
Agora nos resta perguntar por que alguém consegue fazer-nos perder a paciência, ou por que alguém é capaz de provocar uma mudança em nossa atitude.
E esses nossos descontroles cotidianos acontecem em qualquer ambiente. Algumas vezes na família, outras tantas no trabalho. Ou, ainda, nas corriqueiras relações sociais. E sempre estamos a justificar que a culpa é de alguém. Sempre estamos prontos a explicar que se não fosse essa ou aquela pessoa agir desta ou daquela forma, nada disso aconteceria.
Colocamos a culpa do descontrole em alguém, em algo e, ao nos tornarmos vítimas da situação, nada nos resta a fazer, pois afinal, o problema está nos outros e não em nós. Mas, será que somos apenas reféns das situações, e realmente nada podemos fazer a não ser reagir a elas?
Lembremo-nos da última contenda, da última discussão na qual nos envolvemos. Nada poderíamos ter feito para evitá-la? Nada estava ao nosso alcance para que a situação fosse minimizada? Recordemo-nos do nosso último desentendimento familiar. Será que a maneira como agimos e nos comportamos realmente era a única possível?

Poderíamos ter pensado antes de falar, refletido antes de agir, mas preferimos a reação à ação. Enquanto a reação é irrefletida e calca-se nos instintos, a ação é atitude pensada e amadurecida na reflexão. Desta forma, ao dizer que perdemos a paciência, ao constatar que saímos do sério, somos responsáveis por essas atitudes. E, apenas vítimas de nós mesmos. Jamais poderemos justificar que alguém nos faz perder a paciência. Ao contrário, somos nós que não temos a paciência suficiente para a situação que se apresenta. Ou ainda, de maneira nenhuma poderemos acreditar que algo ou alguém nos faz sair do sério, nos faz perder a compostura.
Foto by: Protogeny

Reflitamos antes do agir, pensemos mais detidamente antes de falar e, acima de tudo, compreendamos que todas as nossas relações sociais, por mais difíceis que nos pareçam, são lições abençoadas no aprendizado do amor ao próximo.
*Texto extraído do blog Espiritismo na Rede.