Virtude muito necessitada de ser exercitada, mormente nos dias tumultuados que estamos vivenciando. As pessoas estão tendo muita dificuldade em manter a calma, gritando e se desequilibrando facilmente, diante de situações que, analisadas criticamente, não requereriam o grau de explosão emocional que acarretam.
O que sucede? Por que tamanhas variações? Notamos que o império da necessidade do ter, num consumismo enorme, abafa em muitas pessoas o “ser”.
Conversávamos, ainda hoje, com duas enfermeiras extraordinárias sobre a situação que estamos vendo nas famílias que atendemos. Os pais, numa agitação para ganhar dinheiro, estão deixando os filhos em creches, escolas, e alguns com avós. Atendemos uma avó exausta, com um netinho de quatro anos, outro de cinco meses, que ficam o dia todo com ela porque a mãe trabalha. A velhinha, queixando-se que não está dando conta e que a filha foi fazer um ultra-som, porque está suspeitando estar grávida de novo. Será mais um para ela cuidar, porque a filha trabalha o dia todo. Essas crianças ainda contam com a avó, mas e as outras milhares? Sem a família, sem noção de família, nas creches que dão instrução e não educação. Não passam os valores morais, não ensinam o que o pai e a mãe deveriam fazer e não estão fazendo: ensinar seus filhos a terem respeito, honra, honestidade e passar amor a eles.