Falar baixo é uma das
lições ensinadas nas aulas de gentileza, que os alunos da quinta série de uma
escola da Alemanha são obrigados a assistir.
A escola fica na cidade de Bremem e a disciplina "Trato, modos e conduta" foi implantada depois que a direção tentou que os alunos aprendessem a conviver com mais respeito - entre eles mesmos e com os professores.
A escola fica na cidade de Bremem e a disciplina "Trato, modos e conduta" foi implantada depois que a direção tentou que os alunos aprendessem a conviver com mais respeito - entre eles mesmos e com os professores.
Na sala de aula, eles
são apresentados às regras básicas de comportamento, e treinam o uso de
expressões como "Com licença" e "Obrigado".
Quando a matéria foi
implantada no currículo escolar, gerou controvérsias e virou assunto na
imprensa.
A necessidade surgiu
diante da constatação de uma realidade que as empresas vinham enfrentando há
muito tempo. Verificaram que os jovens recém-saídos das escolas desconheciam as
regras elementares de convívio social.
O então presidente da
Confederação dos Empresários da Alemanha disse, numa entrevista, que os jovens
chegavam com excelente capacitação técnica, mas não conseguiam interagir de
forma civilizada.
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Essa situação nos
leva à reflexão sobre a formação das crianças e jovens de hoje. De nada adianta
as pessoas terem um excelente currículo e não conseguirem tratar o outro com
civilidade.
Educação é tarefa
primordial dos pais. Temos a obrigação de ensinar aos filhos as regras básicas
de convivência social.
Se a criança não
aprende desde cedo, dentro de casa, a tratar com bons modos os próprios pais e
irmãos, não virá a se comportar como um indivíduo civilizado.
Cuidemos para não
deixar lacunas na formação de nossos filhos.
Devemos nos preocupar
em demonstrar, através do exemplo, respeito por todos aqueles com os quais nos
relacionamos, a começar dentro do próprio lar.
Coloquemo-nos no
lugar dos outros, inclusive de nossos servidores e não nos esqueçamos que todos
gostamos de receber gentilezas.
É comum justificarmos
que as preocupações em excesso, a ansiedade dos tempos modernos e a falta de
tempo são responsáveis por comportamentos grosseiros.
Convenhamos que a
delicadeza e a educação não têm a ver com essas circunstâncias. Comportamentos
injustificáveis nos mostram que está faltando controle sobre as próprias ações
e, acima de tudo, respeito para com o próximo.
Não podemos achar
natural agir com falta de cortesia.
Pode parecer difícil
agir com amabilidade no mundo competitivo e individualista em que vivemos, mas
não devemos abrir mão de nossas convicções.
É lamentável que as
expressões Com licença, Por favor e
Obrigado estejam sendo usadas com menor frequência.
Muitas vezes
vivenciamos situações em que as pessoas agem com esperteza e driblam regras de
educação com o objetivo de obter alguma vantagem ou conseguir algo mais
rápido.
Caso venhamos a
sofrer indelicadezas, não nos deixemos envolver por essas atitudes e sigamos em
frente dando bom exemplo, mesmo que seja através do nosso
silêncio.
Formalidades em
excesso muitas vezes são dispensáveis, mas respeito mútuo, consideração e boas
maneiras são essenciais aos relacionamentos.
Pensemos
nisso.
Redação do Momento
Espírita, com base no cap.
Gentileza, do
livro A arte de ser leve, de Leila Ferreira, ed.
Globo.
Em 12.9.2012.