Mostrando postagens com marcador perdão. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador perdão. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Espiritualidade e influência em nossa saúde

Os resultados das pesquisas científicas sobre a relação da espiritualidade em nossa saúde. Como o perdão, a empatia e o amor podem diminuir doenças físicas e o que o Espiritismo diz a respeito.


TV Mundo Maior

21 de Janeiro - Dia Mundial da Religião

Passou a data e perdi o dia da postagem, mas, vamos lá, bom conteúdo não tem data de postagem!

Independentemente da crença de cada um, todos os anos, no dia 21 de janeiro, comemora-se o Dia Mundial da Religião. A data foi criada com o intuito de promover harmonia, tolerância, o diálogo entre as diversas religiões existentes no mundo, e claro, de ensinar que todos devem amar o próximo sem julgamentos.

Então, para compreender melhor a essência desta data e mostrar como ela é crucial para refletir sobre a importância da tolerância, além de elucidar sobre a prática do respeito, empatia e do perdão para com o semelhante - principalmente em tempos difíceis como a pandemia - separamos alguns livros que convidam o leitor a conhecer melhor a realidade de alguns segmentos religiosos. Dá uma olhada: 

1. As 5 linguagens do perdão

Mesmo nos melhores relacionamentos, todos nós cometemos erros. Fazemos e falamos coisas das quais depois nos arrependemos, magoando a quem mais amamos. Um simples “me desculpe” nem sempre resolve. Em edição atualizada, ‘As cinco linguagens do perdão’ revela novas maneiras de abordar e reconstruir relacionamentos despedaçados, como perdoar e evitar discussões. O leitor descobrirá como pedidos de desculpas eficazes podem tornar seus relacionamentos mais fortes.

2. O Livro das Religiões
Trazendo as respostas de diversas perguntas sobre as religiões, este livro incrível apresenta - em ordem cronológica - desde as crenças primitivas que surgiram na Pré-História até as religiões mais modernas que se espalharam a partir do século XV. Nele, o leitor irá encontrar informações sobre o hinduísmo, budismo, judaísmo, cristianismo, islamismo e muito mais.

3. Ame o seu próximo
Davi Lago, autor de Formigas e Brasil polifônico, relata em ‘Ame o seu próximo’ a iniciativa de cristãos que, inspirados por esse mandamento divino, cumpriram papel civilizatório para a humanidade, como a criação do método Braille e de organizações como Greenpeace, Anistia Internacional, Alcoólicos Anônimos e Cruz Vermelha. Em um momento histórico marcado pela intolerância e pelo desamor, o autor resgata a fundamentação bíblica que nos impulsiona em prol do outro: a ética radical de Jesus.

4. Tesouros escondidos
Verdadeiro convite ao leitor para ser semente de mudança, Tesouros escondidos é mensagem de salvação e motivação da escrita Alvarina Nunes. A autora compartilha, ao longo de 175 páginas, 49 reflexões e mensagens de fé e autoajuda.

5. A gentileza que cativa
Lições para quem deseja testemunhar a fé cristã de maneira realmente impactante: nesta obra, Dallas Willard, autor best-seller e professor de filosofia da Universidade do Sul da Califórnia, convida o leitor para uma reflexão transformadora acerca dos princípios da apologética ao estilo de Jesus Cristo. Conforme aponta, a apologética cristã é um serviço amoroso, um ministério de ajuda, e só de modo amável e respeitoso as pessoas poderão ver, confirmar e sentir-se persuadidas a responder àquilo que o cristão tem a dizer. No livro, Willard também elucida questões como a importância do conhecimento e da razão, o envolvimento de Deus na ciência e na tecnologia e o problema do sofrimento e do mal. Um livro curioso e altamente provocante que não pode faltar na biblioteca do cristão zeloso que deseja fazer a diferença no meio em que está inserido.

6. A Fascinante História de Chico Xavier
Esta obra é o retrato do homem que se tornou mito. Francisco Cândido Xavier foi incompreendido por alguns, mas amado por milhões de pessoas. O maior médium de todos os tempos psicografou mais de 451 livros sobre os mais diferentes assuntos, o que atesta sua capacidade extraordinária, já que, de família humilde, teve oportunidade somente de concluir o curso primário. Considerado um exemplo por espíritas e simpatizantes, poderia ter ficado rico, mas doou tudo o que ganhou em direitos autorais para instituições de auxílio ao próximo.

Site Máxima

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

06 de Janeiro - Dia da Gratidão

Nessa data dedicada ao agradecimento, devemos expressar gratidão por tudo o que somos e temos, por aquilo que nos acontece de bom e pelos desafios com os quais nos deparamos.

Agradecer é um exercício que nos traz muitos benefícios, pois desperta em cada um de nós uma atitude positiva com relação à vida e nos fortalece para os momentos de dificuldades.

Veja que bela mensagem sobre a GRATIDÃO por Divaldo Franco:

Ser grato não é agradecimento e retribuição. A gratidão se multiplica pelas ações que se expressam ao fazer algo de bom ao semelhante. Jesus ensinou a gratidão ao sentenciar que os homens deveriam fazer uns aos outros o que gostariam que lhes fosse feito. O amor engrandece. A humanidade coleciona muitos nomes de indivíduos gratos, com Francisco de Assis, que com sua simplicidade e generosidade, foi extremamente grato a vida, a natureza.

Os Espíritos nobres ao fazerem o bem o fazem em gratidão a Deus, que lhes permite agir no bem, sendo bons com todos. A gratidão imprime no ser um sentimento extraordinariamente forte que se torna impossível manter-se apático, à margem dos acontecimentos. A gratidão, além do bem-estar que produz, faz com que o indivíduo passe a perceber o seu próximo com o sentimento do amor. Quando alguém te faz um bem, agradeça e faça, então, o bem a outrem. A gratidão é generosa.

A gratidão na Doutrina Espírita está em seus ensinamentos, nas orientações, nos esclarecimentos, pois que os nobres Espíritos legaram à Humanidade esse riquíssimo conteúdo em gratidão a Deus. Jesus pronunciou a palavra AMOR, o Espiritismo, por sua vez, destacou a REENCARNAÇÃO. Servir e amar, eis dois fundamentos libertadores do ser humano. Declamando o Poema da Gratidão, de Amélia Rodrigues, Divaldo encerrou a rica conferência recebendo fortíssimos aplausos, e porque todos se encontrassem vivamente tocados por emoções superiores e exteriorizando em seus rostos a gratidão, demoraram-se a sair do ambiente luarizado pelas bênçãos esparzidas.

Calendarr e Mensagem Espírita

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Caridade – com Tatto Savi

Tatto Savi analisa a Caridade e o seu verdadeiro sentido. O Perdão é uma forma de Caridade? A caridade material e a caridade moral, qual a diferença? A benevolência e a indulgência são formas de Caridade? De que forma fazer a Caridade com boa vontade?



Site da Rádio Boa Nova

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Enfrentamento negativo de situações pode levar a doenças

O enfrentamento negativo de situações, envolvendo o sentimento de raiva, falta de perdão e ruminação, pode levar ao adoecimento, conforme avaliou o médico cardiologista Álvaro Avezum, diretor da Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo). 

A recomendação da Socesp é de que os cardiologistas abordem a questão do que definem como espiritualidade com seus pacientes. No entanto, a orientação não tem relação com religião, conforme ressaltou Avezum.

Segundo ele, a definição “é que espiritualidade é o conjunto de valores morais, mentais e emocionais que norteiam os nossos pensamentos, os nossos comportamentos e as nossas atitudes, na vida de relacionamentos consigo mesmo e com o outro. Mas nós acrescemos: passível de observação e mensuração científica”. Ele acrescenta que os padrões de comportamento, pensamentos e sentimentos devem ser levados em consideração no tratamento e na prevenção de doenças cardiovasculares.

De acordo com o médico, o enfrentamento positivo — quando o indivíduo tem disposição ao perdão, altruísmo, gratidão — está associado a uma melhor saúde cardiovascular. “Há estudos mostrando a associação de enfrentamento negativo, sentimentos não edificantes, com adoecimento cardiovascular. Se isso se associa com adoecimento, eu preciso avaliar, dentro da minha consulta, se o indivíduo tem questões de estresse, de depressão ou de enfrentamento negativo das situações adversas, sejam conjugais, profissionais ou mesmo na sociedade.”

R7 com modificações da Equipe de Comunicação do LEAE


quarta-feira, 24 de junho de 2020

Inteligência emocional por Divaldo

Dicas sobre como lidar com nossa inteligência emocional no mundo de hoje. São trechos de uma entrevista com Divaldo Franco.



Canal de Roberto Andrade

quinta-feira, 30 de abril de 2020

Por que devemos perdoar 70 vezes 7?

O que Jesus quis dizer quando responde a Pedro que devemos perdoar não 7 vezes, mas 70 vezes 7? Não é possível construir nada de bom na sociedade, enquanto não relevarmos os deslizes do próximo, porque ninguém é totalmente mal. Quando perdoamos estamos compactuando com o erro do outro? Acompanhe estas e outras dúvidas com Maria Izilda Netto aqui no Sem Dúvida.


Tv Mundo Maior

quarta-feira, 22 de abril de 2020

7 hábitos das pessoas mais felizes — mas que quase ninguém pratica

Não existe melhor momento do que agora para pensar em como garantir sua própria felicidade. Em meio à pandemia de Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, ansiedade e estresse podem ser constantes.

As pessoas mais felizes são aquelas que cultivam hábitos positivos mesmo durante tempos incertos. Alguns estudos listados pelo site americano Inc.com suportam essa rotina, garantindo que tais hábitos são bons tanto para a saúde quanto para os negócios.

Veja os sete hábitos das pessoas mais felizes — mas que quase ninguém pratica:

1 — Escolher a bondade
Ainda que muitos gestores não vejam como a bondade pode se refletir no negócio, a evidência prova o contrário. Um estudo da New York University mostra que, quando um colega de trabalho vê outro ajudando alguém, há um aumento na sensação de bem-estar. Quando nós sentimos essa "elevação" ao ver um ato de bondade, tendemos à prática.

2 — Praticar o perdão
Praticar o perdão permite que você olhe para seus erros como algo natural, o que pode permitir que você receba lições e se desenvolva. Pesquisas mostram que o perdão pode ajudá-lo a superar situações ruins mais facilmente e aproveitar o que a vida tem a lhe oferecer.

3 — Ser naturalmente curioso
Estudos mostram que pessoas curiosas têm relacionamentos melhores, fazendo conexões e aproveitando momentos de socialização mais facilmente. Ao mesmo tempo em que a curiosidade cria seu interesse em outras pessoas, também as faz se sentirem mais próximas de você.

4 — Tenha gratidão
Outras pesquisas afirmam que ter um senso profundo de gratidão aumenta a felicidade em 25%, além de reduzir sentimentos como ansiedade e depressão. Pessoas gratas são mais resilientes e dormem melhor.

5 — Ser generoso
Um estudo com 600 americanos mostrou que a felicidade poderia ser prevista pela quantidade de dinheiro que cada um doava. Quanto mais investiam nos outros, mais felizes os alvos do estudo ficavam. Outro estudo da Harvard Business School mostra que recompensas emocionais são mais maiores quando a nossa generosidade se relaciona a outras pessoas.

6 — Exercitar a paciência
Uma pesquisa mostra que pessoas pacientes progridem mais em direção aos seus objetivos e ficam mais satisfeitas quando os alcançam, se comparadas com os impacientes. As pessoas pacientes também têm menos casos de depressão e lidam melhor com o estresse. Da mesma, sentem mais gratidão e se conectam melhor a outras pessoas.

7 — Manter um "diário de positividade"
Você pode treinar seu cérebro para ser mais feliz e otimista se registrar três coisas pelas quais você é grato todos os dias. Essa atividade se torna um hábito se você a fizer durante 21 dias seguidos. Não apenas expressar, mas registrar sua gratidão aumenta o nível de positividade no seu cérebro. Uma pesquisa mostra que sua produtividade aumenta em 31%, as vendas crescem 37% e a chance de uma promoção aumenta 40% com o hábito.

Site Pequenas Empresas e Grandes Negócios

sábado, 4 de abril de 2020

Como a esperança pode manter você mais saudável e feliz em tempos de vírus

Manter e aumentar a esperança, sobretudo em épocas de grande crise como esta provocada pelo coronavírus, é fundamental para garantir saúde e bem-estar; para isso, algumas sugestões essenciais são passadas a seguir

A esperança pode se corroer quando percebemos ameaças ao nosso modo de vida, e hoje em dia existem muitas por aí. À medida que envelhecemos, podemos enfrentar uma perda trágica ou doença crônica. Enquanto assistimos às notícias, vemos nosso sistema político polarizado, irremediavelmente trancado no caos. 

Quando não há esperança – quando as pessoas não conseguem imaginar o fim desejado de suas lutas –, elas perdem a motivação para perseverar. Como professor emérito da Virginia Commonwealth University, estudei a psicologia positiva, o perdão, o bem-estar e a ciência da esperança por mais de 40 anos. 

O que é esperança?

Em primeiro lugar, esperança não é o otimismo à la Poliana – a suposição de que um resultado positivo é inevitável. Em vez disso, a esperança é uma motivação para perseverar em direção a um objetivo ou estado final, mesmo que sejamos céticos quanto à probabilidade de um resultado positivo. Os psicólogos nos dizem que a esperança envolve atividade, uma atitude positiva e uma crença de que temos um caminho para o resultado desejado. A esperança é a força de vontade para mudar e o poder do caminho para provocar essa mudança.

Com adolescentes e adultos jovens ou de meia-idade, a esperança é um pouco mais fácil. Mas para adultos mais velhos, é um pouco mais difícil. Envelhecer geralmente significa enfrentar obstáculos que parecem inflexíveis – como problemas recorrentes de saúde ou financeiros ou familiares que simplesmente não parecem desaparecer. A esperança para os idosos tem que ser “persistente”, perseverante, uma “esperança madura”.

Como construir esperança

Agora as boas notícias: Pesquisadores de um programa da Universidade Harvard (EUA) - Human Flourishing Program- , publicado recentemente, examinaram o impacto da esperança em quase 13 mil pessoas com idade média de 66 anos. Eles descobriram que aqueles com mais esperança ao longo da vida tinham melhor saúde física, melhores comportamentos de saúde, melhor apoio social e uma vida mais longa. A esperança também levou a menos problemas de saúde crônicos, menos depressão, menos ansiedade e menor risco de câncer.

Portanto, se manter a esperança no longo prazo é tão bom para nós, como a aumentamos? Ou criamos esperança, se for caso de MIA [metamemória de idade adulta, um dos instrumentos mais utilizados para medir traços individuais de metamemória]? Aqui estão minhas quatro sugestões:

😊 Participe de um discurso motivacional – Ou veja, leia ou ouça alguém online, através de YouTube, blog ou podcast. Isso aumenta a esperança, embora geralmente esse efeito seja de curta duração. Como você pode construir uma esperança de longo prazo?

😊 Interaja com uma comunidade religiosa ou espiritual – Isso funcionou por milênios. Em meio a uma comunidade de adeptos, as pessoas obtiveram forças, encontraram a paz e experimentaram a elevação do espírito humano, apenas sabendo que existe algo ou alguém muito maior que eles.

😊 Perdoe – Participar de um grupo de perdão ou completar um livro de exercícios de perdão cria esperança, dizem os cientistas. Também reduz a depressão e a ansiedade e aumenta (talvez isso seja óbvio) sua capacidade de perdoar. Isso é verdade mesmo com rancores de longa data. Pessoalmente, descobri que perdoar alguém com sucesso fornece uma sensação de força de vontade e poder de mudar.

😊 Escolha um “herói da esperança” – Algumas pessoas mudaram a história. Nelson Mandela sofreu 27 anos de prisão, mas perseverou em construir uma nova nação. Franklin Delano Roosevelt trouxe esperança a milhões por uma década durante a Grande Depressão. Ronald Reagan trouxe esperança a um mundo que parecia atolado para sempre na Guerra Fria. Em seu quarto discurso no Estado da União: “Hoje à noite falei de grandes planos e grandes sonhos. São sonhos que podemos realizar. Duzentos anos de história americana deveriam ter nos ensinado que nada é impossível.”

Independentemente do quanto tentemos, não podemos eliminar as ameaças à esperança. Coisas ruins acontecem. Mas existem os pontos finais da esperança persistente: nos tornamos mais saudáveis ​​e nossos relacionamentos ficam mais felizes. Podemos alcançar essa esperança, aumentando nossa força de vontade, reforçando nossa persistência, encontrando caminhos para nossos objetivos e sonhos e procurando heróis da esperança. E apenas talvez, um dia, nós também possamos ser heróis assim.

Site da PLANETA, com modificações da Equipe de Comunicação do LEAE

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Perdoar faz bem?

O perdão é bom, faz bem. Para quem? E por quê? Quem responde é Pedro Neves, diretor de Divulgação da União das Sociedades Espiritas Intermunicipal de Jundiaí(USE). 

Assista:



Fonte: Site Jundiaí Agora

domingo, 3 de novembro de 2019

Perdoar, para além das religiões, pode ser benéfico ao coração

Pesquisa evidencia relação entre a dificuldade de perdoar e ocorrências de infarto agudo do miocárdio

Perdoais-nos as nossas ofensas, assim como perdoamos a quem nos tenha ofendido. A frase repetida há milhares de anos durante a oração cristã traz, na verdade, um tema importante e recorrente dentro do ambiente religioso em geral: o perdão. O assunto, porém, tem transbordado dos templos ou igrejas para adentrar o mundo acadêmico.  

Tanto que estudos e pesquisas já mostram que o ato de perdoar pode garantir maior qualidade de vida e mais saúde para o coração. Uma pesquisa apresentada este ano no 40º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) aponta relação entre a dificuldade de perdoar e ocorrências de infarto agudo do miocárdio.

Responsável pelo estudo, a psicanalista Suzana Avezum explica que separou dois grupos comparáveis. Um de infartados e outro de saudáveis. Eles passaram por testes e responderam a questionários e a conclusão foi que o grupo de pessoas que tinham sofrido infarto tinha uma menor disposição para perdoar. Enquanto os mais sadios tinham uma espiritualidade maior.  

Segundo Suzana, a espiritualidade interfere de maneira positiva em relação à disposição de perdoar. No entanto, a psicanalista alerta que o termo não deve ser confundido com religiosidade. Na espiritualidade, a pessoa busca um sentido para a vida e uma relação de harmonia consigo mesma e com os outros. Religiosidade tem a ver com dogmas, a pessoa segue uma religião, frequenta algum culto ou templo, explica ela.  

O mecanismo 

“Nosso cérebro está preparado para deixar nosso corpo pronto para se defender quando se sente ameaçado. Nos preparamos para atacar ou para fugir”, diz Suzana. Quando alguém nos faz algo ruim, ainda que não seja em nível físico, nosso cérebro interpreta como ataque e libera hormônios como adrenalina e cortisol para nos deixar em alerta. 

“O cérebro não tem calendário. Então, imagine você ao longo dos dias remoendo uma situação na qual você considera que alguém te fez mal, alimentando raiva e mágoa. E seu cérebro e corpo revivendo isso e liberando esses hormônios”, pondera Suzana. 

Segundo ela, perdoar é uma atitude mental em que o indivíduo abre mão da vingança, da raiva e da mágoa de quem lhe fez mal. Livrar a mente desses sentimentos é uma maneira de proteger o coração. 

Em seu estudo, Suzana cita que outras pesquisas já vêm associando a falta de perdão e ruminação da mágoa com a ocorrência de afetividade negativa, como raiva, estresse e depressão. Tais sentimentos podem ter efeito adverso na circulação sanguínea no coração e provocar o aumento da pressão arterial. 

O corpo é um 

Para José Francisco Kerr Saraiva, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), cada vez mais a Medicina tem se relacionado com a espiritualidade. “Temos evidências de que a paz, a tranquilidade e a alegria fazem bem ao cérebro, coração. Ao corpo de forma geral. Afinal de contas, o corpo é um só”. 

De certa forma, as expressões populares que ligam o coração às emoções fazem sentido: explode coração, coração partido, o coração não vai aguentar. “De forma geral nosso corpo está interligado e nossos pensamentos e nossas emoções também influenciam na saúde física”. 

Fonte: Site A Tribuna, escrito por Tatiane Calixto

sexta-feira, 7 de junho de 2019

Como pagar o mal com o bem?

Você certamente já se deparou com alguma situação que te deixou intolerante, ou então, com casos em que quis pagar com o mal.  

Sabemos que não é fácil ter o domínio de nossas emoções quando alguém está tentando tirar o nosso autocontrole. Entretanto, em momentos como esses temos que cultivar a tolerância, já que por meio dela, é possível fazer com que o amor e o bem prevaleça. Afinal, o mal não leva a lugar nenhum.

Por que é tão difícil controlar os nossos pensamentos, os nossos sentimentos?

Podemos citar três importantes pontos, são eles:


  • Momento evolutivo, ou seja, somos seres em evolução e cada “degrau” apresenta as dificuldades que lhe são próprias;
  • Vivemos em um mundo de provas e expiações, e de acordo com a doutrina espírita, os sofrimentos são necessários para evoluirmos cada vez mais;
  • Por último, acabamos sofrendo influências daqueles que nos rodeiam e também da espiritualidade

Entretanto, apesar dos pontos citados acima, a doutrina espírita nos ensina que devemos amar a todos, principalmente aqueles que nos fazem mal.

Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, encontramos a seguinte passagem:

“Amarás ao teu próximo e aborrecerás ao teu inimigo. Mas eu vos digo: Amai os vossos inimigos, fazei bem ao que vos odeiam, e orai pelos que vos perseguem e caluniam, para serdes filhos de vosso Pai, que está nos céus, o qual faz nascer o seu o seu sol sobre bons e maus, e vir chuva sobre justos e injustos. Porque, se não amardes senão aos que vos amam, que recompensa haveis de ter? Não fazem os publicanos também assim? E se saudardes somente aos vossos irmãos, que fazeis nisso de especial? Não fazem também assim os gentios? – Eu vos digo que, se a vossa justiça não for maior e mais perfeita que a dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino dos Céus.” (Mateus, V: 20, 43-47).

Diante disso: Como pagar o mal com o bem?

Primeiramente, saiba que há inúmeras vantagens de praticar o bem, entre elas, está o fato de que praticássemos somente o bem, o mal não existiria.

Porém, como somos seres em evolução, o egoísmo ainda está presente, fora em que inúmeras situações queremos tirar vantagens do próximo. E ainda, a felicidade do outro não comove, isso é uma grave falha que deve ser mudada aos poucos. Por isso, quando alguém te tirar do sério, lhe ofender:


  • Não responda, respire e faça uma prece. Peça aos amigos espirituais para que os mentores espirituais se comuniquem entre eles para harmonizar o ambiente
  • Não deixe se envolver com a negatividade do próximo. Você possui o livre-arbítrio, ou seja, você controla os seus pensamentos, qual caminho deseja seguir, etc. 
  • Lembre-se que a vida é feita de escolhas! Escolhe sempre o caminho do bem, do positivo.

No começo pode parecer difícil, impossível, pagar o mal com o bem. Porém, pouco a pouco; com um passo de cada vez, essa tarefa se tornará cada vez mais fácil. E chegará o dia em que todos nós vamos estar na mesma sintonia.

Para finalizar,

“Não retribuam a ninguém mal por mal. Procurem fazer o que é correto aos olhos de todos. Façam todo o possível para viver em paz com todos. […] Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem” (Romanos, capítulo 12, versículos 17 a 21).

Fonte Rádio Boa Nova

quarta-feira, 5 de junho de 2019

Antes de condenar...

Conta o escritor Stephen Covey um fato ocorrido com ele numa manhã de domingo, no metrô de Nova York.

As pessoas estavam lendo jornais, divagando, descansando com os olhos semicerrados. Era uma cena calma e tranquila.

Então, um homem entrou no vagão com os filhos. As crianças faziam algazarra e se comportavam mal. O clima mudou de repente.

O homem se sentou ao lado de Stephen e fechou os olhos, aparentemente ignorando a situação.

As crianças corriam de um lado para o outro, atiravam objetos, puxavam os jornais dos passageiros, incomodando a todos.

Mesmo assim o pai não fazia nada.

Para Stephen era quase impossível evitar a irritação. Ele não conseguia acreditar que aquele homem pudesse ser tão insensível a ponto de deixar que seus filhos incomodassem os outros daquele jeito, sem tomar uma atitude.

Ele podia perceber facilmente que as pessoas estavam irritadas.

A certa altura, enquanto ainda conseguia manter o controle, Stephen virou-se para o homem e disse:

Senhor, seus filhos estão perturbando demais. Será que não poderia dar um jeito neles?

O homem olhou para Stephen, como se estivesse tomando consciência da situação naquele exato momento, e disse calmamente:

Creio que o senhor tem razão. Acho que eu deveria fazer alguma coisa. Acabamos de sair do hospital, onde a mãe deles morreu há uma hora...

Eu não sei o que pensar, e parece que eles também não sabem como lidar com isso.

* * *

Quantas vezes nós vemos, sentimos e agimos de maneira oposta à que deveríamos, por não perceber a realidade que está por trás da cena.

No mundo conturbado em que vivemos, pensando quase exclusivamente em nós próprios, muitas dores e gemidos ocultos passam despercebidos, e perdemos a oportunidade de ajudar, de estender a mão.

Por isso, é importante que cultivemos a sensibilidade para perceber a dor oculta e amenizar a aridez da vida ao nosso redor.

Geralmente o que fazemos é condenar, sem a mínima análise da realidade de quem está passando por árduas dificuldades.

No entanto, é tão bom quando alguém percebe nossas dores e sofrimentos que não ousamos expressar...

É tão agradável quando alguém nota que estamos atravessando momentos difíceis e nos oferece apoio...

É tão confortador encontrar alguém que leia em nossos olhos a tristeza que levamos na alma dilacerada, e nos acene com palavras de otimismo e esperança...

As pessoas têm maneiras diferentes de enfrentar o sofrimento. Umas se desesperam, outras ficam apáticas, muitas se tornam agressivas, algumas fogem...

Por tudo isso, não devemos julgar a situação pelas aparências, porque podemos nos enganar.

No caso relatado, após saber o que realmente estava acontecendo com aquele pai e seus filhos, o coração de Stephen se encheu de compaixão.

Sinto muito, disse ele. Gostaria de falar sobre isso? Posso ajudar?

Seus sentimentos mudaram. E mudaram porque ele soube da verdade que a aparente indiferença de um pai ocultava. Simplesmente porque não sabia como lidar com o próprio sofrimento e o dos seus filhos.

Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita, com base no item De dentro para fora, do livro Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes, de Stephen Covey, ed. Best Seller. Em 4.6.2019.

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Ser espírita

Conhecedores da Doutrina abençoada, precisamos ainda da ligação íntima e profunda com o Pai

Todos nós, espíritas, já nos cansamos de ler, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, os magníficos trechos sobre o homem de bem e os bons espíritas (capítulo XVII, itens 3 e 4). São um verdadeiro roteiro de vida, com tudo o que o Mestre Jesus nos ensinou, explicado em profundidade.

Mas, no mundo de expiações e provas em que vivemos, seremos todos nós, os espíritas, homens de bem e bons espíritas.

Espírita que sou, desde que me alfabetizei, aos sete anos de idade, quando comecei a ler os livros de Kardec (há setenta e três anos, portanto), tive a graça de conviver com homens de bem (muitos dos quais nem eram espíritas) e com bons espíritas ou grandes espíritas (não tantos), enquanto a maioria de nós outros apenas nos dizemos espíritas. Alguns até afirmam: “estou tentando ser espírita”, como se ser espírita fosse sinônimo de perfeição. Quando ouço esta afirmação, logo a corrijo: “se você aceita os princípios da Doutrina, é sim, espírita. Pode não ser um bom espírita, mas por conhecer o Espiritismo, já se torna um deles.”

Como tive a graça de conhecer bons espíritas, também tive a graça de conhecer os espíritas que não eram bons. Digo graça porque foi com estes que aprendi mais, principalmente a desenvolver a tolerância e a paciência — para mim, um dos maiores ensinamentos que a Doutrina me traz — e saber que cada um de nós, espiritas e não espíritas, estamos num grau de evolução: uns mais abaixo, outros um pouquinho acima e poucos já numa escala mais alta.

O esclarecimento que a Doutrina traz nos dá forças para nos melhorarmos, muitas forças. Mas nem todos temos condições de absorver estas forças, pela fraqueza que ainda nos é inerente, como diz o apóstolo Paulo: “Eu sou forte, n’Aquele que me fortalece” (Fil, 4:13). Isto significa que só do Pai vem a força completa para podermos galgar a escadaria do progresso.

Assim, conhecedores da Doutrina abençoada, precisamos ainda da ligação íntima e profunda com o Pai para ter as forças necessárias e pôr em execução tudo o que sabemos.

Há pouco tempo, uma pessoa me disse que considera os espíritas orgulhosos, porque se acham os donos da verdade e melhores, mais evoluídos do que os outros. Esta afirmação fez-me refletir muito em como isto é verdade nas lides espíritas.

E, de repente, surge o escândalo de conhecido médium de cura e a que assistimos: federações e vários centros espíritas apressando-se em declarar que “ele não é um espírita, é apenas um médium, sem nenhum vínculo com a Doutrina”.

Esta postura pareceu-me exatamente confirmar a afirmação anterior, de que “os espíritas se acham os donos da verdade e melhores, mais evoluídos do que os outros”. E se ele fosse espírita? Seria diferente alguma coisa? Não haveria o crime?

Eu desconheço esta pessoa, mas e se ela conhecer o Espiritismo, aceitar os seus princípios, dizer-se até espírita e cometer estes crimes de que é acusada, em que isto diminui a Doutrina? É só mais um irmão nosso, infeliz, porque ainda não encontrou forças para vencer as suas imperfeições.

Assisti a uma entrevista na TV Mundo Maior, de conhecido espírita, André Marouço (em 10/12/2018), de que não nos precipitássemos em julgar antes de provas da Justiça (foi no início do escândalo), mas se fosse verdade teríamos de entender a fragilidade humana, que faz parte de todos nós. Esta é uma postura correta no meu parecer e está de acordo com o que nos ensina O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo XI, item 13, Caridade com os criminosos.

Ter caridade com os criminosos não significa que endossamos os seus crimes, mas que entendemos as suas fragilidades no bem, a sua evolução ainda precária e que precisam da nossa compreensão e caridade. Que a Justiça humana e a Divina se encarreguem de fazê-lo sofrer a punição necessária, mas nós, como pessoas humanas e frágeis, tenhamos piedade de sua infeliz condição.

Mais uma observação que ainda acho importante fazer. Perguntaram-me também como uma pessoa, com tão graves erros, teve ajuda dos bons Espíritos para realizar tantas curas, importantes, que ele realmente realizou.

Ninguém conhece os meandros divinos, mas há uma possibilidade muito grande de ele não ser um médium, no sentido de intermediário, mas apenas um magnetizador, potente, com energias muito intensas, como os magnetizadores que trabalhavam com Mesmer e que Kardec estudou. A capacidade de cura deles era ou é apenas do seu magnetismo pessoal. É um dom recebido de Deus e do qual ele deverá prestar contas ao Pai pelo bom ou mau uso que dele fizer.

Peço desculpas aos leitores se feri suscetibilidades, mas a nossa intenção foi apenas possibilitar reflexões mais profundas sobre o tema.

Por Dorothy Jungers Abib (abibdorothy@uol.com.br) publicada no site de O Clarim em 01/06/2019.

quarta-feira, 29 de maio de 2019

Simpatias e antipatias segundo o espiritismo

“Meu santo não bateu com o de fulano” ou ” Parece que eu te conhecia antes mesmo de falar com você” são frases comuns no convívio social da humanidade. Aquela atração por alguém, mesmo que por simpatia pelos pensamentos da pessoa e pelo jeito, aquela antipatia sem nunca nem ter conversado com a pessoa. Estes são alguns exemplos que vamos estudar hoje no artigo sobre simpatias e antipatias segundo o espiritismo.

Segundo o dicionário do Google, Simpatia é: substantivo feminino; afinidade moral, similitude no sentir e no pensar que aproxima duas ou mais pessoas; relação entre pessoas que, tendo afinidades, se sentem espontaneamente atraídas entre si.

Já a Antipatia é o oposto: substantivo feminino; aversão espontânea, irracional, gratuita por (alguém ou algo); malquerença, repulsão.

Portanto analisaremos dois sentimentos opostos que ocorrem de forma mais ou menos comum no cotidiano das pessoas. Como o espiritismo explica esse sentimento tão natural que muitas vezes parece pré-moldado?

A Simpatia

Analisando em “O livro dos Espíritos” a pergunta 291 revela:

291. Além da simpatia geral, oriunda da semelhança que entre eles exista, votam-se os Espíritos recíprocas afeições particulares?

“Do mesmo modo que os homens, sendo, porém, que mais forte é o laço que prende os Espíritos uns aos outros, quando carentes de corpo material, porque então esse laço não se acha exposto às vicissitudes das paixões.”

Portanto o laço espiritual que une os espíritos é tão forte que as vezes, de uma encarnação para a outra ele se mantém tão vívido que ao se encontrarem pela primeira vez na encarnação atual acabam por se reconhecer, num sentimento mútuo de afeto inexplicável do ponto de vista material. Esta sensação é uma manifestação do sentimento que atravessa as várias vidas.

300. Se dois Espíritos perfeitamente simpáticos se reunirem, estarão unidos para todo o sempre, ou poderão separar-se e unir-se a outros Espíritos?

“Todos os Espíritos estão reciprocamente unidos. Falo dos que atingiram a perfeição. Nas esferas inferiores, desde que um Espírito se eleva, já não simpatiza, como dantes, com os que lhe ficaram abaixo.”

Este sentimento inclusive perdura para sempre depois de realmente estabelecido através do verdadeiro amor. Sendo todas as boas virtudes adquiridas e nunca perdidas, o espírito que conquista realmente um amigo espiritual o terá por toda a eternidade, visto que no mundo espiritual não existem paixões que cegam o impeto do espírito que está no caminho reto do bem, como a pergunta 297 evidencia:

297. Continua a existir sempre, no mundo dos Espíritos, a afeição mútua que dois
seres se consagraram na Terra?

“Sem dúvida, desde que originada de verdadeira simpatia. Se, porém, nasceu principalmente de causas de ordem física, desaparece com a causa. As afeições entre os Espíritos são mais sólidas e duráveis do que na Terra, porque não se acham subordinadas aos caprichos dos interesses materiais e do amor-próprio.”

Ainda sobre a simpatia espiritual, podemos exemplificar muitas situações, porém para que não alonguemos demais o estudo vamos passar por algumas de forma mais direta.

Os espíritos simpáticos podem ser de dois tipos geralmente: Novas simpatias e antigas simpatias.

Por enquanto falamos dos espíritos de antigas simpatias, consolidadas ao longo de séculos de convivência. Porém toda simpatia precisa se originar num ponto, onde esta será uma nova simpatia.

A nova simpatia é quando dois espíritos desconhecidos se ligam através dos pensamentos e das vibrações. Seus fluidos mentais entram em “simbiose espiritual” devido a seu magnetismo. Assim, espíritos com pensamentos semelhantes se atraem através da Lei de atração prevista na natureza, conforme a pergunta 303.

303. Podem tornar-se de futuro simpáticos, Espíritos que presentemente não o são?

“Todos o serão. Um Espírito, que hoje está numa esfera inferior, ascenderá,  aperfeiçoando-se, à em que se acha tal outro Espírito. E ainda mais depressa se dará o encontro dos dois, se o mais elevado, por suportar mal as provas a que esteja submetido, permanecer estacionário.”

Os espíritos também se atraem conforme seu grau de elevação. Desta forma, os espíritos buscam sempre estar com “seus iguais” a fim de encontrar num grupo de convivência, ambiente ideal para aflorar seus pensamentos, ideias e com isso progredir com maior velocidade. Tal fato é visto pelas reuniões de pessoas na terra de mesmo nível intelectual ou moral, sentimental ou até mesmo de semelhanças de pensamentos e ideologias.

301. Dois Espíritos simpáticos são complemento um do outro, ou a simpatia entre
eles existente é resultado de identidade perfeita?

“A simpatia que atrai um Espírito para outro resulta da perfeita concordância de seus pendores e instintos. Se um tivesse que completar o outro, perderia a sua individualidade.”

302. A identidade necessária à existência da simpatia perfeita apenas consiste na analogia dos pensamentos e sentimentos, ou também na uniformidade dos conhecimentos adquiridos?

“Na igualdade dos graus de elevação.”

A Antipatia

Assim como existem as simpatias também o inverso acontece. As antipatias são sentimentos criados ou já adquiridos devido a diferenças de vibração, pensamentos, sentimentos ou até mesmo de atos antigos que ainda repercutem na encarnação atual dos dois espíritos. Vide pergunta 294 de “O livro dos espíritos” a seguir:

294. A lembrança dos atos maus que dois homens praticaram um contra o outro
constitui obstáculo a que entre eles reine simpatia?

“Essa lembrança os induz a se afastarem um do outro.”

A antipatia no cotidiano das pessoas é como a simpatia só que de sentimentos inversos. Uma inexplicável aversão do ponto de vista material. Já espiritualmente existem inúmeras possibilidades seja por motivos de pensamentos antagônicos, vibrações muito opostas e até mesmo situações de vidas passadas não resolvidas.

Normalmente alguma das partes cometeu um delito diante da outra o que levou a um sentimento de raiva e de revanchismo no espírito. Muitas vezes este sentimento é renovado a cada encarnação pois os espíritos buscam sempre estar se vingando da ultima situação ocorrida.

Tal ciclo só chega ao fim depois que , com a ajuda da providência divina, uma das partes ou ambas as partes se perdoam e buscam reparar seus erros diante da lei divina conforme visto na pergunta retirada do livro dos espíritos grifada a seguir:

293. Conservarão ressentimento um do outro, no mundo dos Espíritos, dois seres que foram inimigos na Terra?

“Não; compreenderão que era estúpido o ódio que se votavam mutuamente e pueril o motivo que o inspirava. Apenas os Espíritos imperfeitos conservam uma espécie de animosidade, enquanto se não purificam. Se foi unicamente um interesse material o que os inimizou, nisso não pensarão mais, por pouco desmaterializados que estejam. Não havendo entre eles antipatia e tendo deixado de existir a causa de suas desavenças, aproximam-se uns dos outros com prazer.”

Sucede como entre dois colegiais que, chegando à idade da ponderação, reconhecem a puerilidade de suas dissensões infantis e deixam de se malquerer.

Ao se deparar com uma situação de inimizade inexplicável, o melhor a se fazer é orar pela pessoa e para que qualquer diferenças existentes entre você e ela fique no passado e que vocês possam na encarnação atual trabalhar para reparar seus erros com a lei de Deus.

Por isso meus amigos a importância da prece e do perdão em nossas vidas. Com a prece e o perdão podemos evitar séculos de suplícios e adiantar em igual proporção a nossa caminhada evolutiva em direção a Deus e a Jesus. Que possamos então busca-los através da renovação de atitudes, agora e sempre, Muita paz a todos!

Por Felipe Gama publicado no site Espiritismo da Alma em 25 de janeiro de 2019.

terça-feira, 28 de maio de 2019

Permita-se não julgar


“Uma das mais belas lições que tenho aprendido com o sofrimento: não julgar, definitivamente não julgar a quem quer que seja”.

O não julgamento tem sido uma lição passada por quase todos os grandes mestres que passaram pela Terra e podemos dizer que é uma premissa básica da espiritualidade. A frase acima, no caso, é do grande espiritualista Chico Xavier, que contribuiu muito para a evolução da consciência brasileira e também mundial.

O pensar exige que façamos algum julgamento sobre as coisas, no sentido de analisar e questionar. Sem um certo nível de generalização e avaliação é impossível conceituar o que quer que seja. Isso posto, é importante ressaltar a diferença entre pensar e questionar do julgamento negativo que fazemos sobre as pessoas e suas decisões e atitudes.

O julgamento não saudável é aquele que aponta o dedo, que critica de maneira destrutiva e sem empatia ou compaixão. Ele se baseia em noções parciais sobre a realidade do mundo e do outro, assumindo como verdade a nossa própria experiência. Assim, o não julgamento é uma das atitudes mais espirituais que podemos ter, que nos traz qualidade de vida, tranquilidade emocional e crescimento. O não julgamento é uma dupla oportunidade de aprendizado: exercitamos nosso amor e empatia e podemos receber ensinamentos através dos enganos daqueles que nos rodeiam.

Não devemos perder tempo apontando o dedo para os outros e sim aproveitar cada oportunidade para nos avaliar. Também é preciso considerar que, quando perdoamos alguém, também estamos perdoando a nós mesmos. Nos libertamos da dor, das emoções tóxicas e dos sentimentos negativos que o ressentimento e a mágoa plantam em nossa alma e nos tornamos mais livres e próximos da sabedoria e amor divino.

A RELATIVIDADE DO ATO DE JULGAR

Podemos com toda a certeza afirmar que todo julgamento que somos capazes de fazer é parcial, mesmo quando são análises que visam a evolução e não a crítica e destruição do outro. Para nós, não é difícil olhar um psicopata e pensar “eu jamais faria isso” ou “como é possível que ele tenha cometido esse ato tão terrível?”, entretanto, será que conseguimos ter a capacidade de identificar em nós mesmos o que fazemos e que em termos espirituais pode ser completamente contra os preceitos divinos?

Essa ideia é simples de compreender. Será que se Buda estivesse nos olhando gritar com nossos filhos também não se chocaria? Será que se Jesus nos observasse de fato, não ficaria admirado a cada vez que viramos as costas à pobreza e fechamos a janela do carro na cara de uma criança faminta? Gandhi se entristeceria com o simples ato de mantermos presos em gaiolas pássaros que foram feitos para a liberdade? Ou quando arrancamos uma flor de seu jardim, só porque a achamos muito bonita e queremos um pouco daquela beleza para nós?

A parcialidade do julgamento está diretamente ligada ao nível de evolução da consciência que temos. Somos tão embrutecidos que matamos mesmo sabendo que é totalmente inaceitável, apesar de termos esse valor em nosso horizonte. E com certeza cometemos atos que nem sequer nos damos conta e que ferem os princípios espirituais, tanto quanto tirar a vida de outra pessoa.

Sempre julgamos com base em nós mesmos e de acordo com nossa consciência e, saber disso, deveria ser o motivo principal para adotarmos o não julgamento em nossas vidas e a aceitação de tudo aquilo que se apresenta para nós com amor, compreensão, compaixão e empatia.

OLHAR PARA SI MESMO E A PROJEÇÃO QUE FAZEMOS NO OUTRO

O julgamento tem como objeto alguém, mas cada vez que apontamos o dedo para alguém há mais três dedos apontados para nós. Quando acusamos o outro ou algo no outro nos incomoda a ponto de fazermos criticas destrutivas, é porque esse “algo” encontrou um eco em nós, ou seja, a crítica revela as nossas dores. A psicanálise freudiana também sugere a mesma ideia, sintetizada na frase de Freud: “O homem é escravo do que fala e dono do que cala. Quando Pedro me fala de Paulo, sei mais de Pedro do que de Paulo”. Um outro exemplo que encontramos na psicanálise é a homofobia, que seria segundo essa abordagem teórica um choque entre dois homossexuais: aquele que aceita sua orientação sexual e aquele que a rejeita.

Quando julgamos de forma ferrenha ao outro, estamos não só expondo nossa alma, nosso valores e dores, como exercitando o egoísmo e mesquinhez. O exercício da empatia seria, talvez, o movimento contrário mais próximo do não julgamento, onde a compaixão faz com que a reflexão sobre a situação do outro possa ser possível. Será que, naquela mesma situação, não agiríamos nós mesmos daquela mesma maneira? Se, ao invés de julgar, tentássemos entender qual parte de nós se incomoda e porque, sem dúvida teríamos relações mais saudáveis.

Importante também é compreender que não somos os nosso erros, assim como o outro também não se resume aos enganos que comete. Sendo a Terra uma escola, almas em diferentes estágios evolutivos vivenciam experiências aqui e não há distinção de valor entre elas. O momento da jornada no qual nos encontramos não encerra em si nossa luz divina e, sem os erros, jamais teríamos oportunidades de crescimento e evolução.

Texto do site WeMystic com modificações da Equipe de Comunicação do LEAE.