Hoje em dia, está cada vez mais difícil notarmos exemplos de simpatia, de caridade, de solidariedade. Entretanto, existem pessoas que buscam esses exemplos. É o caso de uma escola na Dinamarca, que colocou a empatia como matéria curricular.
Durante uma hora, alunos de 6 a 16 anos recebem aulas sobre empatia. E além de aprendê-la e praticá-la, conversam sobre seus problemas. E ainda, enquanto um fala, os outros juntamente com o professor discutem maneiras de resolver. Com isso, esses alunos aprendem também a ouvir e se colocar no lugar do próximo.
O que é empatia?
Antes de abordarmos a visão espírita da empatia, vale saber que a palavra é de origem grega “empatheia”, que significa “paixão”. E ainda, pressupõe uma comunicação afetiva com o próximo, além de ser um dos fundamentos da identificação e compreensão psicológica dos outros.
Portanto, a empatia diz respeito à capacidade que temos de sentir o que o outro sente ao nos colocarmos no lugar dele. Consiste em saber compreender os sentimentos e emoções.
Simpático x Empático
Para completar, vale lembrar que ser simpático é diferente de ser empático. O primeiro ocorre quando nos deparamos com alguém que está com algum problema, e aí, nós dizemos algo e seguimos o nosso caminho. Já o segundo, ou seja, ser empático, acontece quando nos colocamos no lugar do outro, nos posicionarmos para ajudá-la., quando oferecemos uma orientação para aquilo que está sendo desenvolvido. E ainda, temos empatia quando não nos preocupamos em quais recompensas teremos, e sim, quando queremos oferecer o nosso melhor.
Somos empáticos também na palavra e no silêncio. Afinal, uma palavra pode ferir, machucar o próximo.
Visão Espírita da Empatia
Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, questão 486 nos ensina que os Bons Espíritos fazem tudo o que podem para ajudar o próximo passar pelas suas provas com resignação.
Os bons Espíritos fazem todo o bem que podem e se sentem felizes com as vossas alegrias. Eles se afligem com os vossos males, quando não os suportais com resignação, porque então esses males não vos dão resultados, pois procedeis como o doente que rejeita o remédio amargo destinado a curá-lo.
Para finalizar, devemos fazer com que aquele que esteja passando por uma dificuldade não esmoreça e atente contra o bem mais precioso que lhe foi dado: a experiência da vida terrena para evolução e aprendizado.
Procure se colocar no outro, pense antes de agir, entenda a dor do outro. E nunca se esqueça dos ensinamentos de Jesus:
Amar ao próximo como a si mesmo; fazer para os outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós.
Fontes: Psicologias do Brasil | Letra Espírita, versão publicada no site da Rádio Boa Nova