e sim em reconhecer a fonte que a produz.
Disse-nos o Mestre e Senhor Jesus que vemos um cisco no olho do outro, mas não somos capazes de enxergar a trave que está em nosso olhar, nos atrapalhando, ou seja, somos muito bons em apontar os defeitos alheios e argumentar que nossa vida não vai tão bem por culpa desse ou daquele, disso ou daquilo, mas não fazemos o essencial: realizar o autodescobrimento, permitindo vir à tona as causas de nossos comportamentos inadequados.
O remédio para a cura da insatisfação está no autoconhecimento, quando acionamos nosso potencial rumo à perfeição, corrigindo nossas más tendências e valorizando cada vez mais as virtudes através das boas ações. Então vamos tomar conta antes de nós mesmos, para sermos bons exemplos, dignos, para os outros.
Como informam os Espíritos Superiores em O Evangelho segundo o Espiritismo (capítulo 10), é o orgulho que nos leva a dissimular os próprios defeitos, tanto morais como físicos, assim vendo o mal do outro antes de ver o mal que está em nós. Vamos corrigir isso? Faça uma lista de todas as coisas que você acredita que pode, e deve melhorar em si mesmo. Em seguida, planeje como fazer essa melhora, ponto a ponto, e, a cada dia, persiga os objetivos traçados. Você terá, paulatinamente, a satisfação de verificar que, com Jesus no coração, as reclamações sobre a vida diminuirão e a paz e a felicidade acalmarão sua alma.
*Texto escrito por Marcus de Mario no site Correio Espírita.