Maurício de Castro, 35, já publicou 11 livros por meio da psicodigitação |
Na direção de centros espíritas, psicografando, conduzindo reuniões mediúnicas ou criando projetos para divulgação da doutrina, jovens tentam renovar o espiritismo na Bahia.
Em meio ao calor sertanejo, em Riachão do Jacuípe, a pouco mais de duas horas de Salvador, Maurício de Castro, 35, está a um passo de concluir a narrativa sobre como se tornou autor de livros que, em 11 anos, já ultrapassam a marca de 264 mil exemplares vendidos. De repente, faz uma pausa e avisa que, naquele momento, está acontecendo um fenômeno que não experimenta com muita frequência.
Por alguns segundos, ele vê Hermes, seu mentor espiritual e autor da maioria dos 11 romances publicados - o próximo sai em julho e há mais oito prontos. Na maioria das vezes, o contato entre os dois ocorre por meio da audição: Hermes fala e o médium digita. Maurício começou a psicografar aos 23, mas convive com a mediunidade desde os 13. "A audição é muito clara, mas a visão não é tão frequente", diz.