terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Responsabilidade afetiva: entenda o que é e a sua importância

Responsabilidade afetiva não é sobre reciprocidade, mas, de acordo com algumas pessoas, é questão de empatia.

Com a ajuda da terapeuta cognitiva Adriana Nunan, doutora em Psicologia Clínica pela PUC do Rio de Janeiro, elucidamos os principais questionamentos sobre o assunto e algumas peculiaridades de um relacionamento interpessoal.

Responsabilidade afetiva é quando você se responsabiliza pelo sentimento e pelas expectativas que cria nos outros, independente da relação ser romântica ou não.

“Em termos mais amplos, significa comunicar-se de maneira direta e franca, respeitando acordos e não expondo o outro a situações desagradáveis ou constrangedoras”, afirma a psicóloga  Adriana Nunan.

Perceber que a comunicação não está adequada no início e durante um relacionamento e ajustar a ‘linguagem do amor’ pode contribuir para que o namoro ou casamento seja saudável. Fazer combinados também é um bom caminho.

Diferença entre responsabilidade afetiva x responsabilidade emocional

 Aparentemente, os dois termos têm diferenças semânticas, mas a percepção é a mesma, na análise da doutora em Psicologia Adriana Nunan: “O termo “responsabilidade emocional” é um equivalente e, apesar de ambos termos serem bastante utilizados atualmente, ainda não aparecem muito na literatura técnica”. 

Como reconhecer a falta da responsabilidade afetiva

“A falta de responsabilidade afetiva fica evidente em mentiras e traições (não apenas as sexuais, mas sim traições de toda ordem), comportamentos egoístas e abuso psicológico. Está muito relacionado com expor o outro a um sofrimento desnecessário, que poderia ter sido evitado caso o “irresponsável afetivamente” tivesse tido um mínimo de cuidado e respeito”, explica a terapeuta cognitiva.

Além de ter uma conversa franca com o companheiro ou companheira, manter uma constante comunicação e cumprir combinados, as pessoas em um relacionamento interpessoal precisam ficar atentas a outras normas sociais.

Estadão